Há que se ver, quase como um
sonâmbulo, por vezes, em que nossas sociedades já se parecem... Com o que
imediatamente nos ocorreria? Se a informação é tão veloz, para onde estamos
indo? Talvez a perscrutar pensamentos cerebrais em suas zonas, ou isso já é
dispor de pretensões que vão mais além da própria ciência. Resta saber se temos
tempo, e é justo algo que nos falte, a quem quer justiça, a quem quer
cidadania, ou a quem quer a Natureza incólume, em suas terras, em suas águas,
nas rochas, plantas, animais e na ética que deveria obviamente nos consagrar
como pretensamente pensantes a gerir um mundo melhor. Vários são os problemas,
inúmeras as equações que temos por diante, e nada nos ofusca tanto como as
imagens, seus sons e escritas com feed backs prontos, uma comunicação que não é
independente quando seus recursos são amplamente distribuídos a um divisionismo
de tecnologia, como se esta fosse o próprio porta voz da cultura, ou mesmo o
retrato assumido do que vem a ser o império. No entanto, há ainda a
democratização de uma cultura em países menos desenvolvidos cientificamente,
mas que seguem a reboque do padrão cultural repetido em seus meios das matrizes
que impõem os graus de sintonia psíquica a que querem que estejam submetidos os
seus “ramais”. Como antenas, devemos nos posicionar de uma forma a estarmos
atentos e tentarmos descrever como cidadãos o que nos afeta em nossas
sociedades, como testemunhos cabais de como devemos enfrentar nossos monstros
criados no totalitarismos dos meios que revestem de insânia o propósito de nos
tornarmos cada vez mais independentes, matéria em que se reveste da Verdade as
diversas condições criadas por todos os instrumentos de mídia.
Não adianta propriamente abraçarmos
vivências de tecnologia cosmética, “pintando” fachadas, ou “sensibilizando”
superfícies, como se fora algo tecnologicamente revolucionário. Sim, devemos
mesclar os antigos suportes culturais com as novas tecnologias, mas dando
importância inequívoca ao artesanato como manifestação de manufatura e modo de
expressão tão exponencial quanto necessário. Pois sim, falamos às vezes sobre a
palavra necessidade e – incrível – esta suscita interpretações, como igualmente
a palavra concreta. Ora, a necessidade é algo concreto no seio de uma
sociedade, ou em um esteio de uma razão... Devemos a recorrência de certos
problemas em países como o Brasil quando vinculamos a questão política ou
filosófica, seja em que modal for, como algo que subverta o capital. Essa
herança é de um tipo de anti história, um nada complementar, a ausência de
pensarmos inteligentemente os rumos de um país, que obviamente antes de
qualquer coisa deve fundamentar-se no Estado laico e no aprofundamento
filosófico das origens e soluções de seus problemas, seja em que modal forem. A
leitura e estudo se fazem necessários, igualmente, para usar uma palavra livre
de uso comum: recorrentemente, a necessidade! Temos por ela um carinho, pois a
ausência de seu termo oculta sob o manto da carência muitas soluções que podem
ser encontradas. Portanto, não pertençamos a um mundo onde se faça imperar a
ilusão, posto se for requerido a um pensador, este deve ter em conta a
fragmentação dela, seus tentáculos, suas sociedades, seu manietar de um pensar
mais soberano, podendo o pensador ter em si um ceticismo, ou abraçar a Verdade
gigante que a ele se anunciar, e desmembrar para expor com clareza, a análise e
a síntese de seu ideário. Pode ocorrer assim, e que queiramos muitas cabeças
desse porte, pois assim se constrói uma pátria livre, assim uma sociedade
germina as flores que necessitamos em nossos jardins, ou melhores frutos na
compreensão das coisas como elas são: origens, contextos, cultura e ato.
Falemos em flores, visualizemos como obras de arte, pensemos, imaginemos,
meditemos em um rabisco que possa nos dar duas frentes, o caule e a flor
propriamente. Que sejam uma linha e um círculo. Demos asas. Assim como em um
livro. Igualmente, possuímos a bíblia, mas mais do que isso é extrair uma
grandeza humana dentro de linhas mais sutis do que a própria divindade feita
verbo. Nem sempre temos os livros divinos, nem sempre temos sequer a
literatura. Podemos ter um jornal. Igualmente, podemos nos expressar, escrever
um post mais consciente, mais
sincero, não esperar apenas confetes e não ser sempre necessariamente sempre
tão correto no padrão imposto pela abóboda caleidoscópica de um facebook ou outro display similar. Há um quê de muito conforto na questão, enquanto
nas ruas a hostilidade fica por conta de animosidades tão várias que sequer
pensamos no que fazer com o peso de ofensas que vêm em roldão. Algo de controle
seria necessário, ou basta que apenas os fortes prevaleçam, enquanto populações
vulneráveis inteiras são submetidas às bestas feras da intolerância?
Por um viés, podemos afirmar que
existimos, mas muitas vezes somos reduzidos a selfies ou citações, ou demonstrações de interesses. Podemos ter um
blog, como quem vos escreve, podemos ter consciência de algo, escrever um mail
mais longo, ou mesmo espalhar uma mensagem de diplomacia, ou melhor, colocarmos
um pouco mais de amor em nossas vidas, como dizia Vinícius de Moraes... Se
formos falar da ciência existencialista talvez seja essa uma saída conveniente.
Por outro lado, nas questões que ocorrem sem conta no país, até nas religiões,
ou principalmente nestas se encontra motivos de barbárie sem conta, a partir do
princípio de onde sejam estas, ou suas localizações infelizmente estratégicas.
Há homens tornados criaturas que se aproveitam do que professam fé para
pressionar outros por razões ideológicas ou existenciais, o que torna o mundo
religiosamente beligerante, separando a questão humanística, crucial ao bom
andamento de uma sociedade pacífica e justa. Mas sabemos que ocorre o oposto.
Um que possua ideias libertas das amarras impostas sabe que há muitos que se
voltam contra essa liberdade tão importante nos dias que atravessamos neste
país, onde grande parte das forças da sociedade ainda primam pelo
totalitarismo, mesmo que este venha de uma igreja que prega a igualdade religiosa,
mas que não evita contendas de caráter político. Usarei a mesma palavra:
infelizmente... Infelizmente as pessoas não estão podendo ter paz de espírito,
infelizmente não estão felizes, mesmo hipocritamente em grande parte das gentes
professando fés que não são nada mais do que motivos insanos de espalhar para o
mundo sua agressividade e brutalidade desumanas. Seria o momento de Deus dizer
a um novo Noé? Dizer que venha um dilúvio?... Agora é tarde, pois grandes
interesses de espólio com relação ao mundo, encabeçados pelos países mais
ricos, já fizeram seus estragos no planeta, e chove, chove muito, a ponto de
pontuar no olhar de um infeliz a própria pecha que se impõe em torturar seu
semelhante. A esse ponto chegamos, e os interesses se pronunciam de tal modo
que não temos mais a capacidade de vislumbrar a esperança por vezes em uma
criança mais pobre, ou a um mendigo que também se torna por vezes a criatura
medonha fruto de sua própria condição nas ruas que o impingem de violência e
brutalidades.
A um ponto de sabermos que um bebê não
foi atendido por um médico – ainda particular! – porque sua mãe era do PT. Essa
é uma brutalidade tão imensa que retrata um pouco do popularesco e ridículo
apocalipse de porcos em que querem tornar a nação brasileira. Não podemos
deixar de clamar a que se entendam os contendores, mas um homem como Eduardo
Cunha é a própria besta descrita em qualquer escritura de cartilha barata.
Realmente, sofremos perigo em nossa cidadania, a ponto de acharmos quase que
estaremos fadados a nos fecharmos em copas ou andarmos escoltados por
seguranças armados, como o próprio Cunha faz. Todas as máfias tem seus braços,
e o que se vê é um prenúncio de uma máfia que privatizará o Brasil, loteando
suas riquezas e entregando o ouro tão sagrado que conseguimos a duras custas de
bandeja para os interesses estadunidenses. Como proceder para continuar a ser
um cidadão? Eles vão prosseguir torturando os homens e mulheres de bem? Vão
permitir a liberdade de culto? Vão conseguir interromper certamente os
trabalhos da Lava Jato, para pararem onde a merda ainda não bateu? Meus caros
amigos, do Brasil e do exterior: o que se está passando com a nação brasileira
é um abismo em que nossas instituições democráticas estão por um triz de cair.
Teremos que resistir, pois dizem de outros países em que os EUA e seus lacaios
fazem fila para reprimir-nos, mas haveremos de mostrar ao mundo que o povo
brasileiro se tornou um dos povos mais conscientes e valorosos do planeta, e
isso ninguém tira de nossa memória e das manifestações de nossa cultura!
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