quinta-feira, 4 de maio de 2017

DO PODER A ALGO MAIOR

            Falarmos ao poder parece algo estranho. Que ser é este pelo qual tantos lutam, pelas justificativas tão inglórias, por seu passado a que nos referimos como ente que é, que não supõe, que existe mais do que o homem? Insistimos em nos apropriarmos, sem saber que nos mais das vezes traz o fato em si a sombra de estranhas concessões que no futuro ocultamos, quando estas nos derrubam... Traçamos regras, condutas, estratégias, e queremos no fundo que seja tal ou apenas o mesmo que seja no próprio. Não surgimos com a falta dele, e outros pecam por lideranças de festim... Obviamente, o poder emana do povo, mas seus líderes têm que dar muito a merecer a sua confiança, o que não procede, o que não é exatamente o fato em si, mas o povo deve decidir de sua vontade, através do voto e da democracia, pautada pela Constituição de cada país, em sua autonomia e independência.
Carecemos de saber ao menos o que vem a ser o mesmo poder, se na verdade o povo desconhece as suas propostas de ocasião, nem o sabor de um líder falso e espúrio por exemplo de estar ao longe, com seus privilégios e fortunas, com seus jogos e artimanhas. Do poder ao poder, como por exemplo, de Getúlio a Castelo, o que se passou na nossa história para golpearem tão fortemente o nosso país em um trabalhismo derrotado pelos militares em 64. Depois de 52 anos nos golpeiam de novo, no que vimos do trabalhismo ser derrotado aqui e em vários países do mundo. Parece-nos algo cíclico, mas porventura ainda temos tempo para trabalhar nossas bases de atuação, articularmos as nossas ideias, tentarmos chegar ao poder, que seja, em 2018. Este chegarmos, qual será? Que tal, um poder capaz de unir o país em torno de uma plataforma nacional que nos garanta reservar nossos patrimônios e riquezas para os brasileiros: aquele que chegar com essa prerrogativa, a ele seja dada a justa vitória.
            Parece que temos que nos constituir de novo, reconstruir a Constituição, a nossa carta maior. Mas o poder tem diversas faces e conteúdos: o que vivemos como sociedade não mostra nas suas faces quase abstratas da mass media a cultura de todo um povo, que viu estancado em 2014 toda uma proposta coerente de mais de uma década de poder em nome de nossa soberania, agora rota: aos farrapos. Quando se interpreta politicamente a questão de não termos a liderança desejada, temos que trabalhar com a única possível, de LULA para 2018, pois isenta o modo de todos, já que o líder da utopia sempre será a um passo adiante da história, e que nos aproximemos daquele que fez mais pelo povo e suas instituições do que nosso próprio Getúlio Vargas, que legou as conquistas do trabalhador brasileiro para a posteridade.
            Visto não ser possível que o desmonte de nossa bagagem e modal econômicos e culturais encontrem seus processos em tão pouco tempo, acrescentemos à proposta crucial de que trabalhemos as bases, sem nos assustarmos com o que trazem os rivais em seus farnéis: os truques, a ilusão e a farsa, concretamente praticados por seus atos nefastos. Pratiquemos a resistência ao golpe sabendo dos atos destes mandatários atuais que estão no poder apenas para usufruir das demandas ilícitas que fazem parte de nosso sistema de operações uma fraude já conhecida por todos durante toda a nossa história. Tracemos com cuidado o perfil do que somos enquanto maioria, pois com toda a certeza, impondo nossa voz em diversos e possíveis e já abertos canais, saibamos que um diálogo sincero com quem quer que seja pode ser uma tomada de consciência de ambos, ou a prática de descobrir como pensam os rivais empedernidos se tanto, mas sim, por vezes, de fato. Sócrates nessas horas ensina o bom diálogo como um bom combate, e temos que separar as veias intumescidas pela vontade que temos em odiar das outras que astutamente não pulsam tanto, já que se utilizam de nossa irascibilidade para desferir, como em uma sábia arte marcial, seu contra ataque.
            A juventude há que se sair bem com os desmandos que passa a conhecer, em um momento histórico que é na verdade rico quando pensamos em participação e conhecimento de toda a história brasileira como forma de alcançar e situar-se na plataforma de atuação coerente e necessária. Os mais veteranos tem por história a sua própria experiência, e não precisamos alardear nossa vivência cotidiana a bel prazer, abrindo apenas brechas quadráticas dentro de aparelhos celulares, pois temos que pensar mais a respeito, com mais profundidade e estudo, com mais leitura, com a sensatez e o bom senso de possuirmos cada vez mais a certeza de que conhecemos a lida que encontramos no caminho. O caminho este é uma longa vereda. O seu tempo não é linear como o facebook, estamos em um processo civilizatório no país ainda desigual, quiçá necessariamente tenhamos que aceitar que afinal somos uma grande miríade de nações, mas um pensamento conjunto e estruturante a respeito de como lidarmos com as lindas diferenças culturais, sexuais e étnicas no país melhore o desempenho para combater as desigualdades econômicas entre nossas classes. Outros pensam exatamente o oposto, mas temos que arguir que o justo está conosco, e um país não se faz do jeito que estão querendo, desse modo inóspito de concentrar os ganhos cada vez mais em um tipo de casta que privilegia através de seu poder a si mesma e deixa a grande massa dos trabalhadores órfãos de um Governo ao menos decente. Justo que quiséssemos um líder que fosse de um partido sem os problemas pelos quais passa o PT. Mas estranho pode parecer à reação que apenas os grupos e partidos como o PT estão dando apoio na luta do trabalhador brasileiro. E sempre deu, e dá hoje o papel de um povo que assina embaixo a escolha que faz por um dos maiores líderes populares do planeta, que se chama LULA. Cada partido se reforma... Aliás, toda a reforma é para melhorar, como quando reformando uma casa, renovando suas paredes e madeiramento. As reformas que possuem cunho de regresso são outros golpes, e isso tem que ficar muito claro na mente do trabalhador e das elites progressistas e pensantes da nação.

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