Apenas
a questão: se um cidadão crê, isso pode ser fator existencial personalíssimo,
de importância capital. Se há hoje em dia uma ou diversas crenças, talvez
estejamos podendo recriar realidades através de simples fé, e quando pensamos
que alguém não professe fé alguma, este alguém não está fora do caminho, pois o
joio pode brotar no meio de uma procissão – de montes –, e não havia o perdão
antes do Cristo, e, no entanto, com um tal sacrifício de vida a ponto de
ensinar a humanidade o mesmo perdão, muitos seguem a vereda do ódio, como
consubstanciação de criar um teatro sem autoria... Mesmo em terras sagradas.
quinta-feira, 14 de junho de 2018
CHEGA SAIRMOS DO PALCO?
Parece-nos
que estamos em uma representação, quando do lúdico em existir, do jogo que
parece haver, das brincadeiras a que nos permitimos em um palco que gira em um
motor que muitas vezes não nos avisa a hora de mudar, se é que havemos de mudar
tanto assim. Não que a autoria queira falar em nome de algo, pois esse algo
maior fica sendo o objeto de atenção: um algo girante, uma cena qualquer, uma
encruzilhada de um si mesmo... Porta-se uma nobreza de espírito, no mesmo
enquanto ser um homem ou mulher que saiba de sua posição existencial, sem maiores
artifícios quais não seja como espectador ou ator atuante em futuros espetáculos
que não acontecem, não se fazem, não se constroem. Saber de Krishna é uma
posição valiosa. Isso é ponto pacífico, e a partir disto revelar não é tarefa
difícil! Falar de uma pessoa, a Pessoa Suprema, é como pontuar todos os
créditos do Universo, mesmo sabendo que este em que vivemos é apenas um de
milhões já manifestados, ou o infinito que não se manifestou ainda, mesmo
quanto de saber da dissolução cósmica que atinge estes universos materiais que
compõem o céu material. No plano espiritual, no céu dessa Natureza Espiritual,
tudo é eterno e bem aventurado. Não há dissolução, mesmo que saibamos que a
própria destruição de algo ensarta as contas na Verdade de Deus, e nada muda
Sua vontade, quando da Criação, manutenção ou dissolução. Estes aspectos fazem
parte da Verdade Absoluta, a partir do qual se possa entender melhor os
andamentos dos tópicos do Espírito no plano que existimos neste planeta, dentre
tantos outros milhares, aos quais a nossa compreensão há que navegar sobre uma
fé que se tem, mas que no seu carecimento obviamente é território laico, e
também existe enquanto crença na ciência ou no aprofundamento filosófico. Todos
os ramos que atingem a consciência humana, na medida em que aprofundem a compreensão
do “outro” enquanto ser que habita o planeta, é de modo latente uma ampliação
da mesma compreensão humana em relação ao seres que compõem os nossos sistemas
complexos, em que coabitamos de modo pacífico dando ao respeito a composição
que segue desde detalhes até o todo, em sua complexidade. Partamos do modo a
simplificar, pois o respeito que se alongue a mais partes do que a nossa dúvida
abra por espaços que ignoramos... Isso significa antecipar a vida antes mesmo
que ela surja nos ventres da Natureza, em suas pétalas, de suas raízes, e crer
com aprofundamento teológico em algo a mais por vezes e obviamente dá alicerces
para que respeitemos o Espírito que ponteia a existência mesma e razões de uma
matéria que temos por mente e cérebro, alongada, e que aproveitemos essa massa
em nosso crânio, a saber que não deixa de ser matéria complexa, mas pode se
tornar uma inteligência majorada porquanto fizermos desabrochar a simplicidade
do respeito referido acima. Esse é um modo concreto de deixarmos de representar
que estamos respeitando algo enquanto na verdade entramos no jogo da competição
desmesurada, no negaceio, na tirana acepção da violência quando nos preparamos
para conflitos que muitos dizem ser naturais, e razão de uma profissão, mas que
a proficiência de um modal pacífico e cavalheiresco nos redime a ver que de
atuantes em um jogo turvo passamos a ver a peça teatral fartamente escrita nos
modos farisaicos de outrora e que, no entanto, agora passam a ser verdade
relativa, quando já vimos outras vezes peças similares na história, e não
precisamos deixar-nos convencer como elementos de desgaste de um teatro de
sombras.
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