Tal
é a vida, que esta mesma possui variações infinitas. Qual seja o
tempo com ela relacionado, quiçá numa hora, a relativização da
existência de seus seres, o mesmo tempo de que algo que porventura
não exista como em um vácuo a cada qual, posto sensação, inexiste
a possibilidade da ausência, já que o infinito não se abraça nem
mesmo com a matemática. Nossos sentidos são imperfeitos, mesmos
quando perscrutamos ao máximo com a sinergia de nosso pensamento os
modais mais diversos.
A
compreensão humana revela o diálogo que surge na dimensão
existencial que vivemos enquanto seres com as diferenças que a
alguns podem não parecer boas, o que resulta no prejuízo de nós
mesmos… Esse pré julgamento que é obstáculo no humor de certos
viventes à acepção de uma beleza que pode estar em uma ordem, em
um ideal, ou mesmo na contemplação enquanto atitude bela. O belo
seria um proceder, quando agiganta a proposição do feio enquanto
que para outros não o seja: do ato igual no sentido de se permitir a
ampliação desses espaços contemplativos, enquanto a dialética dos
opostos seja compreendida de acordo com a cultura de cada povo, de
cada etnia, na consagração onde um país de mesclas seja muito rico
enquanto diversificador da mesma e diversa cultura e suas
transposições da arte. Um pressuposto que enriquece de belezas um
país como o Brasil, porquanto em gêneros e etnias maravilhosos,
pautado por histórias que nem sempre foram reveladas, mas que
possuem em nossa memória o perdurar-se da verdade. Tantas foram as
nossas histórias, tanta foi e é a arte, tantos são os anônimos
artistas, as personalidades de nossa civilização que não as
conhecemos tanto, que tanto a indústria cultural tem trabalhado
torrencialmente para apagar as coisas que fazem ou fizeram parte de
nossa realidade.
No
entanto, resta-nos resgatar nossas memórias desde a antiguidade
clássica em seus alvores, com o pensamento sincero de busca e
resguardo de nossas memórias, ao menos ao tentarmos compreender o
que se sucedeu em cada Era, em cada quebra e avanços na cultura como
um todo e na necessidade de uma arte que deixamos perder com relação
aos implementos da indústria cultural e como esta empreende esforços
daninhos para apagar de nossa memória nossa própria identidade
enquanto povo, nação e continente. A libertação nos faz crer que
o belo retorne enquanto ideal da consagrada expressão do povo e seus
artistas e passa a ser condição inequívoca o resgate acima
referido não apenas do que é erudito, como das manifestações
artísticas que expressamos em nossos processos históricos, afim de
que possamos contemplar e criar com a liberdade mais plena a
expressão mesma de nossas subjetividades ou de percepção imediata
da realidade, sua sintaxe e seus contextos.
Posto
que sejamos contemplativos, seguiremos um caminho de serenidade
espiritual, a mesma vereda de onde se pode surgir um pensamento,
livre de insights irrequietos, à mercê da voz que ponteia
quando dizemos algo, e da leitura que fazemos dentro dos imensos
sistemas coabitados pelo mundo afora na profundidade paulatina e nos
ensinamentos de um diálogo pungente com nossos alunos, quando o quê
de mestres sejamos. Talvez seja essa a questão: quando contemplamos
o belo, estaremos armados com o archote do conhecimento no compartir
– dentro da ordem objetiva e subjetiva de nós mesmos enquanto ser
coletivo e individual – qualquer progresso que seja válido na
esfera do entendimento e empatia que vise a melhorar a qualidade de
vida de todos os seres na vila, rua, calçada, casa, apartamento,
cidade e planeta. Melhor fosse dizer, que tal se contemplássemos as
estrelas e o universo? O mundo se tornaria menor e mais organizado,
posto quando do gigantesco ao ínfimo, a sobranceira citada Verdade
pesponta o tecido de uma trama desejada, em equilíbrio, social,
anímica, espiritual, que plasme a matéria com a inteligência de
não desgastarmos a superfície do planeta, já tão sacrificada com
cicatrizes que não se pode mais restaurar, a não ser que um amor
por ele seja tão gigante a ponto de lutarmos para retroceder o
egotismo que em tese não faz bem para um equilíbrio sustentável no mundo, dentro do padrão do bom senso em apenas a mesma tese ser humana, nada mais do que isso, pois os homens não são antropofágicos e a questão maior a ser resolvida é justamente querermos o bem estar de todos, como algo perene, e ideariamente importante no pensamento que passa a ser uma razão fartamente aceitável. Meditemos sobre o nosso contemplar, que veremos o belo onde antes parecia que a existência estava turva, pois cada água poluída tem essencialmente o seu espírito da pureza, haja vista a espiritualidade estar presente até nos átomos e podemos ser frutos dessa ciência: a Ciência Espiritual!
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