Vive
o homem a contradição do que tem implantado na ordem das coisas,
que foge a regras, que não organiza algo realmente de ponta,
plantando para novas gerações as contradições – sistêmicas –
no seio de nossas sociedades. Talvez sempre houve contradições
estas citadas, mas igualmente o que ocorre é justamente uma onda de
ficção extremamente vinculada à realidade. Os caminhos do
entretenimento e usos que se faz das novas gerações de tecnologia
nos parecem inevitáveis, mas a sintonia com o que É de fato está
distanciada com aquilo que esperam que seja, dentro de uma mística
algo mais eletrônica do que terrena. Mas talvez estejamos rebuscando
cada vez mais o nosso pensar ou agir em detrimento de um avanço
incalculável e positivo na era contemporânea. De tal modo que
inclusive o rompante de rebeldia por si só dá espaço para
recriarmos nossas micros realidades, mas espelhando para o mundo,
casualmente, na adição, no agregar-se possibilidades novas de
comunicação, tanto que quando somos autores de maior monta, ou
seja, em processos em que não é apenas o ego que conta, mas a
realização de algo mais concreto e eficaz como competência, o
retorno garante certo orgulho, este mais verdadeiro quando vem de
mais esforço. Quem diria, estamos escrevendo histórias com
corretores ortográficos, estamos na mesa de um restaurante
estrangeiro pedindo comida com o tradutor no celular: isso talvez
seja contraditório, mas o espelhamento sereno que se faz com outros
modais de existência revela a ampliação – mesmo que em frases
curtas – das nossas capacidades comunicacionais. Destarte, nem
sempre é fácil enfrentar contradições inerentes ao processo
histórico dessa revolução tecnológica, pois remetem a um descaso
com coisas importantes no nosso dia a dia. Tentar verbalizar algo,
por exemplo, um parágrafo longo, a profundidade de um pensamento,
talvez esteja mais distante da realidade cultural de nossa
civilização, e a diferença entre nações só faz relativizar um
pouco o processo como um todo, uma totalidade. No entanto, o mundo
não pode ser traduzido pelas nuances econômicas, pelos processos
industriosos, pela hegemonia de tal ou qual país, por lideranças e
etc, pois tudo isso dá margens a que se justifique a relação de
poder e as consequências dessa ótica em sempre vermos como donos do
mundo material, que na verdade não é um fato, pois muito antes do
homem aparecer na Terra, esta já estava aqui, como um planeta. E não
será destruindo sua tênue superfície que os homens encontrarão em
seus utópicos delírios a supremacia neste mundo. A tendência é
piorar, ao menos se não se tomar consciência velozmente, na
contraparte da chamada evolução, pois a prática não tem espelhado
essa palavra. Essa superfície que habitamos pode ser bem
aproveitada, se teimarmos em respeitar a Natureza que nos dá tanto e
tanto e voltarmos nossas faces para a paz tão urgente, uma paz
social que significa a distribuição equitativa de fortunas que, a
grosso modo, estão nas mãos de pouca gente, enquanto mais de
noventa por cento ganham menos do que essa faixa da população. Uma
conta concreta que causa o grande malefício social no dito mundo
“civilizado.” A corrida desenfreada pelas riquezas dos
territórios da Terra continuará, sob a égide do poder das armas,
que tantos são os curiosos que gostariam de apertar botões para ver
estranhas carnificinas, como temos visto na Síria e na Palestina,
como vimos na África e talvez venhamos a ver na Venezuela. Afora o
Iraque, Namíbia, Congo, Haiti, nos golpes de antanho e na dominação
assaz cruenta de todos os territórios que quiseram se tornar
independentes do jugo imperialista. Essa luta sem tréguas não
terminará até que o último quinhão de petróleo seja
sinistramente subtraído de países que acabam por consentir o roubo.
Entre outras riquezas, como os diamantes que fizeram de Mandela um
herói da resistência na África, em que agora tece-se uma guerra
comercial para que a contenda entre nações continue, e não há
nenhum herói que bote termo na administração de Trump, que
continua a fazer das suas protegendo mercados em detrimento de sua
falência enquanto império. Falência moral, indignidade,
picaretagem e falcatruas.
Há
que se esperar, existem países como o Japão e a China, há sorrisos
no Oriente e a Índia ensina ao mundo o que é saber matemática,
dentro de seus mercados centuplicados, externados à última
potência, em que veremos que basta esperar mais um pouco que a
própria Rússia dirá o mundo qual deverá ser a sua rotação, pois
igualmente faz parte da realidade concreta do Leste…
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