terça-feira, 6 de outubro de 2020

COMO NA VIDA, COMO EM UMA EQUAÇÃO DA ARTE

 

Passamos por equações quase insolúveis em grandes tempo de nossas vidas,
E assim o poeta vê em sua musa uma musicista virtuose de qualquer lugar,
Sem que o genérico tenha que ser necessário, pois a música em si é Deusa!

A cada toque, a cada refrão popular, a cada vida que não se encerre o quadrante,
A cada lócus sagrado verte na mão da criação uma cratera inexistente, uma equação
Distante do que esperamos todo o tempo, como um vazio que nos deixa o desperto
Mundo onde nada do que saibamos terá a vertente da correção sem nossa anuência!

A arte se faz premente, nas mãos conhecedoras de um ourives, em um artesanato,
Na cerâmica adornada de um enfermo mental, na luta em se versejar mais e melhor,
Na paciência esmerada da literatura, no trabalho esmerado de um sapateiro,
Nas máquinas dispostas generosamente par lavar as nossas roupas com seus ganhos.

Se tudo não fosse parte de nossa cultura, não veríamos a obrigação de repaginá-la
Açambarcando nossos valores como a resolver quiçá territórios da identidade
Na pátria que por vezes há de remendar um soneto para que caiba na ignorância!

Essa história faltante em nossos óculos enviesados de eras remotas, revela o simples
Modal de que nem tudo mais difícil seja dificultado na explicação dos fatos,
Mas que se requeira saber do conhecimento que leva adiante em nosso independizar…

A arte é referência maior, desde sacra até medianamente profana, pois são modais
Que fazem recrudescer no tempo as dúvidas, as lentes do sufrágio, a forma correta
Dentro da correção pretendida em todas as modalidades, do que se escreva, do que se pinte,
Daquilo que se pretende nas religiões na auréola dos caminhos, na turva estrela que reside
Ao lado de uma lua mais escura, pois as equações das queimadas ainda pertencem
A um prognóstico de incertezas, em uma equação de Krajcberg, um moto de arte
Que busca a consonância de Thanatos destrutivo com o Eros da recriação…

A tanto a se viver se passa a ordem da criação da arte, que sua equação
Pertence ao não pertencido, é um centro de irradiação, como uma estação...

De um rádio distante e não obstante universal, como se quiséssemos
Propagar boas novas ao que não nos remeta apenas como agentes do nada!

Nas vertentes incomensuráveis da arte, que isso valha aos cidadãos!

De qualquer ordem, seja mensurada ou de qualidade, seja de um civil
Ou de um soldado que consiga esmiuçar as letras que suas agulhas
De ébano sabem preparar ao menos possam relembrar o tempo
Em que suas famílias possuíam tempo para estudar igualmente.



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