domingo, 11 de outubro de 2020

ALVÍSSARAS DE UM CURTO TEMPO

 

Remende-se o prefácio das ofertas
Ao tempo algo reticente das esperas
Quando algo ou alguém retorne ileso
Da falta da propaganda linear de um quesito…

Não se torne uma comenda um título vago
No algo de maçonaria quase renitente
Ao que o jargão respeite o prumo
De tantos que não obscurecem o oculto!

Respeite-se as enfermidades de patíbulo
Quando estas se repetem na alfombra
De tempos de sofrimentos passados
Nas alturas de uma medicina que não erra.

Retire-se do firmamento as nuvens do éter
Que demandam em cada sofrer a virtude
Da penitência de um justo em cada setor
Na justa setorialidade do conhecimento.

Algo a ver de dentro para fora, o décimo
Milésimo da história que se revele grande
Para que não sejamos um milésimo do nada
Ou que engrandeçamos o vetor da saudade.

A poesia pretende correções, nem que o seja
Em um único verso consuetudinário que verta
Em uma alquimia sólida a fluência da vida
Que não obscureça o endereço flamar da luz.

Que teçamos as esferas girantes do espaço,
Que se revelem nada neutras as superfícies
Quase lunares do inconsútil proceder ao léu
Naquilo que ainda não conhecemos justamente!

Na vida de um par que sejamos, um par apenas,
Seremos mais do que dois, a partir do instante
Em que endereçamos a vertente do resiliente
Caudal em que transformamos os metais solenes.

Um justo que não enobreça tanto do suficiente
No que seja da justiça a verdadeira semente
Daquela proficiência esquecida sobre as letras
Onde outros metais ausentes se enobrecem…

Que o pop vire um show às avessas,
Que o rendimento da música parta às estrelas
E que, não obstante, o olhar siga na palavra
Onde o subterfúgio não feneça uma única rosa.

Assim de claudicar um pensamento altruísta
Será feita a vossa vontade, caro leitor,
Quando de erradicar dúvidas subliminares
Possas afirmar um dia que atravessou as linhas!

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