Como
se o tempo não decorresse, mas não, o tempo é eterno enquanto
signo e fração. Signo de história, fração linear ou em seus
flashies, o tempo trabalho, o fazer e construir, o tempo negativo da
guerra, que faz destruir ao próprio tempo de progressos… Passamos
a definir simbolicamente os ícones que traduzem as vias de fato.
Sabemos mensurar, a sociedade mensura, a razão utiliza das medidas,
a palavra se constrói por ela, visto ser como entidade uma quiçá –
mesmo na poesia concreta – uma linha, breve ou não. E nela nos
remetemos a algo, em que agora o pensamento pode ser referência,
quando pensamos que um robô pensa de um modo particular e não
existe como ser vivo, visto ser a contradição cartesiana, pois
pensares existem em suas particularidades e escalas. O trabalho
continua sendo fato, e disto devemos nos aproximar, mesmo quando este
por vezes não gere riquezas, por outras um resultado, uma
consonância, uma prática. Dia tal, marca-se o evento, planeja-se,
se refere o tempo estacionado, mas o tempo não pode ser luta, pois a
luta vêm a ser a ação por vezes tão pontual como um átomo. Dessa
fração, dessa velocidade é que poderia haver uma tradução maior
sobre como a luz nos chega via cabos ou satélites. Não podemos
deixar de observar o fato em si, a realidade que transformou um
impulso em uma rede que pulsa em canais e ramos, que carrega
informações em um gadget, que as transforma em resultados, e
que o tempo gasto em aprendizagem é diretamente proporcional à
esfera do time que resguardou ocluso o ensinamento para lutar
covardemente contra uma libertação popular, exatamente no sentido
em que separa a questão tecnológica de ponta, coloca suas peças no
tabuleiro, e filtra do ar etéreo em nuvens onde se coleta como na
época de Rousseau e seu Contrato Social. Esse contratar-se na
demanda do bom selvagem, realocando a bondade em não se saber quem
sabe mais, quando um se torna mais poderoso por saber da fração o
mínimo sem saber que o gigante cada vez mais é requisito da
acumulação, não apenas de conhecimentos blindados, como de
riquezas corporativas. Resta-nos saber se, na questão de
sobrevivermos, as palavras podem chegar de modo livre e sincero como
a vida que não espera que a tenhamos sem que sejamos ao menos justos
às mudanças que efetivamente reúnam os trabalhadores em sintonia
com as indústrias das nações.Com a intermediação justa do
Estado, pois o mercado sem garantias institucionais da massa que gera
a riqueza dos países não tem como subsistir enquanto par e
totalidade… Há que ser signo que reúna as frações equivocadas,
motor e alicerce, pois a salvaguarda do liberal é sempre se
referindo à liberdade, e esta fica sendo a relação entre o mínimo
a quem se esforça e um máximo ilimitado no injusto e imerecido
ganho.
A
carência de um motor que não engesse as veias econômicas de uma
nação é como um freio na mandíbula de um cavalo, quando este
enlouquece tentando voltar à cocheira, ou como quando se tenta
sufocar o leito de um rio, ou o crescimento de uma planta… A
carência nos mostra onde investirmos na realidade de uma nação que
se julgue ao menos em progresso: sabermos investir em seus processos
fabris, da ponta à base, do software à operacionalização, durante
o trabalho, na horizontalização cada vez mais premente ao processo
fabril, e no conhecimento compartido que faça um menino pobre
brilhar seus olhos quando vê seu futuro no seu presente de escola.
Na lógica oportunidade de ter contato com a tecnologia, esta que há
que ser democratizada para todos, já que não será possível que
achemos justo que uma favela não possa se tornar um lugar melhor na
dissipação do signo da indiferença. Como nos veremos nos espelhos
de nossa face, tomando confortavelmente a posição de que só pode
ser brasileiro aquele que é amigo de um país melhor?
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