domingo, 7 de maio de 2017

PREVISÕES

Chove um dia como um qualquer que fosse tão de encharcar
Quiçá nossos próprios pensamentos que não sejam sempre
Um neutro de zero questão quando até não nos sejam dados
Os requisitos centrais para que compreendamos o que dizemos.

Visto por vezes não sermos, no que se refira a nos sentirmos,
Quando ao menos nos insufla um prazer gigante que pensamos
Nas vezes em que engrandecemos o completar das ansiedades…

Fator redundante a previsão de nossas próximas tempestades
De se falar de moto próprio a palavra que não encerre a calmaria
Mas que esta signifique mais do que usar as metáforas dos ventos!

Causa e consequência nos redigam em novas propostas de vida
Em que ensejamos o partir do navio que jamais regressou
No mar em que deixamos enfunadas as velas com o bom cordame.

De um homem que achava vestígios de si mesmo em cada porto
Quanto de saber que em sua grande embarcação nunca vira
As musas em recortes de silêncio que para si era um vão sentir.

Na vida que prospecte a razão de uma distante montanha
Em que sentimos vicejar o não ressentimento de nossos ares
Quanto o de respirar, pura e simples, o ar nada tedioso da serra…

Havia uma mulher na memória circunspecta daquele mesmo homem
Este qual ente fantástico se guardava em si mesmo no posterior
De um encontro nunca alcançado por questão pura de existência.

De ser alguém com a preocupação quase nula e aos farrapos
A ver que na veste de nossos corpos jamais encontraremos
Uma outra que subsista mais forte em vidas de ressentimentos...

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