sábado, 6 de maio de 2017

NÃO SEJAMOS ARCAICOS

      Pudera, a civilização chegou ao século XXI, com as ferramentas que não sabemos, em nossa grande maioria, sequer como funcionam, pois demandam estudos sem conta à sua compreensão. Talvez fosse melhor seguir o atalho do que é a percepção humana e como esta se encaixa nos módulos em que se pode separar essa parafernália que conhecemos como informática. Seria cômodo dizer que se pode encontrar algo em que acreditemos que seja o funcionamento, mas ocorre que é apenas uma opinião, não necessariamente uma acepção verdadeira, mas devemos ser lógicos e coerentes ao menos em tentar compreender o entorno das sociedades civilizadas atuais. E a percepção humana seria o canal aberto, quando estamos receptivos ao que quer que seja. Digamos que, se uma pessoa do século XIX visse um trabalhador de informática, a sua postura, a luz que emana do monitor, isso seria atordoante para o perfil histórico daquela época. Remontando a mesma época dos teares industriais, o panorama das indústrias gráficas nascentes, o surgimento do vapor como força motriz, os navios com motores, quiçá estaremos vendo um rebatimento de tecnologia fundamental para compreendermos as novas relações de produção que surgem, tanto em um século como em outro. Na vida de cada um. Tememos, no entanto, essa exibição grande em que os perfis falsos ou quase verdadeiros se entrelaçam nas redes sociais, e como os negócios avançam para os produtores: aqueles que dominam a sintaxe das linguagens de programação, criando seus jogos, aplicativos e redes de banco de dados interativos. Um segredo que a sociedade que sustenta o neo liberalismo só faz com que cada um guarde para si o seu próprio conhecimento, ou que equipes surjam com sinergia suficiente para fazer verdadeiras e imensos progressos, em países que não compartilham muito o seu know how.
      A globalização leva à massificação da cultura, pois mesmo em mídias alternativas como exemplos de aplicativos das redes sociais teremos que conviver com um gigantismo tamanho que não vemos possibilidade sequer remotamente que países como o Brasil possuam um facebook, por um fator que deve se tornar clássico. Estamos ligados com conexões do mundo ocidental como se nossas conversas seguissem a superficialidade da calota do planeta, pois em virtude da rapidez de nossas linhas de tempo, não ganhamos tempo o suficiente para que sejamos estimulados qual não sejam estes para apenas estarmos escrevendo ou lendo o que postamos ou as notícias que nos vêm rapidamente, em que passamos a gerenciar, ou sermos gerenciados… Essa noção de que estejamos organizados faz-nos apartar da realidade a importância de um papel e uma caneta, de um livro, de aprendermos na escola o que se pede enquanto seres viventes igualmente de frutos da tecnologia, ou mesmo a fascinação oculta pelo ofuscar das imagens digitais e seus jogos, que igualmente apartam as crianças de processos lúdicos mais correlatos com o entorno: a terra, suas plantas, os bichos, o fazer, o construir, a arte.
      Essas modalidades tecnológicas contemporâneas apenas pedem que sejamos nações mais independentes, que tenhamos nossos próprios processos, uma educação esmerada e completa, um investimento sem conta que devemos ao sistema do Brasil para que possamos desenvolver nossos próprios softwares, nossa própria indústria e tecnologia de ponta, como fez a Coreia do Sul, investindo maciçamente em educação em décadas passadas, no que veio resultar o império da Sansumg, por um exemplo cabal de onde chegaram no desenvolvimento nacional. Cheguemos a uma assertiva fundamental: sem excelentes escolas não chegaremos ao desenvolvimento, isso é um ponto assaz importante. Temos que ensinar aos alunos como pensar, como ser criativo, em seus mais vários rincões e ermos do país. James Watt era da Grã Bretanha, e dele partiu o conhecimento das máquinas que revolucionaram a manufatura mundial. Agora vivemos um cotidiano distinto… A ideia é que os pais foquem no estudo suplementar de muitas coisas atinentes à vida de seus filhos e os orientem melhor sobre as possibilidades de conhecer alguns passos da independência e do conhecimento, pois este mais do que nunca está aberto em muitos canais. O entretenimento viciado, como a perdição na orgia, faz com que sejamos meras cópias do que há de pior em outros países, mesmo aqueles do primeiro mundo no ocidente, que enfrentam sérios problemas. A premissa é que lutemos com forças redobradas para tentar construir nossa nação, e para isso deve haver uma União sem precedentes históricos. A era do óleo será breve, e temos ao menos que lutar para que ele seja brasileiro, em sua prospecção, refino e lucratividade. O Brasil tem inúmeras riquezas, mas temos que compreender um pouco fora da nossa realidade o que ocorre no mundo, o exemplo de certos países, seus processos de civilização, bastante de nossa história, e não deixar que se apague a chama da esperança, pois sem ela não teremos força a derrotar o atraso que aos poucos se aninha pelos cantos de nossas veredas.

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