Poderia
se pensar, nesse princípio de linha, em construir algum significado
onde Cláudia encontra João e fazem pazes, e reiniciam um
relacionamento. Já estaria pronto um argumento em que narra o
acontecimento de dias ou de décadas. Um relacionamento, algo com
casarmos uma união com uma circunstância, o fato em se conviver,
mas que não se vem bem ao caso, pois estas linhas preferem falar
sobre uma questão distante que vem a afetar talvez concretamente até
mesmo as relações individuais ou coletivas entre as pessoas. A
carência, a carestia, a miserabilidade, os enfermos sejam quais
forem, a segurança, e quase tudo isso na não vinculação da
política com os Direitos Humanos Fundamentais, conforme já
declarados, valendo, apesar de uma ONU de certo modo algo discutível,
como esteio de nossas sociedades: o de vivermos nelas. De como tem
sido duro avançar para o Humano, de como tem sido fácil avançar
para o Desumano… Questão mundial, talvez, mas as aparentes
conquistas da ciência vêm a declarar a impunidade para sabermos que
apenas aqueles que possuem os recursos no mundo se tratam no básico
do que seja necessário sabermos que seria justo para TODOS.
França,
Brasil, Dinamarca, Congo, Etiópia, EUA… Pronto, seis nações…
Óleo, petrodólar, riquezas, alimentos, água. O futuro não poderia
estar contido nessas duas frases de itens, pois o presente é sempre
um planejamento de como alguns países continuam pobres, e como
aqueles que querem sair da pobreza enfrentam imensas dificuldades
internas e externas para manterem seus governos e sua democracia, e
como esta enfrenta dificuldades ainda maiores quando veem que seu
povo não alcança mais soluções econômicas quase ridículas
quando entregam seus trabalhos nas mãos de padrões hostis, cíclicos
ou permanentes, sem saber além de uma supérflua rede de informações
o que realmente acontece no mundo real. Pois seus trabalhos são
duros, e nem sempre os patrões cedem a chance de ao menos protestar
contra o caráter da exploração a que são submetidos, em leis do
mercado. A saber, temos que passar a sermos guiados por democracias
impostas, no modal de sofrermos golpes e beneficiarmos o grande
sistema financeiro e midiático internacional, com seus ramais
nativos. A brutalidade não reside apenas nessas ações efetivas
contra o Estado Nacional que quer se tornar auto suficiente, ou ao
menos sair de um quadro de miserabilidade, repartindo as riquezas
geradas internamente e com a balança comercial em favor de seus
habitantes. O brutal da questão é ver que muitos da política creem
ser justo esses atos, permanecendo em uma ofensiva bárbara para
aprovar leis que aos poucos vão deteriorando a Carta Magna,
conquistada duramente depois de uma era dantesca para a sociedade
civilizada de um país como o Brasil, o exemplo clássico, pois somos
desse país, e não agregados entreguistas, como uma boa parte.
Nenhum
país de boa conduta, ou que tenha representantes que honrem seus
mandatos, pode deixar que setores altamente estratégicos de seu
território e riqueza gerada, incluso grande parte de suas florestas,
sejam entregues a nações que querem apenas manter seu status de
ganâncias, esquadrinhando imensos valores patrimoniais, ecológicos
e de reservas, como se fora um toma lá dá cá, fazendo de caso
pensado algo de extrema perda para aqueles que sabem que um país
como o nosso não se constrói do dia para a noite. O que deve
motivar todo um povo em suas mais variadas e unidas categorias é
justamente pensar em um Brasil de brasileiros, pois não há nenhuma
nação que nos dará qualquer riqueza que não esteja estranha mas
previsivelmente conveniada por interesses maiores do que o valor que
é pago, ou emprestado. A título de um país mais inteligente, não
podemos dar ao luxo de um conhecimento às elites que o transformam
justamente no luxo, restando ao ensino gratuito a ausência de
oportunidades das classes mais empobrecidas, quando aquele
paradoxalmente seja bom, ou rebaixando o ensino público mais básico
e em regiões periféricas com a qualidade terceiro mundista reflexa.
Se fossemos escolher Brasil-Etiópia, teríamos muito mais a
desenvolver, enquanto nações que se irmanem para preservar suas
autonomias, pois Brasil-EUA, por exemplo, alia apenas um país rico
com os ricos de um país pobre. Não que não seja próprio e
interessante o intercâmbio de conhecimento, mas temos que deixar de
lado a falsa noção de querermos quase obedecer a uma hierarquização
das nações, se quisermos dar um exemplo de que podemos, com todos
os potenciais de uma nação poderosamente rica em recursos como a
nossa, de desenvolvermos estes de dentro para fora, ficando para
dentro uma melhor distribuição de riquezas, e para fora o
equacionamento de uma economia com suas leis externas, para se bem
entender, o que seria possível se o Estado Brasileiro regulasse
melhor as nossas empresas, de forma a fomentar igualmente o
desenvolvimento destas com a sua devida força motriz e de consumo
interno, que são seus operários, que são seus comerciários, seus
trabalhadores, em uma síntese agora pontual e necessária. Sem esse
caminho não teremos um país, mas apenas um satélite em função
dos países ricos, nisso incluindo igualmente a Europa – berço de
tantos impérios.
Havemos
por recomeçar um tipo de pensamento que possa estar vinculado a
questões filosóficas de cunho forte, e isso é assaz importante,
mas que agreguemos nossas pesquisas com o que há de novo na frente
de nossos ideais, pois certo é que a maior parte de nossos jovens
patriotas passam por vezes a desconstruir a era atual. Na verdade
devem estudar melhor algumas ferramentas que a nova tecnocracia está
querendo impor como auxílio de alianças com os mentores dessas
realidades, a começar com o estudo mais aprofundado dos
computadores, do design, da programação, dos games, e da imensa
indústria cultural cinematográfica e de animação. Isso tudo deve
sofrer uma releitura dinâmica, onde se passa podermos ter noções
mais evidentes dos processos criativos e idealizadores desses
impérios da comunicação. A contrapor-se a essa dialética
constante é que devemos construir uma consciênca mais clara a
partir de dissipar a ignorância de nossos colegas e amigos,
levando-nos a discutir questões que nos pareçam obsoletas, e
fundindo historicamente os meios da atualidade e a compreensão
daqueles que originaram a corrida tecnológica dos tempos
contemporâneos, criando as fusões necessárias, num modal parecido
com os novos modais das empresas e suas coligações. Esse debate
deve ser amplo, bem como a compreensão do que acontece na esfera dos
Poderes, ou seja, criemos as condições realmente urgentes para ao
menos podermos ser críticos e verazes na compreensão dos processos
que levam uma país ao desenvolvimento real, ou à sua bancarrota e
de suas instituições. Devemos saber quem trabalha em serviços de
inteligência externa, ou para o que servem e quais as intenções de
estarem agindo em nossa pátria. Multiplicando com agências próprias
e necessárias, dentro da legalidade deveras urgente, não devemos
ampliar nossos leques de atuação baseando-nos em ações que no
passado foram erráticas e insuficientes. Devemos galgar uma escada
longa para isso, mas por vezes temos que sentar em um degrau se não
tivermos força suficiente. A recuperação de nossas forças deve
sempre se pautar na serenidade em que os barcos que possuem a bússola
para a Verdade nos guiam na história de todos à vitória do bom
senso.
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