Sempre
haverá um critério a se dizer
Dentro
do alfarrábio que se relê, passo por passo...
Tecido
imanente da montanha, espírito cigano
No
que me tolhe por vezes ao meu próprio desatino.
Correríamos
a encontrar na selva as circunstâncias?
Na
cidade pétrea a verdadeira circunstância pede, circunscrita
A
seu modo, o de crescer às gentes
Em
seus cordões inumeráveis da consciência!
Esperando,
esperando, posto ação em esperar,
Caminhando,
que caminhar não é mais a espera:
É
de se falar, é a expressão de um, qualquer,
Na
história de um sapato melhor que calce a nossa existência.
Já
que são tantas as chuvas, tantos os invernos
Que
a sombra de um piso molhado desfaz a cama de papel.
E
àqueles que dormem nos nichos e nas marquises
Vertem
no álcool a negação de uma tentativa sincera.
Derrubam
prerrogativas, posto que idiossincrasia de um povo
A
se pensar que o fato nunca terminaria.
Também
massa, também homens, também muralhas
Que
o sabemos de suas lutas pelo pão, pelo trabalho, pela morada,
Suas
vidas têm uma forma de preciosidade como a turmalina
Que
engana o olhar do homem no sorriso de uma mulher...
O
poeta sangra por eles, que o são os loucos, o são os indigentes,
O
ser do nada, ao nada não pertence, pois o tudo é também o nosso antagonismo.
Por
Deus, que um dia saibam que eles movimentam as rodas do mundo
Na
rua que é o seu lar, no fogo solidário de seus pertences.
Nas
casas sem dono, que a eles deveriam pertencer
Por
estarem excluídos até mesmo das pirâmides do sistema.
Volta-se
o mundo para as derradeiras feras
A
quererem dominar até mesmo os pressentimentos.
Vitórias?
Se o rumor inquieto de nossas investidas
Passa
pelo intelecto solar de poucas e derradeiras – eternas – palavras.
Visto
querermos por necessidade, eu o quero sobreviver da super ciência
De
não silenciar o gesto, de gestar o leme ao punho que desejo!
É
me concedido em meu desespero de homem que cumpre
O
fator – que seja – genético de alguma compreensão da realidade.
Visto
o fato com o cinzel da Verdade, posto a semântica de nossos pensares
Que
não há registro em uma unha que cresce em dedo incerto e puro da certeza!
Se
o poeta leu, leu em algumas linhas em que a Natureza fez a escola
Esta
que o refez em sua felicidade humana e precoce de niño...
Que
os insetos nos ensinem o que é carregar um fardo
Por
imensos quilômetros feitos alguns e infinitos metros.
O
poeta estuda, como sempre, estuda, no que se for de estudar.
Não
temam por ele, pois seus versos não são de regresso.
São
versos gratuitos de domínio público a quem interessar possa
E
que o sejam de bom consentimento no seu infinito oceano da calota e do ciclo.
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