quarta-feira, 10 de maio de 2017

A VIVÊNCIA COTIDIANA

            Larguemo-nos, não prejulguemos, que muitos e muitos sofrem... O sofrimento psíquico está se tornando cotidiano, menos raro, mais comum. Não é mecanismo de defesa, mas pode ser algo que seja difícil de lidarmos com as taxas da normalidade impostas, qual não seria a muitos que trabalham agora sem sua voz, sem a possibilidade do protesto, sem a possibilidade com ênfase na participação dos movimentos que se estancam pouco a pouco de suas vidas. A mesma ênfase seja dada aos que vivem para melhorar a situação, lutam por isso, a cada qual, em que percebamos que alguns estão mais limitados nas suas áreas de atuação. Por vezes a palavra escrita pode ser útil na participação solene no processo de mudanças que sejam uma referência na história que demande uma ação continuada, no que afirmamos sempre o que é importante. Socialmente importante. Podemos ir além ao afirmarmos que o comportamento está cerceado pela justa, em que não se prorroga um sentimento, e por vezes temos que conviver com ressentimentos profundos que mostram na carne os acontecimentos da negativação do bem estar público que ocorrem no panorama nacional. A violência de sofrermos carestias continuadas torna o cotidiano dos trabalhadores algo que apenas um amparo de classe pode reverter para que consigam dialogar com a coletividade. Quanto à atividade de encastelamento do Parlamento brasileiro, esta revela um distanciamento do povo e seus representantes que os traem de tal modo que aquele acaba revelando a si mesmo um labirinto existencial onde não se sabe como agir para melhorar as coisas. Essa predisposição de desconstruírem as linhas de atuação popular remonta aí sim a urgência de mudarmos nossos canais não apenas tecnológicos, mas perceptivos. Não podemos com as condições impostas, mas temos o poder de tornarmos virais nossas posições perante uma resistência em que a Verdade esteja sempre em pauta e que podemos exercer o ofício de jornalistas independentes sem sermos efetivamente, igualmente filósofos na lide de nossas experiências cotidianas e no testemunho do mesmo cotidiano que pode ser traduzido no dia a dia de nossa atuação como tais.
            A representação não nos revela tudo, posto ser dela a pecha de sofrermos com a venalidade e traição daqueles que receberam seus votos. Por esse motivo passa a vigorar a democracia participativa a mesma condição inequívoca de que sejamos intensamente os mentores de nossas vidas. Sejamos mais apurados na percepção dos fatos, mas que não deixemos a irascibilidade pontuar qualquer ação, visto a expressão escrita, falada ou sentida no viés positivo demanda que abramos novas possibilidades juntamente com o clamor que sentimos no olhar de um ser mais vulnerável. Devemos atalhar o encontro e permitir que sejamos mais generosos com o próximo, pois isso não ocorre no entorno da hipocrisia e da arrogância daqueles que jogam com o destino do povo brasileiro. Antepor o humanismo e todas as frentes e, mesmo com o ressentimento cabal, nas fronteiras de nossa retaguarda. Se é um caminho dileto, colegas, será efetivamente o oposto do que querem os grandes conglomerados e serviços de inteligência de nações imperialistas, que preferem fomentar nos países em desenvolvimento a sua condição de desmonte para que se situem no terceiro mundo, impetrando o ódio para que possam usar de suas forças para dominar esses territórios, como se fôssemos para eles o quintal em que seus agentes atuam, como em seu próprio lar ganhando, como sempre, mercenariamente com isso. A ordem pertence ao povo brasileiro, bem como o progresso: na manufatura, nos homens, nas mulheres, na educação, na cultura. Portanto, toda a luta é válida, mas devemos buscar realizar nossos objetivos com uma inteligência mais acurada para que tenhamos uma nação mais sóbria na realização de seus propósitos em sair desse labirinto que não foi construído pelo povo brasileiro.

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