sexta-feira, 22 de junho de 2018

ESTAREMOS PRONTOS?

            Cremos que um escritor possa fazer de suas conjecturas um cenário quase real em sua imaginação. Que seja, a fertilidade da imaginação, palavra esta tão usada quando o engenho da garotada cria certos games que deixam todos bem ocupados... Quiçá nem todos, mas uma boa fração de um mercado em ascensão. Mesmo que por vezes esses games treinem – palavra bastante usual – os usuários em seus reflexos, o que vem dar na tecla que pode atingir um alvo em uma guerra: quiçá em drones teleguiados, na mesma cinestesia dos botões. Pudera, seria pouco falar da violência como entretenimento virtual de todas as classes sociais, na pirataria ou não. Pudera também ser esse tema algo de denúncia quase quixotesca porquanto Davi enfrentaria centenas de Golias na empreitada da contestação dos atuais níveis de violência a que são submetidos os jovens com seus entretenimentos e os adultos com fakes “verdadeiras” nem tão novas mas muito fabricadas. Fala-se de posicionamentos vários, de perfis políticos, e o que vem pela frente são rochas impetradas por diversos sistemas já internacionalizados pela globalização e implantação dos territórios demarcados pela micro fatia que detém o poder financeiro mundial.
            Preparemo-nos com o fator estratégico que agora já está sendo montado para contestar a nossa democracia. Pensemos a respeito, de ante mão, o que pode vir pela frente. O que vem a ser uma fake news e o porquê desse anglicismo, pois o que temos visto nos noticiários “oficiais” das tevês abertas ou de assinatura tem sido a parcialidade, a manipulação dos fatos, a repetição incessante de mentiras para torna-las verdade, no mesma modalidade nazi-fascista de outrora, quando verdadeiras massas eram vitimadas por mentiras que não retratavam a realidade dos fatos. Talvez um país como o Brasil se preste muito a essa exposição midiática, onde chove-se até encharcar de lama as consciências do povo, este que não dispõe de muito tempo para se ter estudado a possibilidade de ter uma ideia mais crítica ou a oportunidade de saber como é construída a indústria cultural de além fronteiras, para países vulneráveis como o nosso. Sabemos a dor que é ter um grande líder popular – LULA – preso por demandas de retrocesso concebido certamente por grupos financeiros internacionais com o patronato de nosso imenso país. A partir dessa quebra das nossas instituições democráticas e o rompimento com a carta dos direitos humanos internacionais com a perseguição política de um partido em detrimento da culpabilidade de vários outros – da situação – resta-nos saber ver o que se passa com a possibilidade de termos eleições com participação redobrada dos meios da informática e suas redes sociais. Teremos que embasar com ciência toda a notícia, e fiscalizar o jogo limpo, pois a banda podre do sistema tenta agora se armar de factoides para tentar inviabilizar o resultado, caso venha a ser mais popular, do jogo democrático, com a participação de lideranças que comporão necessariamente uma frente mais progressista para o país.
            É tempo de resistir. É tempo de salvarmos o país, a cada qual com suas limitações impostas pelo mesmo sistema que já dá sinais de derrota no plano internacional, e que aqui dentro lute cada um com suas ferramentas, em um processo possível de horizontalizar a conscientização das massas. Obviamente, se o centro de um pequeno furacão não se mexe, ao menos gira em conformidade com ventos de mudanças: aparece no cenário de uma aldeia que, como dizia Cervantes, quando bem conhecida sua autoria, se torna universal. Se o fator puro da política se faz com cavalheiros, sejamo-los no aspecto de lutar infatigavelmente, porém com o cavalheirismo que caracteriza a ponta de diálogos saudáveis sobre o que é ser patriota, e se possível unindo forças que aparentemente são antagônicas, mas cabem no mesmo espaço que nos remeta a nacionalizarmos o máximo possível de empresas que tendem a cair sob o domínio do capital estrangeiro ou privado, revelando uma onda de entrega de nossas riquezas e potenciais setores estratégicos da economia como nunca se teve notícia, desde priscas eras. É hora de fortalecermos nossas indústrias com base na participação dos lucros pelos funcionários, como fator de ampliação do consumo e recuperação da esfera produtiva. É hora de pensar em sanear as nossas cidades, de evitar atravessadores com suas sinistras logísticas, e criminalizar quem mereça ser, sem parcialidade de proteger um grupo, partido ou similares. É mais do que a hora de denunciarmos sem medo aqueles que depõem contra um andamento democrático mais representativo, onde o que se manda será a voz do povo, que é a voz de Deus! Botarmos de uma vez nas nossas por vezes já cansadas cabeças que o Brasil possui a força para eleger bons representantes, mas estarmos atentos e unindo esforços a evitar que nos golpeiem mais do que já sofremos com a banda podre da sociedade, que nada faz além de utilizar receitas de tecnologia de agregar poder vindo de interesses escusos.
            Tenhamos por candidato aquele que afirmar retirar as pedras que impedem o andamento de uma sociedade mais justa, de dar acessibilidade aos mais vulneráveis, de impedir apadrinhamentos e currais eleitoreiros, de estimar por uma nação livre, de oportunizar ao pobres mais rendimentos, de dividir antes e acumular nas frações a que cada um aceite como resultado de toda uma sinalização. Que as luzes alcancem o bom tino mesmo da burguesia que não precisa temer um país onde basta estarmos preparados para que se remonte em algum tempo um Estado mais justo, o que seria bom para todos, posto não estarmos neste mundo conturbado para dividir nem subtrair, pois do que gere a solidariedade, sempre seremos mais felizes...

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