Que
por vezes nos nascem os torpes sentimentos do não sentirmos
Quando
pensamos algo que sabemos da vida esta incompleta
Em
que nos postáramos inquietos no sabor de outras veredas…
A
saber que a poesia finca o pé em estribo quase ausente de dores
Nas
vezes em que aquela não fica mais nos sentidos quase alertas
Posto
a ignorância campear tanto nas mais nobres e singelas cavernas!
Cavernas
de mansardas, jardins elísios, campos de ornamentos diversos
Que
nos aproximamos de algo jamais colocado no plano imaginativo
Qual
não seja uma simples frase obscura que desperta o sono guerreiro.
Não
seríamos tantos se tantos já não soubessem ao menos o paradoxo
Que
nos insufla o querer de algo já não mais anunciado pelo justo
Quanto
a outros mais paradoxais ressentimentos de não sabermos o que.
A
quantos a poesia tece direções, em quantas palavras há
endereçamentos,
Quando
pensamos que na direção oposta do que não queríamos muito
Singelas
flores apascentam os pés quase escalavrados por outros tempos.
Há
o casuísmo da derrota, há quem pense que o inverno sucede o outono
Mas,
na circunspecção criteriosa da dúvida, pensemos em um leste
Que
não sucede mas que ocorra em remansos quase caudais em superfície.
O
navio singra o mar mais calmo, depois de tantos e tantas as
piratarias
Ao
que nos dispomos não sermos de trava emperrada como certos canais
Que
demoram a acordar no sucinto verbo de frases finalmente vencidas…
Saibamos
de um inumerável tempo, de uma conformidade de olhares
Que
não se saiba tanto, mas que em uma verdade quase encoberta
Não
nos acoberte os fatos, mas que se desiluda de uma vez a ilusão!
O
olhar que se nos diga no seu sentimento de farnéis sempre encobertos
Quando
nos apercebemos que nem tudo o que se pensa é de olvidar-se
Mas
que o pensemos sempre, é um fato aparente tão transparente como a
luz.
O
violino de Ponty se remonta no novo milênio como uma tabla de jazz
Que
não se encantam muitos pois jamais imaginaram em seus games de war
As
parecenças do nexo inenarrável do que se pode com certeza chamar-se
música.
Uma
tela azul de cubismo, uma arte em que não encontramos mais reflexos,
As
paredes sísmicas do solo sagrado, uma erva que brota da terra e seu
húmus
Serão
signos de vida e arte que no final parecem uma colcha de carmim e
retalhos.
Se
na verdade não houver razão clara para o ressentimento, como
pensaremos a vida
Sem
o amálgama da arte, quando a política pede o centralizador mutatis
mutandis
Que
em verdade não oferece grande resistência a não ser a
predominância econômica.
Deveras
seremos mais nobres se pensarmos na arte como salvaguarda de um
aspecto
Em
que a curiosidade psicológica profissional tece interpretações
variadas de contexto
Na
científica e qualificadora ausência da matéria do artesanal verbo
da diversidade.
Saberemos
sim a interveniência de um gigantesco e hemisférico filme digital
Onde
cada barco e cada sopro de respiração quiçá seja monitorado por
aplicativos
Em
que a distância factual entre um ser e outro se medirá pela
frequência de um GPS.
Nenhum comentário:
Postar um comentário