Falarmos ao poder parece algo
estranho. Que ser é este pelo qual tantos lutam, pelas justificativas tão
inglórias, por seu passado a que nos referimos como ente que é, que não supõe,
que existe mais do que o homem? Insistimos em nos apropriarmos, sem saber que
nos mais das vezes traz o fato em si a sombra de estranhas concessões que no
futuro ocultamos, quando estas nos derrubam... Traçamos regras, condutas,
estratégias, e queremos no fundo que seja tal ou apenas o mesmo que seja no próprio.
Não surgimos com a falta dele, e outros pecam por lideranças de festim...
Obviamente, o poder emana do povo, mas seus líderes têm que dar muito a merecer
a sua confiança, o que não procede, o que não é exatamente o fato em si, mas o
povo deve decidir de sua vontade, através do voto e da democracia, pautada pela
Constituição de cada país, em sua autonomia e independência.
Carecemos
de saber ao menos o que vem a ser o mesmo poder, se na verdade o povo
desconhece as suas propostas de ocasião, nem o sabor de um líder falso e espúrio por
exemplo de estar ao longe, com seus privilégios e fortunas, com seus jogos e
artimanhas. Do poder ao poder, como por exemplo, de Getúlio a Castelo, o que se
passou na nossa história para golpearem tão fortemente o nosso país em um
trabalhismo derrotado pelos militares em 64. Depois de 52 anos nos golpeiam de
novo, no que vimos do trabalhismo ser derrotado aqui e em vários países do
mundo. Parece-nos algo cíclico, mas porventura ainda temos tempo para trabalhar
nossas bases de atuação, articularmos as nossas ideias, tentarmos chegar ao
poder, que seja, em 2018. Este chegarmos,
qual será? Que tal, um poder capaz de unir o país em torno de uma plataforma
nacional que nos garanta reservar nossos patrimônios e riquezas para os
brasileiros: aquele que chegar com essa prerrogativa, a ele seja dada a justa
vitória.
Parece que temos que nos constituir
de novo, reconstruir a Constituição, a nossa carta maior. Mas o poder tem
diversas faces e conteúdos: o que vivemos como sociedade não mostra nas suas
faces quase abstratas da mass media a cultura de todo um povo, que viu
estancado em 2014 toda uma proposta coerente de mais de uma década de poder em
nome de nossa soberania, agora rota: aos farrapos. Quando se interpreta
politicamente a questão de não termos a liderança
desejada, temos que trabalhar com a única possível, de LULA para 2018, pois
isenta o modo de todos, já que o líder da utopia sempre será a um passo adiante
da história, e que nos aproximemos daquele que fez mais pelo povo e suas
instituições do que nosso próprio Getúlio Vargas, que legou as conquistas do
trabalhador brasileiro para a posteridade.
Visto não ser possível que o
desmonte de nossa bagagem e modal econômicos e culturais encontrem seus processos em tão pouco tempo, acrescentemos à proposta crucial de que trabalhemos as
bases, sem nos assustarmos com o que trazem os rivais em seus farnéis: os
truques, a ilusão e a farsa, concretamente praticados por seus atos nefastos.
Pratiquemos a resistência ao golpe sabendo dos atos destes mandatários
atuais que estão no poder apenas para usufruir das demandas ilícitas que fazem
parte de nosso sistema de operações uma fraude já conhecida por todos durante
toda a nossa história. Tracemos com cuidado o perfil do que somos enquanto
maioria, pois com toda a certeza, impondo nossa voz em diversos e possíveis e
já abertos canais, saibamos que um diálogo sincero com quem quer que seja pode
ser uma tomada de consciência de ambos, ou a prática de descobrir como pensam
os rivais empedernidos se tanto, mas sim, por vezes, de fato. Sócrates nessas
horas ensina o bom diálogo como um bom combate, e temos que separar as veias
intumescidas pela vontade que temos em odiar das outras que astutamente não
pulsam tanto, já que se utilizam de nossa irascibilidade para desferir, como em
uma sábia arte marcial, seu contra ataque.
A juventude há que se sair bem com
os desmandos que passa a conhecer, em um momento histórico que é na verdade
rico quando pensamos em participação e conhecimento de toda a história
brasileira como forma de alcançar e situar-se na plataforma de atuação coerente
e necessária. Os mais veteranos tem por história a sua própria experiência, e
não precisamos alardear nossa vivência cotidiana a bel prazer, abrindo apenas
brechas quadráticas dentro de aparelhos celulares, pois temos que pensar mais a
respeito, com mais profundidade e estudo, com mais leitura, com a sensatez e o
bom senso de possuirmos cada vez mais a certeza de que conhecemos a lida que
encontramos no caminho. O caminho este é uma longa vereda. O seu tempo não é
linear como o facebook, estamos em um
processo civilizatório no país ainda desigual, quiçá necessariamente tenhamos
que aceitar que afinal somos uma grande miríade de nações, mas um pensamento
conjunto e estruturante a respeito de como lidarmos com as lindas diferenças
culturais, sexuais e étnicas no país melhore o desempenho para combater as
desigualdades econômicas entre nossas classes. Outros pensam exatamente o
oposto, mas temos que arguir que o justo está conosco, e um país não se faz do
jeito que estão querendo, desse modo inóspito de concentrar os ganhos cada vez
mais em um tipo de casta que privilegia através de seu poder a si mesma e deixa
a grande massa dos trabalhadores órfãos de um Governo ao menos decente. Justo
que quiséssemos um líder que fosse de um partido sem os problemas pelos quais
passa o PT. Mas estranho pode parecer à reação que apenas os grupos e partidos
como o PT estão dando apoio na luta do trabalhador brasileiro. E sempre deu, e
dá hoje o papel de um povo que assina embaixo a escolha que faz por um dos
maiores líderes populares do planeta, que se chama LULA. Cada partido se
reforma... Aliás, toda a reforma é para melhorar, como quando reformando uma
casa, renovando suas paredes e madeiramento. As reformas que possuem cunho de
regresso são outros golpes, e isso tem que ficar muito claro na mente do
trabalhador e das elites progressistas e pensantes da nação.
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