sábado, 2 de junho de 2018

SE ALGUÉM DIZ SIM...

            Será confortável para muitos dizer um sim... Ou não! Podemos denotar certezas com palavras, podemos assinar contratos, redigir minutas, iniciar processos, mas apenas afirmarmos algo por vezes não nos capacita nas mesmas certezas citadas quando não possuímos razões preciosas para tal, onde por vezes a afirmação acaba por não confirmar, mas anuir, propositar. Podemos aceitar, por exemplo, a “nova ciência” como algo inevitável, em uma proposta de prosseguirmos descartando as raízes populares de nossas culturas, como um espelhamento que países mais pobres recebem com goelas esfaimadas sem pestanejar aos hambúrgueres desferidos? Hambúrguer de classe A é diferente? Talvez com nomes de fachadas mais elaboradas, mas não, nossos amigos mais diletos talvez ainda prefiram arroz feijão: nosso prato, com os legumes e a proteína animal ou não. Mas se alguém diz sim, e sim, e sim, o que faremos quando não nos querem permitir certos nãos. O delivery de cartões magnéticos, o drivethru do pit stop, a “recarga” simples de nossa bateria energética, o motel como pressuposto de zero ideológico, o prazer testado mediante aprovação de trocas, o benefício ilícito em troca de informações sigilosas que o torna “lícito”, porquanto as informações e seus códigos vagueiam sem possibilidade de rastreamento, guardando para as guelras dos sistemas o calcanhar de Aquiles de seus pretensos filtros... Nada está completo, nada possui sua totalidade, nenhum pretenso modal de vértices distantes tem a real possibilidade de integração dinâmica permanente, e vemos por isso vias de acesso à distribuição e trânsito pararem nosso pobre país.
            Temos muito por saber do primeiro mundo, e este tem a conhecer nossas qualidades em diversidades e etnias consagradas e díspares. No sim dos países ricos é fácil dizer que em um estado brasileiro está uma jazida de cobre ou ferro, que em algum outro rincão descobre-se ouro, ou que em outro país está uma mina de diamantes, prontos todos para a fome da prospecção do roubo em que se torna modal característico da economia de mercado “livre”. O nacionalismo toma o feitio de intervencionismo, na acepção do não em que nos consumimos crendo que a posição opiniosa estrangeira saberá mais do que nossos industriais ou administradores que procuram algo melhor, dentro da – ainda – existente boa vontade política e sinceridade dos atos. Se por ventura os EUA não protegessem seu próprio mercado colocando sanções e barreiras comerciais não seriam o país que são. Se não protegessem suas riquezas seriam distintos. O Brasil não poderia tomar certas dianteiras? É um sim bem difícil e precisa de muitos outros... Neste caso, o país precisa tomar certas dianteiras e desconcentrar o capital, no mínimo para ser um pouco mais justo. Se todos soubéssemos de um consenso em que várias opiniões, ideias e projetos saíssem dos tutanos das cabeças mais inteligentes, quando em prol da nação, não precisaríamos tanto da voz do povo, pois esta estaria presente nas ações de Governo que lutasse para aprimorar a qualidade de vida de todos, evitando a sangria desasada que ocorre quando alguém busca apenas o capital externo como mediador de conflitos econômicos e crises geradas pelas contradições decorrentes destes. Sempre haverá tempo para revisões de erros e ajustes para se chegar ao dito consenso: é como transportar uma carga de alface tendo o cuidado e a logística do empilhamento e, quando chega na gôndola, perceber que chega no preço dado, e que não se atravessou muito na variante de um mercado ajustado para tal. A saber, uma infraestrutura de inteligência precisa se capacitar com boas máquinas, bons computadores, redes, e no mínimo a segurança indispensável para se evitar que a transparência necessária ao conjunto dos trabalhadores se faça presente onde não se deve, posto a mesma transparência e o know how dos usuários do sistema compreende a técnica necessária para o andamento das empresas e o conhecimento e capacitação continuados, quando se permite o cruzamento por vezes inevitável das informações.
            Esse “sim” dado ao incremento que gira por segundos de acréscimos de produtos tecnológicos, como um moto contínuo, deixa a desejar por vezes quando em uma nação menos desenvolvida entra em conflito com a modalidade de comércio mais tradicional, e peças continuam com sua importância de mercado, como quando o próprio comportamento das máquinas exige fronteiras que por vezes são abraçadas em nações mais ricas. Botar o navio na água tem que ser o fruto de várias equações e a startup não se começa com tanta facilidade, posto o cimento ainda é uma das maiores fontes de lucro. Por essas e outras o sim justo a uma fonte mais cristalina na nação brasileira é incrementar de tal forma a indústria e o campesinato para que nosso consumo interno volte a patamares de bons ciclos, e que cada ciclo gere um acréscimo ao anterior em regiões de progresso dentro de uma economia que se sustente por si, e na ordem necessária inerente a uma Democracia com participação popular.

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