sábado, 24 de outubro de 2020

UMA VIA OU OUTRA

 

A se jogar uma moeda para ver as possibilidades
Como o neutro zero e o um positivo, e suas combinações
A depender de regras, conformes a uma atitude de tornar
A jogabilidade mais complexa no entorno dos espaços
Da mão que joga a moeda e duas possibilidades se abrem
Na pressuposição lógica de duas apenas as possibilidades
No que não encerre mais o transcorrer de suplementação.

A via de dois lados, o quinhão de se merecer a estrofe
Que não claudique um verbo inexistente, posto de idioma
Sermos mais do que o supérfluo de significações outras
Em uma verdade mais relativizada com a questão
Algo numérica de não se indispor com o remendar, que seja,
De uma constituição já alicerçada com a força do legalismo.

No que alcance um patamar seremos donos quase de um dia
Onde o meridiano do outro lado nos alcance, sem o subterfúgio
Da vereda que nos atravessa os rincões, de um lance qualquer
Em um jogo onde joga a cultura, e por esta subsiste o páreo!

Nessa estranha escolta de nosso pensar, depositemos um grafo
No papel que verta a escolha de um registro pendular no gesto
Onde encontramos a supra ciência da lógica em um andar
Que não remeta à verve dos apaniguados, pois isto resulta em erro…

No remontar um quadrante insofismável, há que pontuar as palavras
Dentro de um mote incoercível, no platô de extremo bom senso
Onde cada sílaba encontra a sua irmã dentro do escopo necessário
Em uma Verdade altissonante, verdadeira como a resposta correta.

Essa Verdade que não possui lados, que é certeira na atitude
Em que mais e mais versos subentendam sua latitude
De cidadã libertária e vestida sem o menor rumor
De que seja outro ou equivocado o seu aspecto.

Nesses paradigmas de superveniência, se roga termos
Na alfombra de nossos pensamentos, uma nesga de tonalidades
Que edifiquem as mais variadas cores, de um carmim ao rosa
Passando por uma rosa dos ventos cromática, um moinho
Onde Quixote não tenha escutado de bom tom os conselhos de Sancho.

Os quadrados circunstantes afloram como uma tênue linha
Que outros contratos existentes sejam como uma Lei
Que transcenda o próprio direito consuetudinário, seja um costume
Tão antigo quanto nossos ancestrais: desde a Idade da Pedra!

Tratando-se do assunto bipartite dos caminhos, sabermos mais
Do que bifurcar intenções revoga a escolha melhor que se faz
De cada ser o seu destino, em um caminho curto, ou um mais longo…

Prolongar um sofrível sentimento pode ser mais correto
Do que evanescer sombras em uma treva de prazeres fúteis
Onde o ser carece de ver que o que antes era veneno
Pode se tornar mais tarde um néctar a que não espera o esforço.

Essa diamantina questão vem de um serviço em devoção
Ao Pai Supremo que significa a redenção imaculada
De um quase jogo onde os dados são o mesmo serviço
E os resultados, independente do número, são diversos
E melhores do que se espera, mesmo que o acaso
Não nos acalente no principiar, mas o arbítrio
Nos dá as condições para que pratiquemos a vida
Conforme as ferramentas que possuímos no imo
Onde o respeito à Natureza seja o nosso foco
Pois jamais seremos os únicos habitantes de planeta algum!


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