quarta-feira, 31 de maio de 2017

DESENCONTRO DE INFOGRAFISMOS

            Que tal não seria se não vivêssemos na plêiade das informações quase subcutâneas… Pontuamos por vezes a linearidade do fato em si, e seria melhor seguirmos esse curso, ao menos em intenção de contrapormos a uma sociedade de informações sabermos resgatar de fonte confiável – a depender de critério pessoal fundamentado – uma veracidade que aponte para um caminho de progresso a que o nosso pensamento gere a coerência de outros fatos, do que versa a própria sociedade.
            Os infográficos nos seduzem deveras, podemos achar que quiçá complementem ou simplifiquem o funcionamento em que passamos o bastão ao computador, em que muitas vezes não percebemos algum equívoco nessa confiança quase plena e derradeiramente permanente, no que recebemos dos feedbacks. Estes podem auxiliar-nos em muitos aspectos, mas a formatação crua de um aspecto repetido deve nos fazer pensar melhor a respeito, quanto de sabermos que uma obra pode vir sem o pó de arroz ou a sombra nos olhos do falsete. Resta-nos o ícone da sociedade contemporânea, e este pode ser cada vez mais reducionista se não ampliamos nossos canais perceptivos sem necessitarmos de filtragens maiores. Na verdade que se contrapõe a uma hipócrita questão, esta, como nas cartilhas maquiavelescas, sempre é válida a compreensão do fato – no mais, de História, ao menos. A educação que saiba dissecar e reler aqueles ícones ao menos elucida a busca – por vezes ao invés do nada – de uma relação a estudos mais correlatos.
            Por assim sobramos em real à parte dos fragmentos, na vã tentativa eterna da integralização de infográficos, mas sobre um manto de utilizações tão superficiais que a máquina acaba não dando suporte a que percebamos melhor o que é uma sociedade em construção permanente, quando do mesmo progresso que almejamos, em um recorrer diuturno em encaixarmos os antigos suportes expressivos e de condutas como peças chaves da distinção entre a ilusão e a realidade. Saber da manufatura é indispensável, e por conseguinte relacionarmos os paradigmas tecnológicos citados na história das civilizações é condição inequívoca a que nos situemos em nossa verdadeira posição como ser da atualidade. Assim sobrante a questão, damos sustentação em linhas, parágrafos e pontos concludentes de mais luzes, onde o conhecimento, liberto de amarras ortodoxas ou de preconceitos arcaicos, tece o diálogo permanente entre a matéria e o espírito. Diálogo por vezes inquieto, anímico, concreto, mítico ou científico, pontuado pela mesma roda que gira em diálogos necessariamente mais amplos, na construção mais horizontal do contexto coerente das relações humanas, estas que devem emergir para a conscientização plena de quem somos no oceano social.
            Os gráficos, informes, as artes visuais, tudo gera um conceito pleno do que antes seria pintura, agora meios digitais, do que se funde e do que se perde na memória. Certos “resgates” de nossa cultura informatizada apenas viabilizam espaços silenciosos, como o exemplo dos museus da fotografia, em sabermos que os cristais de prata ainda são uma forma de arte, com as velhas máquinas fotográficas: no saber de se portar o papel fotográfico. Igualmente nos livros impressos, que a nova ordem ainda não sepultou. E, mesmo que o fizesse, jamais seriam tão interessantes, pois existem, e em excelentes traduções que não passaram pelos crivos das “filtragens” contemporâneas. Não há possibilidade de uma pessoa conhecer a si mesma se não conhece um pouco do passado, enquanto classe, enquanto ser, pois tudo que percebe e vive passa por um processo histórico, e o desencontro com a identidade de um povo revela-se o próprio ignorar-se enquanto entidade coletiva, ou mesmo a revelação da sectarizaçã de um indivíduo.

sábado, 27 de maio de 2017

BRUNO AMA CLÁUDIA QUE AMA MUITO BRUNO E QUE UM DIA SE PROMETERAM AMAR MAIS DO QUE APENAS A SI MESMOS.

HÁ QUE SE VER QUE A VERDADE TECE UM MANTO ONDE A URDIDURA TEM SUA TRAMA INTRÍNSECA COM OS CAMINHOS DA BONDADE...

POR QUE NÃO FALARMOS DE DEUS, SE A ERVA NÃO É APENAS COMIDA, SE O PÁSSARO NÃO É APENAS UM OBJETO CENOGRÁFICO E QUE A CENA NÃO É APENAS PANO DE FUNDO QUE ENQUADRE NOSSA EXISTÊNCIA MAIS PLENA, MAIS COMPLETA?

POSTAREMOS ENQUANTO SERES VIVOS MAIS DE BILHÕES DE OUTROS ENCANTAMENTOS, POIS DEUS É MULTIFÁRIO E OS HOMENS PODEM COM PALAVRAS E SEUS GESTOS DEIXADOS COMO RASTROS QUE POR VEZES VIRAM HISTÓRIA.

O REALISMO É INCRÍVEL EM CERTOS FILMES, ASSIM COMO NA PELÍCULA DE NOSSA PELE O CARINHO POSSA IGUALMENTE SER REAL.

A LOUCURA VERSUS A NORMALIDADE QUE SEJA TÊNUE EM UM SENTIDO DE SAÚDE, POIS É BELO NÃO SER NORMAL, ASSIM COMO É LINDO IGUALMENTE ESTAR NORMAL ENQUANTO ATÉ A ILUSÃO NOS ENCANTE.

A HEREDITARIEDADE É UMA PALAVRA LONGA, MAS QUE APENAS A DEIXEMOS QUIETA, POIS HÁ MUITOS DIÁLOGOS A SEU RESPEITO.

REZA O LEME QUE A VIRADA DA EMBARCAÇÃO PRECISA DE UMA MÃO FORTE QUE NÃO ENGANE AS ONDAS OUTRAS QUE QUEIRAM QUEBRAR EM NOSSOS FLANCOS...

NÃO NOS CONFORMEMOS COM O TUDO QUE NÃO É, QUANDO A ARTE NÃO É MAIS, QUANDO A CHUVA APENAS MOLHA E NÃO NOS ALIMENTA, QUANDO O BEIJO É TÃO FUGAZ E ENGANADOR: QUANDO SE FALTA O PRÓPRIO AMOR!

quinta-feira, 25 de maio de 2017

DAS MATÉRIAS SUTIS

            Fazemos por analogias um portar-se como, um dizermos como, algo que não nos faria sentido se estivéssemos – como efetivamente estamos – parados no tempo. Algo nos dita, se considerarmos o “algo” como a realidade de estímulos e respostas, curtos, na evasão egocêntrica de superlativarmos o que cremos como participação e seus displays que, enquanto realidade bruta é matéria sutil. Não seria um erro afirmar que queremos ser escutados, mas não saímos do ponto conquanto a matéria sutil se reafirma como um meio que alimenta engrenagens sólidas do que passa a parecer a alguns, e a outros se oculta, como dutos grandes e pequenos onde se passa a seiva, e grandes corações alimentadores em que a sístole volta e a diástole avança, ou seja, passamos a não pensar mais profundamente o embasamento do que há, quando não conectamos o passado mais exatamente com os padrões desse modo de vida atual que emerge plácido como pequenos movimentos sem retornos. A essa sutileza do parar-se enquanto palavras anunciadas para que achemos que todo um movimento acontece chamaríamos a construção de um tempo gasto em linhas que nos limitam, que outras linhas há, na formatação mais antiga em maiores superfícies, mesmo digitais. Essa forma traduz e encaixa o conteúdo, ou seja, dispõe a que escrevamos com uma quase ausência da necessária adaptação ao meio em si, pois que se remonte a página de ofício, o A4, um padrão mais antigo, que a se chegar nesse formato o que se escreve encontra mais seu repouso e suas evidências e maior clareza, mesmo quando o assunto é árduo.
            No surgimento dos ofícios da computação, houve quem se antecipasse montando seus escritórios de desenho gráfico, como tudo o que se monta a negócios, e aqueles que mais lucram acabam sofrendo investidas de concorrentes, diluindo ganhos e quebrando os mais fracos. Esse fenômeno que antes facilitava o meio de produção a que as peças gráficas possuíam o encantamento por meios digitais, agora tornam-se mais e mais complexos, ou seja, para se ganhar o equivalente a uma peça gráfica importante em sua confecção mais simplificada e com a devida ciência e arte, agora necessita de muito mais preparação do conteúdo, migrando verdadeiras levas para equipes externas no ganho equivalente aos principiares mais artesanais, em questão de décadas do desenvolvimento dessas inchadas estruturas. A predação é grande, e enquanto não encontrarmos a similaridade com a Natureza e suas interações, não é possível que compreendamos o que se chama economia de mercado, visto esse já não ser uma entidade, mas praticamente uma estrutura estanque e nada dinâmica, já traçada e mapeada, já organizada pelos grandes especuladores e principal responsável pelo atraso nas relações de ordem social e econômica.
            A princípio, podemos afirmar que a mercadoria passa a ser também o comércio quase ingênuo de nossos afetos, porquanto passamos a vincular nossas existências dependendo de máquinas que fazem florescer – nos seus usos ineptos e inconcludentes – a aceitabilidade social e associações sinistras. Nos embates grosseiros, na possibilidades de eventos criminosos, basicamente em uma parafernália algo linear em nossos tempos, onde nosso acesso ao primeiro mundo nos é dado como espectadores, girando a engrenagem em favor da produção externa, submetendo-nos ao que é ilusoriamente interessante, com as montagens e construções de nossos selfies, ainda baseados no ganho paulatino de uma aceitabilidade, na sedimentação dos nossos afetos mal encaixados no sistema, dia após dia, post após post. Demandamos trabalhos a partes que afetam fundamentalmente o mesmo sistema, preservando nossos erros, dando aos controladores o capital girante das informações, o principal fator de lucro do mundo contemporâneo. Girando o planeta na questão de que todos querem estar inseridos em algum contexto, passando a construir na rebarba do que antes poderia ser um ofício do artesanal de uma máquina surgida com todo os seus encantos, a mesma rebarba que nos faz ficarmos cada vez mais distantes dos processos produtivos das faraônicas equipes de capital gigante dos grandes estúdios, em um tipo de passividade onde redescobrir o meio como sustentação do homem fabril, torna-se impossível, enquanto o gesso acaba por revestir aqueles trabalhadores que expões seus perfis para quem – inclusive seus patrões – possam ver quem são e controlar mais de perto suas vidas.
            Há possibilidades de ao menos nos distanciarmos um pouco da questão da participação equivocada, porquanto tentemos nos aproximar mais da natureza das coisas, seus objetos, seus materiais, nos aplicarmos em termos nosso trabalho enquanto parâmetro de conscientização necessária, pois se nosso olhar está diretamente vinculado a uma área quadrada, se sairá sempre melhor aquele que vê o mundo com maior plenitude: olho a olho, mano a mano.

quarta-feira, 24 de maio de 2017

ALMA CONCESSIONÁRIA

Deveria o tal pensar de ser concessão a sua própria vida
Quando não percebe que de concessões foi feito o regresso
A que todo um sistema tivesse sua base puxada com o rigor
De sabermos que nem todo o poder do mundo se baseia no acordo...

Entre as partes que se prezem, fazemos número quais fantoches
Em que pífias hierarquias são conduzidas depois de regressos
Ainda que se almeje algo tão duro de conseguir quanto das pedras
Que jamais poderemos mover dentro de um mar de desditas.

O erro foi dado desde seus primórdios, o poder não se consegue
Na abertura de um dado lançado, em que seria o último
A se permitir na história onde vencemos um gato e encaramos o leão.

A alma da política do preenchimento dos espaços retrai os mesmos
Quanto de sabermos que é predestinado a sermos um país abortado
No sentido lato em que temos que saber dos espaços ficarem arejados.

De riquezas extraídas, da venda de todos os setores estratégicos,
Ao que dissessem outros que vem por aí uma tempestade
Em que os fascistas já se articulam para uma tomada de poder
Qual uma veia em chamas quando explicarão as falências institucionais.

Na verdade sine qua non, é hora de usarmos as estratégias dos meios:
Por baixo, usemos os mais simples e toscos, uma folha escaneada,
Um rabisco, uma poesia em um quadro negro, recorte de jornal marcado,
A um retorno de trabalharmos com o mínimo, e aprofundarmos a mais
Quando de recursos nos sirvam, mas que temos a ver a democratização
Das habilidades dos mais pobres, sem sabermos ao certo qual seja
A sua sobrevivência cotidiana das ruas, e a vivência com dificuldades.

E é do tabaco o meio igual de sermos quem somos na lei que permite
E que não nos entortemos muito na cachaça, pois a situação pede a brevidade
De uma vida sóbria à qual não fosse, pois um verdadeiro combate: assim.

Mas voltemos aos meios, ao artesanato, mas a uma reprodução de ponta
Que a internet faz de seus spreads para multifárias posições, e o ensino
Não tem que ser apenas na hora marcada da escola, pois o tempo agora de estudo
É mais curto do que o tempo longo e no entanto sólido da geometria do poder!

Devemos à solidariedade que prestamos a qualquer cidadão a mesma esta
Que encontramos na horizontalidade de um processo em que um menos um
É igual à uma posição de segundos no mesmo passo de retaguarda
Quando um olhar continua sendo um, e é no ser individual das ruas que somos.

Os erros que cometemos em nossa história não sejam eles os espelhos
Que não temos para não vermos as faces que nossos egos infantis reproduzem
A cada qual uma tentativa de heroicas posições para que mostremos a repressão
Incomparavelmente não errática quando de postarmos o mesmo Ego de querermos
Vitimarmo-nos em palanques que não agem, feito tartarugas de ventríloquos.

Talvez seja duro sabermos disso, mas enquanto não soubermos estudar a ciência
Dos computadores, e seu viés alternativo de combatermos suas motivações
Veremos ser criado finalmente um grande mapa de totalitarismos que fariam
De Pinochet um boneco de pelúcia de extremada e educada bondade...

Se pensam alguns que estamos em guerra, esta está não apenas nas ruas,
Mas em todos os lugares de todos os continentes já se fala no Brasil
Que somos pacíficos no sentido político, mas já largamente feridos no crime.

Pensemos o que quer uma agência internacional de inteligência, senão
Aplastar o nosso país de rancores e extrair absolutamente tudo que nos pertence
Ao vermos agora criaturinhas com barbinhas comportadas divagando sobre chefs
Enquanto pensam que são crianças brincando de brincar de máfias e seus brinquedos.

Essa conivência com o fazer errado, essa vontade viciada de se intoxicar,
Pega pela medula o que temos de mais sagrado, que é a obediência a algo maior
Quando uma lei boa e justa mereça a observação e o caráter de quem nos protege.

Pois quem queira uma micro repressão ditatorial obtém na sua individualidade
De rancores que gera a si mesmo um perfil construído na ignorância de que
Todas as cartas estão marcadas, e queiram não saber, mas a terra em que pisamos
Não nos pertence mais o modo como achávamos que estávamos em um lar.

Vem exatamente de baixo o que nos atinge, vem de uma superfície nua
Onde nosso lençol de água não sabe como prosseguir sendo envenenado
E nesse veneno tornado artifício subsistimos em nossos próprios erros
Daqueles que já não sabem se é ter fé em algo o que não se parece mais com nada.

DE CASO PENSADO

           Poderia se pensar, nesse princípio de linha, em construir algum significado onde Cláudia encontra João e fazem pazes, e reiniciam um relacionamento. Já estaria pronto um argumento em que narra o acontecimento de dias ou de décadas. Um relacionamento, algo com casarmos uma união com uma circunstância, o fato em se conviver, mas que não se vem bem ao caso, pois estas linhas preferem falar sobre uma questão distante que vem a afetar talvez concretamente até mesmo as relações individuais ou coletivas entre as pessoas. A carência, a carestia, a miserabilidade, os enfermos sejam quais forem, a segurança, e quase tudo isso na não vinculação da política com os Direitos Humanos Fundamentais, conforme já declarados, valendo, apesar de uma ONU de certo modo algo discutível, como esteio de nossas sociedades: o de vivermos nelas. De como tem sido duro avançar para o Humano, de como tem sido fácil avançar para o Desumano… Questão mundial, talvez, mas as aparentes conquistas da ciência vêm a declarar a impunidade para sabermos que apenas aqueles que possuem os recursos no mundo se tratam no básico do que seja necessário sabermos que seria justo para TODOS.
          França, Brasil, Dinamarca, Congo, Etiópia, EUA… Pronto, seis nações… Óleo, petrodólar, riquezas, alimentos, água. O futuro não poderia estar contido nessas duas frases de itens, pois o presente é sempre um planejamento de como alguns países continuam pobres, e como aqueles que querem sair da pobreza enfrentam imensas dificuldades internas e externas para manterem seus governos e sua democracia, e como esta enfrenta dificuldades ainda maiores quando veem que seu povo não alcança mais soluções econômicas quase ridículas quando entregam seus trabalhos nas mãos de padrões hostis, cíclicos ou permanentes, sem saber além de uma supérflua rede de informações o que realmente acontece no mundo real. Pois seus trabalhos são duros, e nem sempre os patrões cedem a chance de ao menos protestar contra o caráter da exploração a que são submetidos, em leis do mercado. A saber, temos que passar a sermos guiados por democracias impostas, no modal de sofrermos golpes e beneficiarmos o grande sistema financeiro e midiático internacional, com seus ramais nativos. A brutalidade não reside apenas nessas ações efetivas contra o Estado Nacional que quer se tornar auto suficiente, ou ao menos sair de um quadro de miserabilidade, repartindo as riquezas geradas internamente e com a balança comercial em favor de seus habitantes. O brutal da questão é ver que muitos da política creem ser justo esses atos, permanecendo em uma ofensiva bárbara para aprovar leis que aos poucos vão deteriorando a Carta Magna, conquistada duramente depois de uma era dantesca para a sociedade civilizada de um país como o Brasil, o exemplo clássico, pois somos desse país, e não agregados entreguistas, como uma boa parte.
           Nenhum país de boa conduta, ou que tenha representantes que honrem seus mandatos, pode deixar que setores altamente estratégicos de seu território e riqueza gerada, incluso grande parte de suas florestas, sejam entregues a nações que querem apenas manter seu status de ganâncias, esquadrinhando imensos valores patrimoniais, ecológicos e de reservas, como se fora um toma lá dá cá, fazendo de caso pensado algo de extrema perda para aqueles que sabem que um país como o nosso não se constrói do dia para a noite. O que deve motivar todo um povo em suas mais variadas e unidas categorias é justamente pensar em um Brasil de brasileiros, pois não há nenhuma nação que nos dará qualquer riqueza que não esteja estranha mas previsivelmente conveniada por interesses maiores do que o valor que é pago, ou emprestado. A título de um país mais inteligente, não podemos dar ao luxo de um conhecimento às elites que o transformam justamente no luxo, restando ao ensino gratuito a ausência de oportunidades das classes mais empobrecidas, quando aquele paradoxalmente seja bom, ou rebaixando o ensino público mais básico e em regiões periféricas com a qualidade terceiro mundista reflexa. Se fossemos escolher Brasil-Etiópia, teríamos muito mais a desenvolver, enquanto nações que se irmanem para preservar suas autonomias, pois Brasil-EUA, por exemplo, alia apenas um país rico com os ricos de um país pobre. Não que não seja próprio e interessante o intercâmbio de conhecimento, mas temos que deixar de lado a falsa noção de querermos quase obedecer a uma hierarquização das nações, se quisermos dar um exemplo de que podemos, com todos os potenciais de uma nação poderosamente rica em recursos como a nossa, de desenvolvermos estes de dentro para fora, ficando para dentro uma melhor distribuição de riquezas, e para fora o equacionamento de uma economia com suas leis externas, para se bem entender, o que seria possível se o Estado Brasileiro regulasse melhor as nossas empresas, de forma a fomentar igualmente o desenvolvimento destas com a sua devida força motriz e de consumo interno, que são seus operários, que são seus comerciários, seus trabalhadores, em uma síntese agora pontual e necessária. Sem esse caminho não teremos um país, mas apenas um satélite em função dos países ricos, nisso incluindo igualmente a Europa – berço de tantos impérios.
          Havemos por recomeçar um tipo de pensamento que possa estar vinculado a questões filosóficas de cunho forte, e isso é assaz importante, mas que agreguemos nossas pesquisas com o que há de novo na frente de nossos ideais, pois certo é que a maior parte de nossos jovens patriotas passam por vezes a desconstruir a era atual. Na verdade devem estudar melhor algumas ferramentas que a nova tecnocracia está querendo impor como auxílio de alianças com os mentores dessas realidades, a começar com o estudo mais aprofundado dos computadores, do design, da programação, dos games, e da imensa indústria cultural cinematográfica e de animação. Isso tudo deve sofrer uma releitura dinâmica, onde se passa podermos ter noções mais evidentes dos processos criativos e idealizadores desses impérios da comunicação. A contrapor-se a essa dialética constante é que devemos construir uma consciênca mais clara a partir de dissipar a ignorância de nossos colegas e amigos, levando-nos a discutir questões que nos pareçam obsoletas, e fundindo historicamente os meios da atualidade e a compreensão daqueles que originaram a corrida tecnológica dos tempos contemporâneos, criando as fusões necessárias, num modal parecido com os novos modais das empresas e suas coligações. Esse debate deve ser amplo, bem como a compreensão do que acontece na esfera dos Poderes, ou seja, criemos as condições realmente urgentes para ao menos podermos ser críticos e verazes na compreensão dos processos que levam uma país ao desenvolvimento real, ou à sua bancarrota e de suas instituições. Devemos saber quem trabalha em serviços de inteligência externa, ou para o que servem e quais as intenções de estarem agindo em nossa pátria. Multiplicando com agências próprias e necessárias, dentro da legalidade deveras urgente, não devemos ampliar nossos leques de atuação baseando-nos em ações que no passado foram erráticas e insuficientes. Devemos galgar uma escada longa para isso, mas por vezes temos que sentar em um degrau se não tivermos força suficiente. A recuperação de nossas forças deve sempre se pautar na serenidade em que os barcos que possuem a bússola para a Verdade nos guiam na história de todos à vitória do bom senso.

segunda-feira, 22 de maio de 2017

NAVEGAR SOBRE O TAPETE DA ILUSÃO

A sobriedade passa a ser vantagem titânica sobre aquilo que, saibamos,
Navega em muitos mares que em essência é apenas um único
Que se faz de tecidos e recortes, fusões e amálgamas de pensares
No criar soturno de por vezes abusarem, e que isso quase é de fincar raiz…

O plano em que vivemos é altíssimo para alguns, é baixo como um sem calado
Onde a canoa de pedra flutua, no mesmo oceano em que grandes navios
De isopores serenos soçobram em lagoas onde os monstros parecem triunfar!

Vastos tapetes daqueles que desconhecem a ciência quando abraçam os lauréis
Falsos de abraçarem suas renitentes diásporas antigas, sem saberem ao menos
Que o ódio é uma superfície que não dista tanto da ignorância como antes.

Vêm em profusão, as cartilhas dos porões de navios em nossos pés escravos
Qual não se diria que vêm à mercê do poder nefasto, em mensagens, em presença
Da qual não se ausentam de uma luta quase insana e covarde de quererem apenas.

Que se ressintam os do poder usurpador: aqueles que se vendem aos máximos
A pretenderem escalonar mínimos para a maioria, que se ressintam hoje
Para não se arrependerem amanhã, quando não puderem mais desfilar
Os seus turvos olhos de águias noturnas na luz plena do dia depois de noite…

Haja a nossa esperança de Paz, e que aqueles que não a pretendem, dentro
De uma plataforma de construção da justiça social, não perdem por aguardar
O manto algo duro da Verdade, quando das circunscrições de sua própria justiça.

Não podemos enquanto Nação pretender que no-la retirem sem vermos as garras
Que se pretendem da mesma águia que um dia Roma mostrou ao mundo
Quanto de sabermos que se um homem fê-la em um dia, basta que a ilusão se desfaz
No tapete em que se torna o mesmo do patibular resumo de uma queda bastilhiana.

Assim saibamos que a ilusão mantida a ferros e a um fogo que não nos consome,
Ao mesmo padrão que saibamos que a ilusão mesma essa já não encontra reflexo
Quando passa a vislumbrar aos povos libertários do mundo que a roda da História
Já gira com o torque indescritível de mais de bilhão de cavalos alados e marinhos!

domingo, 21 de maio de 2017

A SINTAXE CULTURAL

            Deixar-se viver. Talvez fosse uma frase curta, e é no português. Mas estes não deixaram muitos viverem nas eras coloniais, ao seu modo, à sua maneira. De uma sintaxe imposta, somos um país que fala o português. Podemos assumir que o idioma faz parte de nossa cultura, e somos tantos os países latinos que – quiçá um dia – poderemos nos conhecer melhor. Não há entretanto, na modesta visão deste que vos escreve, toda essa importância de intercambiar, mas igualmente sabemos que os anglos dominam o idioma falado no mundo inteiro, como um cartão de visitas para o que se aglutina em torno de um certo trânsito cultural, ao menos o se fazer entender. Oito linhas de um parágrafo podem elucidar um fator: o dos idiomas, o que nos abre ao entendimento, e assim seja na premissa mais básica da comunicação humana...
            No entanto, vai mais além a palavra sintaxe, como compreensão estrutural, chegando a níveis da questão neurológica na medicina, bem como nas artes, na compreensão antropológica e social, no nível das humanas e, mais ainda, na compreensão das linguagens tecnológicas que sempre começam em rotinas e algoritmos. Se as sociedades conseguirem relacionar, ou ampliar o contexto da palavra acessibilidade ao ponto de aceitarmos que qualquer ser humano tenha condições de uma participação na aquisição do conhecimento tecnológico das disciplinas biológicas, humanas, e exatas, podemos pensar que essa mesma acessibilidade torna-se a própria democracia como solução de acesso ao conhecimento e know how: o como, o quando, a agenda, a programação, a defesa de um país, sua construção e fomento, e seus desenvolvimentos artísticos fundamentais...
            Uma área vulnerável como uma favela nos revela uma complexidade de como se aceita esse fato na sociedade, enquanto se olha para cima, dentro do contexto de um tipo de sonho em que o “para cima”, dos mais favorecidos, será sempre nas cabeças mais desprovidas, olhar para países ricos, e não para a melhoria de nossas habitações, como razão intrínseca de melhorar a vida de um povo, e ficar sinceramente feliz com o fato, quando vemos que temos possibilidades de sermos um país livre enquanto demandas recriadas dentro da criatividade e esforço de nossos profissionais. Um fato relevante seria como proposta alternativa levar tendas de ambulatórios para as vilas de periferia e não o inverso: relocar a saúde para dentro dela mesma em seus espaços fechados, rumo ao regresso e desmonte. Essa queda abrupta por ocasião de nossas crises internas não se resolve no labirinto economês. Mas sim, no levante de nossas consciências, em um facho necessário em nossos olhares para que possamos ver e nos perguntarmos: como, quando e por que. Por quais seremos, e por que estamos a ficar neutralizados por angústias, quando constatamos que a abertura inclemente de buscarmos em nosso hedonismo a fuga da realidade gera mais e mais a falta de nossa Paz sagrada e a ocorrência de mais sofrimentos de ordem psíquica e o recrudescimento da violência e do crime. Temos que olhar melhor, em nossos recomeços, senão o retorno de nossos problemas vira eterno. Não há espaço para pensarmos que somos super heróis, pois estes estão em profusão na vida em que se encerram nos vídeos, e o verdadeiro jogo que devemos participar sempre é aquele pontuado pela cidadania, pautado pelos Direitos Humanos Internacionais, que rezam pela prática agora muito menos vigilante por esse prisma humanitário.
            Essa é a sintaxe necessária, por uma questão de chão, de terra, de asfalto, de mar... Entre tudo o que pensamos existe o fundamento da questão de não podermos por vezes nos defender de ofensas, de muitos estarem quase em eterno litígio, mas que certamente o nascer de novas fontes tecnológicas permite a um indígena liderar seu povo e clamar pela liberdade do direito de viver em suas terras e lutar por isso, dentro das ferramentas tecnológicas e do diálogo. A sintaxe que retira os direitos básicos ou outros quaisquer conquistados por uma população gera inevitáveis conflitos, pois a injustiça contra o povo não faz parte de uma linguagem solidária ao bem comum, mas sim apenas a prospecção e concentração da riqueza nas mãos de poucos, e a venda continuada das riquezas dos recursos a que jamais algum país mereça passar. 

terça-feira, 16 de maio de 2017

RESSENTIMENTOS

Que por vezes nos nascem os torpes sentimentos do não sentirmos
Quando pensamos algo que sabemos da vida esta incompleta
Em que nos postáramos inquietos no sabor de outras veredas…

A saber que a poesia finca o pé em estribo quase ausente de dores
Nas vezes em que aquela não fica mais nos sentidos quase alertas
Posto a ignorância campear tanto nas mais nobres e singelas cavernas!

Cavernas de mansardas, jardins elísios, campos de ornamentos diversos
Que nos aproximamos de algo jamais colocado no plano imaginativo
Qual não seja uma simples frase obscura que desperta o sono guerreiro.

Não seríamos tantos se tantos já não soubessem ao menos o paradoxo
Que nos insufla o querer de algo já não mais anunciado pelo justo
Quanto a outros mais paradoxais ressentimentos de não sabermos o que.

A quantos a poesia tece direções, em quantas palavras há endereçamentos,
Quando pensamos que na direção oposta do que não queríamos muito
Singelas flores apascentam os pés quase escalavrados por outros tempos.

Há o casuísmo da derrota, há quem pense que o inverno sucede o outono
Mas, na circunspecção criteriosa da dúvida, pensemos em um leste
Que não sucede mas que ocorra em remansos quase caudais em superfície.

O navio singra o mar mais calmo, depois de tantos e tantas as piratarias
Ao que nos dispomos não sermos de trava emperrada como certos canais
Que demoram a acordar no sucinto verbo de frases finalmente vencidas…

Saibamos de um inumerável tempo, de uma conformidade de olhares
Que não se saiba tanto, mas que em uma verdade quase encoberta
Não nos acoberte os fatos, mas que se desiluda de uma vez a ilusão!

O olhar que se nos diga no seu sentimento de farnéis sempre encobertos
Quando nos apercebemos que nem tudo o que se pensa é de olvidar-se
Mas que o pensemos sempre, é um fato aparente tão transparente como a luz.

O violino de Ponty se remonta no novo milênio como uma tabla de jazz
Que não se encantam muitos pois jamais imaginaram em seus games de war
As parecenças do nexo inenarrável do que se pode com certeza chamar-se música.

Uma tela azul de cubismo, uma arte em que não encontramos mais reflexos,
As paredes sísmicas do solo sagrado, uma erva que brota da terra e seu húmus
Serão signos de vida e arte que no final parecem uma colcha de carmim e retalhos.

Se na verdade não houver razão clara para o ressentimento, como pensaremos a vida
Sem o amálgama da arte, quando a política pede o centralizador mutatis mutandis
Que em verdade não oferece grande resistência a não ser a predominância econômica.

Deveras seremos mais nobres se pensarmos na arte como salvaguarda de um aspecto
Em que a curiosidade psicológica profissional tece interpretações variadas de contexto
Na científica e qualificadora ausência da matéria do artesanal verbo da diversidade.

Saberemos sim a interveniência de um gigantesco e hemisférico filme digital
Onde cada barco e cada sopro de respiração quiçá seja monitorado por aplicativos
Em que a distância factual entre um ser e outro se medirá pela frequência de um GPS.

segunda-feira, 15 de maio de 2017

AS FASES INCOMPLETAS

          Pensemos por pensar, quem diria, livres são igualmente os pensadores, se esse significado possa alcançar muitos que abraçam seus mitos e pensam por através dos seus arquétipos. Talvez carreguemos algo de nosso subconsciente, talvez tenhamos que derrotar impulsos reptílicos, mas o que denota que pensemos pode ser da filosofia a pátria de nossas referências, mesmo que o inconsciente trabalhe de modo duro a fazer de nós mesmos algumas traduções de nossos instintos. Talvez tenhamos que, ao pensar de modo mais justo, considerarmos a que plataforma estamos atuando, e em que situação passamos por vivenciar em nossas existências. Há verdadeiros escaninhos onde se encontram as nossas histórias… Gavetas de nossas fases, erros e acertos, correção de prumos, a navegação que se torna sábia quando passamos pelas tormentas já de certo modo anteriores, tornando-nos mais hábeis em enfrentar as futuras, quando nos acomete de passarmos por outras procelas. A questão simples e pontual, na pequena visão de quem vive em uma ilha, que sejamos merecidamente melhores ao pensarmos a questão espiritual que passa a ser cada vez mais consonante com a realidade tão grave e dura do excesso de apego que atinge o ser humano nessa navegabilidade tictânica. As ilhas que passamos a ser, a razão que por vezes nos emperra, o subterfúgio que obtemos com as nossas desculpas em mantermos o silêncio, quando por vezes a música das palavras seja tão importante em algumas horas e tanto igual para posteridades de nossa história.
          Creiamos que possamos ser histórias nascentes, padrões de reflexos permanentes, condutas irrigadas pelo húmus da vida, que nessas crenças sejamos tão humanos quanto o que obtivermos por referência o direito universal dessa ordem. Os paradigmas que nos retraem no processo de conscientizarmos a uma maior motricidade existencial, com os diálogos em que a matéria nos coloca, são por vezes inumeráveis – posto obstáculos –, mas que a própria dialética nos alça para padrões de vida mais de luzes do que de sombras, mais da verdade, menos da farsa… Esse diálogo transparente entre o que é de fato e suas cunhas ilusórias, quase sempre de entrelaces, no que pertence a um fato o que não seja realmente – concretamente falando – exibe faltas e imensos períodos em que grandes massas vivem por viver uma vida em que suas saídas existenciais são apenas uma sedação para a recomposição de sua força motriz a se continuar, e dessa forma permitindo avanços nocivos socialmente, sem que nada se faça – ao menos de – em consciência. Pensemos que a grande ilusão não é coisa de maneirismos sociais, ou de brotos do inconsciente, pois porventura é uma grande indústria com muitas ferramentas que no fundo gera seus produtos e rótulos para o entretenimento, mas acaba afastando a identidade de toda uma população com suas raízes culturais. Esse fomento industrioso acaba por permitir que todo o conteúdo produzido com receitas massificantes nos traga ao relento toda uma população que aceitará mais facilmente padrões de conduta referenciados por essa mesma indústria. Isso – esse fato incontestável – é uma das razões que retrata não apenas as raízes culturais já enfraquecidas geradas economicamente pela globalização excessiva por via de regra, como a dominação cultural que extrai a oportunidade de recuperamos a nossa identidade social e pátria. Essas questões de como se alicerça o pensamento autoral, produtor e diretor dessa grande “manufatura” é que põem em xeque o que seria realmente bom para que os cidadãos pudessem realmente usufruir de serviços de entretenimento de conteúdos com menos violência e menos invasivos.
          Obviamente, devemos sempre inferir que a educação com abertura da possibilidade de horizontes críticos por parte de alunos e seus mestres seja colocada como ponta de lança no desenvolvimento econômico e cultural das diversas populações que habitam nosso grande país, e qualquer movimento que regrida a partir de premissas inválidas tende a banalizar o pensamento desde a mais tenra idade, criando bolsões de ignorância cada vez mais vulneráveis em relação aos grandes blocos da mídia que manipulam o modo de ser e a opinião do povo. Por essa motivação em que podemos ainda hoje apostar em um mundo melhor, tal não seria o rechaço necessário e premente a que coloquemos as mesmas questões que elucidem os fatos de quem pratica o conhecimento e a tomada de consciência de modo solidário e democrático, daqueles que o fazem apenas para defender seus próprios mecanismos de controle e persuasão sectária, totalmente dispensáveis, se quisermos pensar em um século atual na estatura em que o futuro deve estar presente. 

sábado, 13 de maio de 2017

CERTO E ERRADO

          Qual não seria a tarefa simples de sabermos o que é certo e aquilo que é errado… True e false, na lógica, pode ser uma boa referência. Digamos, patriotas = entreguistas é false, obviamente. Podemos pensar em contextos, mas como a lei da gravidade existe, um patriota ama seu país, e um entreguista não foge à regra de que deve ter uma motivação, um interesse para sê-lo, senão é apenas um estúpido. Quando obviamente pensa que ser patriota é sinônimo de ser socialista, ou coisa que o valha. Mas a questão é mais extensa. Continuemos com o contexto de isolarmos esses dois quesitos. Patriota = querer o bem do povo de uma nação. True. Patriotas < entreguistas, false, pois a maior parte do povo de um país é trabalhadora, contribuinte e ligada diretamente às riquezas geradas dentro do mesmo país. Não usemos mais a nomenclatura da lógica, pois explicitarmos certos fatos segue o mesmo padrão de querermos construir um país melhor, mesmo que a razão boleana esteja envolvida nos quadrantes do que achamos certo e o que efetivamente é errado. Só para uma simplificação: o certo nunca será igual ao errado. Se somos algo argutos, teremos que dissecar as veias de uma sociedade profundamente envolvida com o que dizem ser certo e com o que efetiva e concretamente é. Dentro do pressuposto de melhorar para a maioria, para o grande ser coletivo, que efetivamente é mais certo existencialmente do que um pequeno grupo concentrar as riquezas dentro de si mesmo, não repartindo o quinhão que é certamente imerecido, dentro de uma justiça social correta.
          Se, porventura, a própria informática funciona dentro de padrões de programação, entre eles a lógica, não será difícil investigarmos a razão por que tantos passam por incertezas, estas profundamente locadas em suas existências, por influência direta dos meios de comunicação da grande mídia nativa. Aí a lógica funciona por si só dentro de uma grade de programação invasiva e calculadamente manipuladora, qual não sejam programas opiniosos, notícias levianas e parciais e novelas de entretenimento que apenas reforçam a vulnerabilidade cultural de uma massa em uma grande farsa. Acabando por influir na vida de muitos uma indústria de mass media que já foi antecipada por décadas em seu desenvolvimento persuasivo da sua própria ciência, agora mais e mais reforçada para conter os movimentos de cunho social. Estes que estão com os pés na realidade e sabem como ajudar para preservar as raízes culturais de uma nação tão desigual quanto o Brasil.
         A desconstrução de uma República Popular não se dá assim tão facilmente, se o próprio povo não encontrar seus meios de atuar conjuntamente com seus iguais em sofrimento em sacrifício, na labuta diária em que há que se ampliar os níveis de consciência de como resistir aos artifícios tão poderosos que se instalaram no país desde os primeiros níveis de como fazer obras. Um modal em que a corrupção foi receita indispensável ao andamento de nossas melhorias e que, agora, isola-se a culpabilidade dentro de seus próprios interesses, um partido apenas, toda a sua estrutura e todas as conquistas populares que esse mesmo partido semeou para que se fizesse do Brasil uma nação para os brasileiros. Essa assertiva é certa. Saibamos diferenciar o certo do errado… A segregação é errada. A exploração é errada. Quando se trata de humanidades, esta palavra certa enquanto proposta de que vivamos em paz dentro de um lugar qualquer em que se respeite essa mesma ordem necessária, a primeira e única ordem certeira que nos possibilite um progresso real em que os homens e mulheres patriotas estarão logicamente mais corretos. Havemos de assumir uma postura mais nacionalista em relação ao país em que vivemos. Certamente os grupos escusos não conseguirão usurpar sem que alardeemos, com os agora possíveis meios de comunicação que temos em nossas mãos, para o mundo, enquanto realidades que devam se tornar melhores se seguirem a retidão da coerência em relação à humanidade, pois não temos mais muito tempo para tal, apesar das profundas contradições sejam o motor que nos leve à Verdade que, sempre, mesmo dentro inumerável de nossa história, está sempre com os homens e mulheres do bem, ou seja, patriotas.

quarta-feira, 10 de maio de 2017

A VIVÊNCIA COTIDIANA

            Larguemo-nos, não prejulguemos, que muitos e muitos sofrem... O sofrimento psíquico está se tornando cotidiano, menos raro, mais comum. Não é mecanismo de defesa, mas pode ser algo que seja difícil de lidarmos com as taxas da normalidade impostas, qual não seria a muitos que trabalham agora sem sua voz, sem a possibilidade do protesto, sem a possibilidade com ênfase na participação dos movimentos que se estancam pouco a pouco de suas vidas. A mesma ênfase seja dada aos que vivem para melhorar a situação, lutam por isso, a cada qual, em que percebamos que alguns estão mais limitados nas suas áreas de atuação. Por vezes a palavra escrita pode ser útil na participação solene no processo de mudanças que sejam uma referência na história que demande uma ação continuada, no que afirmamos sempre o que é importante. Socialmente importante. Podemos ir além ao afirmarmos que o comportamento está cerceado pela justa, em que não se prorroga um sentimento, e por vezes temos que conviver com ressentimentos profundos que mostram na carne os acontecimentos da negativação do bem estar público que ocorrem no panorama nacional. A violência de sofrermos carestias continuadas torna o cotidiano dos trabalhadores algo que apenas um amparo de classe pode reverter para que consigam dialogar com a coletividade. Quanto à atividade de encastelamento do Parlamento brasileiro, esta revela um distanciamento do povo e seus representantes que os traem de tal modo que aquele acaba revelando a si mesmo um labirinto existencial onde não se sabe como agir para melhorar as coisas. Essa predisposição de desconstruírem as linhas de atuação popular remonta aí sim a urgência de mudarmos nossos canais não apenas tecnológicos, mas perceptivos. Não podemos com as condições impostas, mas temos o poder de tornarmos virais nossas posições perante uma resistência em que a Verdade esteja sempre em pauta e que podemos exercer o ofício de jornalistas independentes sem sermos efetivamente, igualmente filósofos na lide de nossas experiências cotidianas e no testemunho do mesmo cotidiano que pode ser traduzido no dia a dia de nossa atuação como tais.
            A representação não nos revela tudo, posto ser dela a pecha de sofrermos com a venalidade e traição daqueles que receberam seus votos. Por esse motivo passa a vigorar a democracia participativa a mesma condição inequívoca de que sejamos intensamente os mentores de nossas vidas. Sejamos mais apurados na percepção dos fatos, mas que não deixemos a irascibilidade pontuar qualquer ação, visto a expressão escrita, falada ou sentida no viés positivo demanda que abramos novas possibilidades juntamente com o clamor que sentimos no olhar de um ser mais vulnerável. Devemos atalhar o encontro e permitir que sejamos mais generosos com o próximo, pois isso não ocorre no entorno da hipocrisia e da arrogância daqueles que jogam com o destino do povo brasileiro. Antepor o humanismo e todas as frentes e, mesmo com o ressentimento cabal, nas fronteiras de nossa retaguarda. Se é um caminho dileto, colegas, será efetivamente o oposto do que querem os grandes conglomerados e serviços de inteligência de nações imperialistas, que preferem fomentar nos países em desenvolvimento a sua condição de desmonte para que se situem no terceiro mundo, impetrando o ódio para que possam usar de suas forças para dominar esses territórios, como se fôssemos para eles o quintal em que seus agentes atuam, como em seu próprio lar ganhando, como sempre, mercenariamente com isso. A ordem pertence ao povo brasileiro, bem como o progresso: na manufatura, nos homens, nas mulheres, na educação, na cultura. Portanto, toda a luta é válida, mas devemos buscar realizar nossos objetivos com uma inteligência mais acurada para que tenhamos uma nação mais sóbria na realização de seus propósitos em sair desse labirinto que não foi construído pelo povo brasileiro.

terça-feira, 9 de maio de 2017

SIGNOS E FRAÇÕES

          Como se o tempo não decorresse, mas não, o tempo é eterno enquanto signo e fração. Signo de história, fração linear ou em seus flashies, o tempo trabalho, o fazer e construir, o tempo negativo da guerra, que faz destruir ao próprio tempo de progressos… Passamos a definir simbolicamente os ícones que traduzem as vias de fato. Sabemos mensurar, a sociedade mensura, a razão utiliza das medidas, a palavra se constrói por ela, visto ser como entidade uma quiçá – mesmo na poesia concreta – uma linha, breve ou não. E nela nos remetemos a algo, em que agora o pensamento pode ser referência, quando pensamos que um robô pensa de um modo particular e não existe como ser vivo, visto ser a contradição cartesiana, pois pensares existem em suas particularidades e escalas. O trabalho continua sendo fato, e disto devemos nos aproximar, mesmo quando este por vezes não gere riquezas, por outras um resultado, uma consonância, uma prática. Dia tal, marca-se o evento, planeja-se, se refere o tempo estacionado, mas o tempo não pode ser luta, pois a luta vêm a ser a ação por vezes tão pontual como um átomo. Dessa fração, dessa velocidade é que poderia haver uma tradução maior sobre como a luz nos chega via cabos ou satélites. Não podemos deixar de observar o fato em si, a realidade que transformou um impulso em uma rede que pulsa em canais e ramos, que carrega informações em um gadget, que as transforma em resultados, e que o tempo gasto em aprendizagem é diretamente proporcional à esfera do time que resguardou ocluso o ensinamento para lutar covardemente contra uma libertação popular, exatamente no sentido em que separa a questão tecnológica de ponta, coloca suas peças no tabuleiro, e filtra do ar etéreo em nuvens onde se coleta como na época de Rousseau e seu Contrato Social. Esse contratar-se na demanda do bom selvagem, realocando a bondade em não se saber quem sabe mais, quando um se torna mais poderoso por saber da fração o mínimo sem saber que o gigante cada vez mais é requisito da acumulação, não apenas de conhecimentos blindados, como de riquezas corporativas. Resta-nos saber se, na questão de sobrevivermos, as palavras podem chegar de modo livre e sincero como a vida que não espera que a tenhamos sem que sejamos ao menos justos às mudanças que efetivamente reúnam os trabalhadores em sintonia com as indústrias das nações.Com a intermediação justa do Estado, pois o mercado sem garantias institucionais da massa que gera a riqueza dos países não tem como subsistir enquanto par e totalidade… Há que ser signo que reúna as frações equivocadas, motor e alicerce, pois a salvaguarda do liberal é sempre se referindo à liberdade, e esta fica sendo a relação entre o mínimo a quem se esforça e um máximo ilimitado no injusto e imerecido ganho.
         A carência de um motor que não engesse as veias econômicas de uma nação é como um freio na mandíbula de um cavalo, quando este enlouquece tentando voltar à cocheira, ou como quando se tenta sufocar o leito de um rio, ou o crescimento de uma planta… A carência nos mostra onde investirmos na realidade de uma nação que se julgue ao menos em progresso: sabermos investir em seus processos fabris, da ponta à base, do software à operacionalização, durante o trabalho, na horizontalização cada vez mais premente ao processo fabril, e no conhecimento compartido que faça um menino pobre brilhar seus olhos quando vê seu futuro no seu presente de escola. Na lógica oportunidade de ter contato com a tecnologia, esta que há que ser democratizada para todos, já que não será possível que achemos justo que uma favela não possa se tornar um lugar melhor na dissipação do signo da indiferença. Como nos veremos nos espelhos de nossa face, tomando confortavelmente a posição de que só pode ser brasileiro aquele que é amigo de um país melhor?

domingo, 7 de maio de 2017

PREVISÕES

Chove um dia como um qualquer que fosse tão de encharcar
Quiçá nossos próprios pensamentos que não sejam sempre
Um neutro de zero questão quando até não nos sejam dados
Os requisitos centrais para que compreendamos o que dizemos.

Visto por vezes não sermos, no que se refira a nos sentirmos,
Quando ao menos nos insufla um prazer gigante que pensamos
Nas vezes em que engrandecemos o completar das ansiedades…

Fator redundante a previsão de nossas próximas tempestades
De se falar de moto próprio a palavra que não encerre a calmaria
Mas que esta signifique mais do que usar as metáforas dos ventos!

Causa e consequência nos redigam em novas propostas de vida
Em que ensejamos o partir do navio que jamais regressou
No mar em que deixamos enfunadas as velas com o bom cordame.

De um homem que achava vestígios de si mesmo em cada porto
Quanto de saber que em sua grande embarcação nunca vira
As musas em recortes de silêncio que para si era um vão sentir.

Na vida que prospecte a razão de uma distante montanha
Em que sentimos vicejar o não ressentimento de nossos ares
Quanto o de respirar, pura e simples, o ar nada tedioso da serra…

Havia uma mulher na memória circunspecta daquele mesmo homem
Este qual ente fantástico se guardava em si mesmo no posterior
De um encontro nunca alcançado por questão pura de existência.

De ser alguém com a preocupação quase nula e aos farrapos
A ver que na veste de nossos corpos jamais encontraremos
Uma outra que subsista mais forte em vidas de ressentimentos...

sábado, 6 de maio de 2017

NÃO SEJAMOS ARCAICOS

      Pudera, a civilização chegou ao século XXI, com as ferramentas que não sabemos, em nossa grande maioria, sequer como funcionam, pois demandam estudos sem conta à sua compreensão. Talvez fosse melhor seguir o atalho do que é a percepção humana e como esta se encaixa nos módulos em que se pode separar essa parafernália que conhecemos como informática. Seria cômodo dizer que se pode encontrar algo em que acreditemos que seja o funcionamento, mas ocorre que é apenas uma opinião, não necessariamente uma acepção verdadeira, mas devemos ser lógicos e coerentes ao menos em tentar compreender o entorno das sociedades civilizadas atuais. E a percepção humana seria o canal aberto, quando estamos receptivos ao que quer que seja. Digamos que, se uma pessoa do século XIX visse um trabalhador de informática, a sua postura, a luz que emana do monitor, isso seria atordoante para o perfil histórico daquela época. Remontando a mesma época dos teares industriais, o panorama das indústrias gráficas nascentes, o surgimento do vapor como força motriz, os navios com motores, quiçá estaremos vendo um rebatimento de tecnologia fundamental para compreendermos as novas relações de produção que surgem, tanto em um século como em outro. Na vida de cada um. Tememos, no entanto, essa exibição grande em que os perfis falsos ou quase verdadeiros se entrelaçam nas redes sociais, e como os negócios avançam para os produtores: aqueles que dominam a sintaxe das linguagens de programação, criando seus jogos, aplicativos e redes de banco de dados interativos. Um segredo que a sociedade que sustenta o neo liberalismo só faz com que cada um guarde para si o seu próprio conhecimento, ou que equipes surjam com sinergia suficiente para fazer verdadeiras e imensos progressos, em países que não compartilham muito o seu know how.
      A globalização leva à massificação da cultura, pois mesmo em mídias alternativas como exemplos de aplicativos das redes sociais teremos que conviver com um gigantismo tamanho que não vemos possibilidade sequer remotamente que países como o Brasil possuam um facebook, por um fator que deve se tornar clássico. Estamos ligados com conexões do mundo ocidental como se nossas conversas seguissem a superficialidade da calota do planeta, pois em virtude da rapidez de nossas linhas de tempo, não ganhamos tempo o suficiente para que sejamos estimulados qual não sejam estes para apenas estarmos escrevendo ou lendo o que postamos ou as notícias que nos vêm rapidamente, em que passamos a gerenciar, ou sermos gerenciados… Essa noção de que estejamos organizados faz-nos apartar da realidade a importância de um papel e uma caneta, de um livro, de aprendermos na escola o que se pede enquanto seres viventes igualmente de frutos da tecnologia, ou mesmo a fascinação oculta pelo ofuscar das imagens digitais e seus jogos, que igualmente apartam as crianças de processos lúdicos mais correlatos com o entorno: a terra, suas plantas, os bichos, o fazer, o construir, a arte.
      Essas modalidades tecnológicas contemporâneas apenas pedem que sejamos nações mais independentes, que tenhamos nossos próprios processos, uma educação esmerada e completa, um investimento sem conta que devemos ao sistema do Brasil para que possamos desenvolver nossos próprios softwares, nossa própria indústria e tecnologia de ponta, como fez a Coreia do Sul, investindo maciçamente em educação em décadas passadas, no que veio resultar o império da Sansumg, por um exemplo cabal de onde chegaram no desenvolvimento nacional. Cheguemos a uma assertiva fundamental: sem excelentes escolas não chegaremos ao desenvolvimento, isso é um ponto assaz importante. Temos que ensinar aos alunos como pensar, como ser criativo, em seus mais vários rincões e ermos do país. James Watt era da Grã Bretanha, e dele partiu o conhecimento das máquinas que revolucionaram a manufatura mundial. Agora vivemos um cotidiano distinto… A ideia é que os pais foquem no estudo suplementar de muitas coisas atinentes à vida de seus filhos e os orientem melhor sobre as possibilidades de conhecer alguns passos da independência e do conhecimento, pois este mais do que nunca está aberto em muitos canais. O entretenimento viciado, como a perdição na orgia, faz com que sejamos meras cópias do que há de pior em outros países, mesmo aqueles do primeiro mundo no ocidente, que enfrentam sérios problemas. A premissa é que lutemos com forças redobradas para tentar construir nossa nação, e para isso deve haver uma União sem precedentes históricos. A era do óleo será breve, e temos ao menos que lutar para que ele seja brasileiro, em sua prospecção, refino e lucratividade. O Brasil tem inúmeras riquezas, mas temos que compreender um pouco fora da nossa realidade o que ocorre no mundo, o exemplo de certos países, seus processos de civilização, bastante de nossa história, e não deixar que se apague a chama da esperança, pois sem ela não teremos força a derrotar o atraso que aos poucos se aninha pelos cantos de nossas veredas.

sexta-feira, 5 de maio de 2017

O VERBO NÃO SE SITUA EM UM

          Qual não fosse a primeira letra de um parágrafo que não fosse esta. A letra do Quem, a letra do Qual, a letra do Quer, não necessariamente nessa ordem, pois é apenas uma letra, e suas palavras uma abstração, mesmo concatenada: quem quer qual, quer qual quem, qual quem quer, ou as possíveis combinações onde uma linguagem mais subjetiva poderia adjetivar ou colocar advérbios de intensidade, que não seja essa conjunção em que o verbo modela e complementa as ordens… É urgente uma proposta que gere uma consonância com o que dizemos ou queremos dizer e aquilo que sublime, nesse diálogo interno, apenas os interesses de estímulos e respostas: tudo o que nos faz achar que somos ágeis enquanto inteligentes, com respostas rápidas, prontas, os recortes hedonistas, e a ilusão de estarmos vivendo um mundo futurista, apenas ele uma cópia de histórias já corroídas por seus erros.
          Quando estamos a ponto – depois de fazermos tremendos estragos na ordem política do país – de falarmos apenas do amor, de coisas singelas, queremos ser perdoados por termos (em um quase monólogo da humanidade em que me posto) da compaixão pelos miseráveis, desde que estes não saiam dessa condição. Até certo ponto podemos escolher dar banhos e pratos de comida, mas o ato em si é pontual como nossas postagens, mas ignoramos o fato de devermos muito mais ao sistema. As mensagens que mandamos àqueles que pensamos vulneráveis seguem pelas tabelas de organogramas esquecidos e nunca executados. Ao pensarmos em uma sociedade melhor fazemos o pacto inexistente com a sociedade, mas não esquecemos daquelas nem tão anônimas, pois jogamos nossas cartas nas redes. Até aqui chegamos a um consenso, o fato exposto e dissecado como tanta é a falta de mistério no modal construído até então e, se não procuramos, não encontramos, mas se solitariamente ou em grupos pesquisamos encontramos algum alicerce, mesmo que se rotule algo que sempre não sabemos de onde vem e nem para onde segue: quais seus alvos ou interesses… Passamos a ter uma motivação não propriamente produtiva, mas de serviço si ne qua non com órgãos e pressupostos organizacionais. Talvez seja válido, pois criamos a nós mesmos uma interface de consciência, utilizando o computador como instrumento cabal e imprescindível, mesmo na história de um pensamento ou nas hachuras de um rabisco certeiro. Acabamos por encontrar o verbo não situado em terceiros, nem em quadrantes maiores, mas maiores ainda, a ponto de sermos a mensagem do ultramar. A garrafa lançada de uma ilha, e que corra essa palavra pelos continentes, e na realidade isso já é um fato incontestável. Da luz do poste o escritor vê tudo amarelo, e de seu note a versão mais clara de uma luz em suas palavras, a luz que emana de algum significado.
          Não precisamos nos ater ao funcionamento de uma máquina extensa e interligada, mas do verbo que não se situa no braço de quem emerge de uma cinza, fumando o tabaco que faz parte dos seus dias. Se essa pequena amostra do que pode ser uma palavra, cabe a que seja de mais satisfação a quem a produz, mesmo sabendo que não obtém quaisquer lucros admissivelmente impossíveis diante da ousadia em se pretender pensante. O figural brinca, os adjetivos não pertencem à pena do poeta, e que a poesia se faça pensar, pois que quando lemos temos que brincar com a história… O mundo está fechado em uma concha em que à distância nos vemos nos terrenos propícios a um diálogo, mas não se surpreendam se tropeçamos em nós mesmos quando acreditamos em um midcult que nos atravessa os canais perceptivos para avisos digitais na intenção de isolar a autenticidade, que seja, a simplicidade de viver sem sócios.

quinta-feira, 4 de maio de 2017

DO PODER A ALGO MAIOR

            Falarmos ao poder parece algo estranho. Que ser é este pelo qual tantos lutam, pelas justificativas tão inglórias, por seu passado a que nos referimos como ente que é, que não supõe, que existe mais do que o homem? Insistimos em nos apropriarmos, sem saber que nos mais das vezes traz o fato em si a sombra de estranhas concessões que no futuro ocultamos, quando estas nos derrubam... Traçamos regras, condutas, estratégias, e queremos no fundo que seja tal ou apenas o mesmo que seja no próprio. Não surgimos com a falta dele, e outros pecam por lideranças de festim... Obviamente, o poder emana do povo, mas seus líderes têm que dar muito a merecer a sua confiança, o que não procede, o que não é exatamente o fato em si, mas o povo deve decidir de sua vontade, através do voto e da democracia, pautada pela Constituição de cada país, em sua autonomia e independência.
Carecemos de saber ao menos o que vem a ser o mesmo poder, se na verdade o povo desconhece as suas propostas de ocasião, nem o sabor de um líder falso e espúrio por exemplo de estar ao longe, com seus privilégios e fortunas, com seus jogos e artimanhas. Do poder ao poder, como por exemplo, de Getúlio a Castelo, o que se passou na nossa história para golpearem tão fortemente o nosso país em um trabalhismo derrotado pelos militares em 64. Depois de 52 anos nos golpeiam de novo, no que vimos do trabalhismo ser derrotado aqui e em vários países do mundo. Parece-nos algo cíclico, mas porventura ainda temos tempo para trabalhar nossas bases de atuação, articularmos as nossas ideias, tentarmos chegar ao poder, que seja, em 2018. Este chegarmos, qual será? Que tal, um poder capaz de unir o país em torno de uma plataforma nacional que nos garanta reservar nossos patrimônios e riquezas para os brasileiros: aquele que chegar com essa prerrogativa, a ele seja dada a justa vitória.
            Parece que temos que nos constituir de novo, reconstruir a Constituição, a nossa carta maior. Mas o poder tem diversas faces e conteúdos: o que vivemos como sociedade não mostra nas suas faces quase abstratas da mass media a cultura de todo um povo, que viu estancado em 2014 toda uma proposta coerente de mais de uma década de poder em nome de nossa soberania, agora rota: aos farrapos. Quando se interpreta politicamente a questão de não termos a liderança desejada, temos que trabalhar com a única possível, de LULA para 2018, pois isenta o modo de todos, já que o líder da utopia sempre será a um passo adiante da história, e que nos aproximemos daquele que fez mais pelo povo e suas instituições do que nosso próprio Getúlio Vargas, que legou as conquistas do trabalhador brasileiro para a posteridade.
            Visto não ser possível que o desmonte de nossa bagagem e modal econômicos e culturais encontrem seus processos em tão pouco tempo, acrescentemos à proposta crucial de que trabalhemos as bases, sem nos assustarmos com o que trazem os rivais em seus farnéis: os truques, a ilusão e a farsa, concretamente praticados por seus atos nefastos. Pratiquemos a resistência ao golpe sabendo dos atos destes mandatários atuais que estão no poder apenas para usufruir das demandas ilícitas que fazem parte de nosso sistema de operações uma fraude já conhecida por todos durante toda a nossa história. Tracemos com cuidado o perfil do que somos enquanto maioria, pois com toda a certeza, impondo nossa voz em diversos e possíveis e já abertos canais, saibamos que um diálogo sincero com quem quer que seja pode ser uma tomada de consciência de ambos, ou a prática de descobrir como pensam os rivais empedernidos se tanto, mas sim, por vezes, de fato. Sócrates nessas horas ensina o bom diálogo como um bom combate, e temos que separar as veias intumescidas pela vontade que temos em odiar das outras que astutamente não pulsam tanto, já que se utilizam de nossa irascibilidade para desferir, como em uma sábia arte marcial, seu contra ataque.
            A juventude há que se sair bem com os desmandos que passa a conhecer, em um momento histórico que é na verdade rico quando pensamos em participação e conhecimento de toda a história brasileira como forma de alcançar e situar-se na plataforma de atuação coerente e necessária. Os mais veteranos tem por história a sua própria experiência, e não precisamos alardear nossa vivência cotidiana a bel prazer, abrindo apenas brechas quadráticas dentro de aparelhos celulares, pois temos que pensar mais a respeito, com mais profundidade e estudo, com mais leitura, com a sensatez e o bom senso de possuirmos cada vez mais a certeza de que conhecemos a lida que encontramos no caminho. O caminho este é uma longa vereda. O seu tempo não é linear como o facebook, estamos em um processo civilizatório no país ainda desigual, quiçá necessariamente tenhamos que aceitar que afinal somos uma grande miríade de nações, mas um pensamento conjunto e estruturante a respeito de como lidarmos com as lindas diferenças culturais, sexuais e étnicas no país melhore o desempenho para combater as desigualdades econômicas entre nossas classes. Outros pensam exatamente o oposto, mas temos que arguir que o justo está conosco, e um país não se faz do jeito que estão querendo, desse modo inóspito de concentrar os ganhos cada vez mais em um tipo de casta que privilegia através de seu poder a si mesma e deixa a grande massa dos trabalhadores órfãos de um Governo ao menos decente. Justo que quiséssemos um líder que fosse de um partido sem os problemas pelos quais passa o PT. Mas estranho pode parecer à reação que apenas os grupos e partidos como o PT estão dando apoio na luta do trabalhador brasileiro. E sempre deu, e dá hoje o papel de um povo que assina embaixo a escolha que faz por um dos maiores líderes populares do planeta, que se chama LULA. Cada partido se reforma... Aliás, toda a reforma é para melhorar, como quando reformando uma casa, renovando suas paredes e madeiramento. As reformas que possuem cunho de regresso são outros golpes, e isso tem que ficar muito claro na mente do trabalhador e das elites progressistas e pensantes da nação.

segunda-feira, 1 de maio de 2017

DOS MUNDOS E DA ALIENAÇÃO

Citar a questão de uma poesia sem quebras de araque
É mais uma questão da loucura em não se consentir
Quando aquele que assume o padecimento não vergue
Na semântica que trasfega e, lenta, não justifica a vida sã.

Pois um que alega algo de querer ser são um dia
Não vê que o ser social lhe imputa as culpas
Que são em belos dias ou em tempestades e procelas
A vida que não pediu que fosse, mas que se conforme.

Ser feliz é saber que existe um amparo que nos redima
A nós enfermos, e que todos saibam que essa é questão
Em que ninguém desconheça o extrapiramidal da medicina
Que no entanto nos salva de uma vida sem qualquer sentido.

Pois que seja único o parecer solene da justiça, em prover
Alguma atenção àqueles que padecem em seus silêncios
De nos sabermos dentro dos círculos dos estigmas
Em que por vezes não acompanhamos certas mudanças...

Os mundos sejam vários para que em um ao menos possamos
Residir em nossas penas pétreas, daquele mármore que ata
Na sua beleza em tornarmo-nos, ainda que incompreendidos,
Os artistas que por eventualidade anacrônica ainda somos!

Resta assumirmos que possuímos um problema, mas que
Outros problemas surgem em uma humanidade afetada
Pela incompreensão em relação ao diverso, ao autêntico
Posto enquanto saiba que seja louco o suficiente em sua lucidez.

O NÚMERO “A”

Podemos ser um número X, a que uma equação se resolva com ajuda
Ou um binômio de três algarismos, em outra que não haja resposta,
A que lembremos que o talo de um arbusto remonte a outra equação
E já as temos três, em que mais seria por abuso estrofestérico…

A poesia se reveste dos números, e são tantas as métricas e acentos
Que um se perde no eixo ypsolone quando não dita certo o verbo!

Se há uma razão quem dera que nossa humanidade dela se aperceba
No tanto do quilate em merecer, pois quanto da loucura despontada
É um perscrute não sabermos onde começa a ordem e termina o caos.

Que antes seria o universo caos, mas no grau comparativo não sucede
Que víssemos enquanto ainda inexistente o futuro de nossas dúvidas!

Quanto devermos saber, se somos um lado ou outro, que tantos se esfalfam
De não saberem nem ao menos discernir de que lado fica o valor da moeda.

Temos ao prosseguimento a ciência dos metais, quanto ingerimos ao dia
O zinco que nos falta, mas igualmente na negativação o mercúrio abjeto!

Sabermos que somos seres de A mais B, sabermos que somos C ao D,
Mostra um alfabeto em função, antes fora, que na verdade o Z conta a um.

Nessa matemática que transcende a lógica, algo de ciência de Pierce,
Veríamos melhoradas as nossas relações com o principiar de uma letra:

A letra A, que nos pretenda como uma moldura na própria literatura
A vermos que no preconceito da distância devemos nos ressentir
Por uma camada latente no processo de vermos as letras e seus metros.