terça-feira, 13 de outubro de 2020

AS LINHAS DE RETICENCIAS

 

           Inquieto é um destino maior do que aquele que suplantamos corriqueiro naquilo do mínimo, naquilo do máximo. Temos preços à toa, não tanto que não se possa ajudar, mas o tempo passa rápido quando o sofrer das gentes se notam a cada dia… Esse dia não passa muito, mas, em questão de um ano, o tempo daqueles sem tempo nem para meditar em si e nos outros tece estragos quando justamente deveríamos aproveitá-lo melhor para construir algo, principalmente nas relações humanas. No que se difira, haja uma distinção de tudo o mais que reverbera em luzes falsas de um neon citadino e ilusório, porquanto não importa tanto a popularidade de ser um tipo de liderança ou no frisson das relações contemporâneas onde um gadget faz a força e não possui nada além do fato de ser apenas uma boa ferramenta operativa na contextualidade do gesto remoto. Nada da contingência do século passado remonta outra contingência do retrasado em termos filosóficos além de alguns sofismas e especulações que jamais recrudesceriam tanto a tecnologia que se torna hoje a musa de todos os sistemas ditos civilizados. Você pode ler Goethe, mas certamente não terá maiores oportunidades em assistir a peça Fausto em países como o Brasil, que aos poucos vai minando o Teatro, como tantas as outras vertentes da arte. Você pode ver através da tecnologia um concerto de Brahms, mas será muito raro assistir a mesma peça musical em um país de terceiro mundo com todos os óbices ao orçamento que se perde no requisito cultural e indispensável.
            … … …? As linhas são reticentes. A cada ponto residual em o que conteúdo cultural seria significativo está a falta que nos dão as frases inexistentes, onde pensamos que filosofia só pode ser aceita no passadismo, onde Sartre e Camus viveram em sua época, mas onde atuais pensadores da altura de Hegel já não há na atualidade, como não há mais compositores como Brahms. Vivaldi, Villa-Lobos, Bach, ou gente como Vinícius, Noel Rosa, Cartola e Pixinguinha.
             Para nos colocarmos à disposição de uma realidade mais consequente, daremos os costados em uma nação outra que já exime da responsabilidade, quando pensamos em um retorno à normalidade, os pontos de cultura como pensares mais alvissareiros possíveis, dentro das questões de sermos mais coerentes com a identidade dos diversos povos que compõem a nação brasileira, incluso e, principalmente, os mais vulneráveis e empobrecidos, dando fomentos para que se ergam em suas reivindicações mais elementares.

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