quarta-feira, 24 de maio de 2017

ALMA CONCESSIONÁRIA

Deveria o tal pensar de ser concessão a sua própria vida
Quando não percebe que de concessões foi feito o regresso
A que todo um sistema tivesse sua base puxada com o rigor
De sabermos que nem todo o poder do mundo se baseia no acordo...

Entre as partes que se prezem, fazemos número quais fantoches
Em que pífias hierarquias são conduzidas depois de regressos
Ainda que se almeje algo tão duro de conseguir quanto das pedras
Que jamais poderemos mover dentro de um mar de desditas.

O erro foi dado desde seus primórdios, o poder não se consegue
Na abertura de um dado lançado, em que seria o último
A se permitir na história onde vencemos um gato e encaramos o leão.

A alma da política do preenchimento dos espaços retrai os mesmos
Quanto de sabermos que é predestinado a sermos um país abortado
No sentido lato em que temos que saber dos espaços ficarem arejados.

De riquezas extraídas, da venda de todos os setores estratégicos,
Ao que dissessem outros que vem por aí uma tempestade
Em que os fascistas já se articulam para uma tomada de poder
Qual uma veia em chamas quando explicarão as falências institucionais.

Na verdade sine qua non, é hora de usarmos as estratégias dos meios:
Por baixo, usemos os mais simples e toscos, uma folha escaneada,
Um rabisco, uma poesia em um quadro negro, recorte de jornal marcado,
A um retorno de trabalharmos com o mínimo, e aprofundarmos a mais
Quando de recursos nos sirvam, mas que temos a ver a democratização
Das habilidades dos mais pobres, sem sabermos ao certo qual seja
A sua sobrevivência cotidiana das ruas, e a vivência com dificuldades.

E é do tabaco o meio igual de sermos quem somos na lei que permite
E que não nos entortemos muito na cachaça, pois a situação pede a brevidade
De uma vida sóbria à qual não fosse, pois um verdadeiro combate: assim.

Mas voltemos aos meios, ao artesanato, mas a uma reprodução de ponta
Que a internet faz de seus spreads para multifárias posições, e o ensino
Não tem que ser apenas na hora marcada da escola, pois o tempo agora de estudo
É mais curto do que o tempo longo e no entanto sólido da geometria do poder!

Devemos à solidariedade que prestamos a qualquer cidadão a mesma esta
Que encontramos na horizontalidade de um processo em que um menos um
É igual à uma posição de segundos no mesmo passo de retaguarda
Quando um olhar continua sendo um, e é no ser individual das ruas que somos.

Os erros que cometemos em nossa história não sejam eles os espelhos
Que não temos para não vermos as faces que nossos egos infantis reproduzem
A cada qual uma tentativa de heroicas posições para que mostremos a repressão
Incomparavelmente não errática quando de postarmos o mesmo Ego de querermos
Vitimarmo-nos em palanques que não agem, feito tartarugas de ventríloquos.

Talvez seja duro sabermos disso, mas enquanto não soubermos estudar a ciência
Dos computadores, e seu viés alternativo de combatermos suas motivações
Veremos ser criado finalmente um grande mapa de totalitarismos que fariam
De Pinochet um boneco de pelúcia de extremada e educada bondade...

Se pensam alguns que estamos em guerra, esta está não apenas nas ruas,
Mas em todos os lugares de todos os continentes já se fala no Brasil
Que somos pacíficos no sentido político, mas já largamente feridos no crime.

Pensemos o que quer uma agência internacional de inteligência, senão
Aplastar o nosso país de rancores e extrair absolutamente tudo que nos pertence
Ao vermos agora criaturinhas com barbinhas comportadas divagando sobre chefs
Enquanto pensam que são crianças brincando de brincar de máfias e seus brinquedos.

Essa conivência com o fazer errado, essa vontade viciada de se intoxicar,
Pega pela medula o que temos de mais sagrado, que é a obediência a algo maior
Quando uma lei boa e justa mereça a observação e o caráter de quem nos protege.

Pois quem queira uma micro repressão ditatorial obtém na sua individualidade
De rancores que gera a si mesmo um perfil construído na ignorância de que
Todas as cartas estão marcadas, e queiram não saber, mas a terra em que pisamos
Não nos pertence mais o modo como achávamos que estávamos em um lar.

Vem exatamente de baixo o que nos atinge, vem de uma superfície nua
Onde nosso lençol de água não sabe como prosseguir sendo envenenado
E nesse veneno tornado artifício subsistimos em nossos próprios erros
Daqueles que já não sabem se é ter fé em algo o que não se parece mais com nada.

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