A lua pega imagem, trança suas luzes alvas com
o furor que acomete
A trança das luzes dos resultados do
fogo,
Coadjuvando com os estranhos e reptílicos cenários,
ausentes
Quiçá
de uma pequena sobra de humanidade, e quem sabe houvera
Uma
alocução verbal que cessasse a brutalidade contra fauna e flora.
A
lua vermelha é o peito de quem seca, é o olhar contra a
pimenteira,
O desejo do desastre e suas fomes de destruição,
É
a vida não celebrada enquanto morte, é o notívago e sombrio
dilema
De que outros já fizeram como nós o contrário do que
fazemos a nós mesmos…
A tradução de que o estrago
monumental é obra de um dos lados ideológicos
Vem de uma
mesmice em que em todos os últimos anos o mesmo estrago se dá
Na
objetificação das classes e dos recursos, na clausura em reformar o
irreformável,
No pretendido ente
das catervas, na caverna crua e nua de um profeta eremita!
Mais
do que uma única palavra de centenas de versos, o que se diga
Seja
a ser o oposto daquele bom senso que tantas vezes
conhecemos:
Enquadrado, dilapidado, e por isso a poesia come
solta
Nas vertentes de um plano que resguarde a não cidadania
dos índios.
Enquanto estes veem em seus deuses a lua
vermelha como um ícone sagrado
Talvez queiram saber por
modalidades não científicas, em uma pajelança
O porque das
divindades indígenas terem trocado as cores da mesma lua.
É
da mesma não necessária inclusão que falemos, posto a selva
queima
Nos sítios onde uma resiliência torna-se premente, a
saber,
Que Roma nem sempre se consagrou com sua pretensa águia
libertadora!
Pois que sejam
versos e mais versos, em um andante mobile, em piano,
Leve na
tradução de algo maior do que o mesmo tempo
Que porventura
erigiu o cadafalso do humanismo no mundo…
Perverso é o
pensamento de quem tem a ciência cartesiana
Do que acontece
realmente com o rubor da lua,
Quando sabe que por baixo das
árvores residem riquezas
Na mesma medida em que um garimpeiro
deixa seu mercúrio no rio
E evanesce de felicidade quando
encontra uma pepita para o prostíbulo.
As palavras podem
ser extramente duras, parceiros de lida,
Mesmo quando não
pretendem ser como o fogo que devasta tudo,
Mas
quando se diz que ensejemos um nacionalismo febril e precoce
Teremos
tempo na juventude de nossa Nação que, mesmo com
dificuldades
Saibamos não fazer sentido termos juros sobre
juros entregando mananciais!
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