quinta-feira, 29 de outubro de 2020
UM RASGO NA BANDEIRA
Foi-se um tanto na publicidade do
atraso
Quanto, no mais, não se coaduna tempo com abusos
Mesmo
porque um tempo de equinócio não vitupera
Com as classes
adstringentes, com o samba dos favores!
Restam óbices que
claudicam no vento que sopra forte
E ainda não se sabe se a
retórica obedece ao bom senso
Ou se as mentiras assumem lugar
de uma anti ética
Onde os gargalos permitem o abuso real e
concreto.
Nas esferas do impossível muitos tentam
navegar
Dentro de uma miríade de sonhos vulgares
Por se
dizer faltante aquele que nunca falta…
Nada que seja
segredado ao secreto se nos diga
Quando saibamos todos que um
novo poder se alicerça
Demandando, de qualquer modo, esforços
ímpares
Naquilo que se rogasse de mérito, a uma medalha
merecida.
Sermos tantos e sermos quase todos, estaremos em
uma vereda
Que não entorpeça o vício de uma rede em que
muitos
Se atinam de estarem partícipes e, no entanto, fazem o
jogo
De uma amarelinha consubstanciada na literatura da América
do Sul.
De bandeiras e estradas se soubera muito em longas
noites
Em que os trucks vertiam nos portos os seus
carregares
Desde tempos imemoriais em que trafegam no
asfalto
Não apenas os grandes transportes como a UBER
atual.
De tantos e tantos que pressupõem uma bandeira no
desbote
Haverá sempre um verde ou um amarelo na frente do
descaso
Quando pudermos supor que um negócio amarrado no Rio
De
quase janeiro se monta a superficialidade do caos!
segunda-feira, 26 de outubro de 2020
domingo, 25 de outubro de 2020
UM ROTEIRO PARA UM FILME INACABADO
Viriam atores bufões
para um quase cenário… Tantos e tantos como um contrato de
telemarketing. Cada qual com a liberdade de atuar como quisesse,
falar o que viesse na telha, redarguir de modo consoante com
significados vários. Seria um filme imenso, não só apenas pela
tripa de película como na amplitude do áudio. O diretor ficaria com
um ego de dar inveja de si mesmo, sabendo que nem sempre teria essa
liberdade. Sempre a liberdade, essa palavra que não põe freios em
nada, de dizer bobagens, de construir um filme inacabado. O roteiro,
marcado por um tempo de alguns dias, no seu principiar, tenderia a
ser mais lógico do que sentimental, mais Goethe do que Shakespeare,
mais de sombras do que de luzes, mais Hegel do que Descartes. Adão
seria o primeiro ator na tela e Eva seria no plano teórico a última
a sair de cena, devidamente enamorada de Sancho Pança. E Quixote,
amigo de uma Comédia Humana faria de Dante e Cervantes uma amizade
inquestionável, estreitando o tempo entre os dois. Tudo pontuado,
tudo remarcado com cortes de cena, com as antigas montagens no
acetato, e com a revelação indescritível nos cristais de prata,
assim como ser, um filme P&B. Destarte, não fosse por essa ordem
haveria também uma hierarquia um pouco mais flexível, onde uma
patente mais baixa marcaria o tom de toda uma parafernália
questionável, ou não…
Seria um filme de produção meio
dependente de alguns recursos, estes que viriam dos orçamentos do
absurdo, antes mesmo do projeto sair do papel: começando o
orçamento, começando o absurdo. A mais de não dizer que o filme
seria inacabado como Viva México, rabiscado e não concluído. Nas
tentativas de se fazer o melhor, outros atores entrariam em cena para
atrapalhar com um humor algo sinistro o trágico desfecho do roteiro,
posto drama, posto equívoco! Outra história bateria no coração de
Cartola, renascendo um morro outro: sem milícia e sem tráfico.
Desse morro os moradores teriam bons sapatos, boas rendas e bons
trabalhos.
Viria esse roteiro depois das doenças, depois do
vírus, no cantar de uma esperança para toda uma população que
visse na arte uma saída para o infinito de surpresas e boas novas.
Sem erradicar as sementes transgênicas, mas sedimentando o acesso
ilimitado aos orgânicos, como uma boa e nova horta multinacional, no
ótimo sentido, ao livre consumo planetário, sem que para isso
esqueçamos que estamos em um filme. A vida pediria passagem, e a
construção inacabada de um roteiro quase inexistente aos olhos
vulgares seria o modo mais circunflexo de pedir ajuda aos órgãos
internacionais de cultura – se é que isso pudesse existir – para
erradicar a fome de finalmente olharmos para um entretenimento como
se olha para um ser amado... Um dos sem nome que seja, mas não com a
patifaria excludente que verte dos olhos de uma esmeralda falsa e sem
expectativa de fazer deste mundo um lugar melhor para se viver. E
para cada câmera, em cada nicho da cidade, que se somassem esforços
para erradicar o crime e suas intenções nefastas! No mais de
sabermos que todo o filme inacabado termina às vezes no flagrante
que condiz com a realidade, e que toda a ficção remeta a uma grande
paz em que a vertente do significado da existência participe a todos
um clímax de tranquilidade. Com a finalidade de nos sentirmos mais seguros com
a boa qualificação, com cenas de teor libertário, com os
significados primeiros da palavra ação, e o mote de se resolver
contendas com diálogos de bom entendimento… Esse pode ser um filme
inacabado, digital ou de celuloide, trigonométrico ou na álgebra,
científico e amoroso, posto todas as centenas de atores estarem de
máscara, apenas esperando da ciência e do bom senso a hora de
rodarem o roteiro original!
sábado, 24 de outubro de 2020
UMA VIA OU OUTRA
A se jogar uma moeda para ver as
possibilidades
Como o neutro zero e o um positivo, e suas
combinações
A depender de regras, conformes a uma atitude de
tornar
A jogabilidade mais complexa no entorno dos espaços
Da
mão que joga a moeda e duas possibilidades se abrem
Na
pressuposição lógica de duas apenas as possibilidades
No que
não encerre mais o transcorrer de suplementação.
A via
de dois lados, o quinhão de se merecer a estrofe
Que não
claudique um verbo inexistente, posto de idioma
Sermos mais do
que o supérfluo de significações outras
Em uma verdade mais
relativizada com a questão
Algo numérica de não se indispor
com o remendar, que seja,
De uma constituição já alicerçada
com a força do legalismo.
No que alcance um patamar
seremos donos quase de um dia
Onde o meridiano do outro lado nos
alcance, sem o subterfúgio
Da vereda que nos atravessa os
rincões, de um lance qualquer
Em um jogo onde joga a cultura, e
por esta subsiste o páreo!
Nessa estranha escolta de
nosso pensar, depositemos um grafo
No papel que verta a escolha
de um registro pendular no gesto
Onde encontramos a supra
ciência da lógica em um andar
Que não remeta à verve dos
apaniguados, pois isto resulta em erro…
No remontar um
quadrante insofismável, há que pontuar as palavras
Dentro de
um mote incoercível, no platô de extremo bom senso
Onde cada
sílaba encontra a sua irmã dentro do escopo necessário
Em uma
Verdade altissonante, verdadeira como a resposta correta.
Essa
Verdade que não possui lados, que é certeira na atitude
Em que
mais e mais versos subentendam sua latitude
De cidadã
libertária e vestida sem o menor rumor
De que seja outro ou
equivocado o seu aspecto.
Nesses paradigmas de
superveniência, se roga termos
Na alfombra de nossos
pensamentos, uma nesga de tonalidades
Que edifiquem as mais
variadas cores, de um carmim ao rosa
Passando por uma rosa dos
ventos cromática, um moinho
Onde Quixote não tenha escutado de
bom tom os conselhos de Sancho.
Os quadrados circunstantes
afloram como uma tênue linha
Que outros contratos existentes
sejam como uma Lei
Que transcenda o próprio direito
consuetudinário, seja um costume
Tão antigo quanto nossos
ancestrais: desde a Idade da Pedra!
Tratando-se do assunto
bipartite dos caminhos, sabermos mais
Do que bifurcar intenções
revoga a escolha melhor que se faz
De cada ser o seu destino, em
um caminho curto, ou um mais longo…
Prolongar um
sofrível sentimento pode ser mais correto
Do que evanescer
sombras em uma treva de prazeres fúteis
Onde o ser carece de
ver que o que antes era veneno
Pode se tornar mais tarde um
néctar a que não espera o esforço.
Essa diamantina
questão vem de um serviço em devoção
Ao Pai Supremo que
significa a redenção imaculada
De um quase jogo onde os dados
são o mesmo serviço
E os resultados, independente do número,
são diversos
E melhores do que se espera, mesmo que o acaso
Não
nos acalente no principiar, mas o arbítrio
Nos dá as condições
para que pratiquemos a vida
Conforme as ferramentas que
possuímos no imo
Onde o respeito à Natureza seja o nosso
foco
Pois jamais seremos os únicos habitantes de planeta algum!
sexta-feira, 23 de outubro de 2020
VEIAS DA RAZÃO
Se submergíssemos em uma água escura,
não tanto pelo lodo, mas pela profundez que encerra um caminho
turvo, o que seríamos a mais do que esperar pela vida à tona?
Seríamos melhores se o tempo travasse seus ponteiros para que nossos
fôlegos se sustivessem a pleno vapor, ou na verdade o tempo –
sendo eterno – romperia com danos os nossos pulmões?
As
veias da razão entorpecem os sentidos quando respiramos aliviados na
terra algo plana de nossos circunlóquios… Nada do que seja o
planeta seria melhor se algo tão simples como a geografia retratasse
nosso mundo de modo correto. O conhecimento livre é a mais pura
expressão da democracia, nada além disso, ler de literaturas
ocultas ou não, pesquisar sobre amplos assuntos e investigar
procedimentos científicos, como uma forma salutar de esforço, com
as respostas inerentes a todos os nossos assuntos de interesse. A
ignorância imposta não deixa de ser uma água lodosa, turva, de
grande calado, infecta e inferior, qual não seja uma opinião
controversa no sentido inverso ao bom senso. Justo, a sensatez da
Verdade e não o juízo louco da mentira! A Verdade não possui
reticências, é serena, mesmo quando cáustica, e dorme em sono
merecido: sem culpa. A serpente gosta de mentir, pois se não fora
não rastejaria para sobreviver, inoculando veneno em quem a tocar ou
dignar-se em antepor-se à sua vereda. Mas a serpente é um animal
magnífico, possui seu extrato da espécie que lida com sua natureza,
o extrato de estar colada à terra, de sentir a terra como muitos
camponeses o fazem quando tocam o húmus, substrato da lavoura, assim
como os porcos soltos são limpos e se alimentam faustosamente…
Dessa vereda consubstanciada pela mesma vida campônia, desse lócus
em que se plantam diversas culturas e grãos, e legumes e verduras,
na verdade estaria o grande mote de Prabhupada quando este
fala sobre a Vida Simples e o Pensamento Elevado, em um de seus
memoráveis textos. Essa é uma razão circunflexa pela vida em si,
de termos pureza no pensamento, erigirmos uma casa qual castelo, um
templo, qual esse senhor tenha realizado em sua vida essa gloriosa
tarefa, de erguer do nada 108 templos em sua breve estada entre nós,
ocidentais. Não há erro nessa pureza, na não violência, na
tolerância, na modalidade da bondade, na senda da espiritualidade,
na conformidade que há ao desapego necessário das coisas
extremamente mundanas em sua futilidade.
As veias que se nos
brotam sejam de pacificar o mundo, de conversar com diálogos francos
e abertos mesmo com aqueles que se mantém um bocado na defensiva
quando investem com seu rancor para se sentirem protegidos, mesmo
dentro de uma ignorância de monólito. Que prossiga a humanidade com
seus costumes, idiossincrasias e de cultura e identidades próprias,
enaltecendo a particularidade peculiar dos detalhes de sua
existência, a fim de termos portanto cidades mais felizes, e um
campo de atuação na lavoura sem necessitarmos de grandes
latifúndios para, com uma terra adubada quimicamente, mostrarmos ao
mundo que essa não é uma saída congênere que sedimente alimentos
os mais diversos e necessários para a vida na Terra.
A
sustentabilidade de nossa cultura deve ser nos esforços para que no
coração de nosso hemisfério, com a Amazônia, aprendamos a
respeitar os diversos biomas que nela se encontram, permitindo a
fluente parte de uma Natureza que não deve jamais deixar de ser
respeitada pois, se isso realmente ocorrer, a história apontará
para trás seu dedo fatídico mostrando à humanidade quais foram os
próceres da devastação, e de que modo o mundo como um todo deixa
tudo passar batido.
quarta-feira, 21 de outubro de 2020
ALGUNS SINAIS POSSAM EXISTIR
Na
veia circunspecta da razão, que se possa crer
Nos infindáveis
modelos da religião
Porquanto notívagos silenciares mandam ao
sono
Infindáveis propostas do anímico procedimento…
Essa
luta de querelas contra o bem maior
Se equipare com o
consentimento ímpar
Do que não esteja consonante com a
razão
Ou de causas perdidas reside o non sense!
Avarias
na embarcação são várias
Tantas elas que as velas já não
enfunam
Do que se navegar é necessário
Conforme a poesia
de se dizer que viver não é.
A proa se mantém ilesa,
rasgando as ondas,
E o leme da popa se mantém íntegro até uma
ordem
Que seja de aprumar a rota na direção trigueira
Onde
os passos na Terra evidenciam os fatos!
Tal trânsito no
mar se dá com diversos barcos
Que nublam a existência de um
sentir sereno
Ao que a paz do desarmarmo-nos seja certo
No
claudicar-se a frente do que temos por cem.
A vida
ressente-se do fiel da medalha alçada
Por bucaneiros de
ocasião, gente antiga,
De uma época onde a pólvora era
socada
Nos trabucos e pistolas herméticas de um conhecer.
Se
o tanto que nos demos atravessa a ocasião,
Haverá
mais um tanto de nos doarmos a uma questão
Que transcende mais
do que o fosfato de uma mina
Nos vórtices de nossos minérios
quase amazônicos.
Se Roma disse algo do alto de seu
império
O que disse falou alto antes dos bárbaros
Em que
godos e visigodos atravessaram
As fronteiras que culminaram na
Média Idade…
Assim de sabermos de um assunto sem nada a
ver
Pontuamos um pouco de novidades a uma good trip
Para
que saibamos um pouquinho, que seja, a mais
De uma história que
não entonteça nosso sentimento.
A mais um pouquinho, a
saber, que de sociedades secretas
Vivem alguns ascetas esperando
uma conflagração
Ou uma Nova Era de Aquário que remonte de
esperança
Certos estragos milenares sobre a superfície do
planeta!
Não que se veja tudo, mas tudo é para ser
visto
Quando desejamos a vida acima de tudo
E a morte seja
desejo de um progenitor
De planos infalíveis – ou quase –
de tramar o ódio.
Promete-se uma saída congênere com os
dias
De mais alento, de uma circunferência sólida
Com
nada de patibulares encomendas
Naquilo que queremos como paz de
espírito…
Por fim, um suspiro nos sirva de
modalidade
De um comportar-se exemplar, na idoneidade
Baseada
em uma vida austera, sem a profusão
De uma parafernália que só
vem para atrapalhar.
Seja isso que desejemos ao próximo,
e que a distância
Não nos remeta a regiões inóspitas, pois
os sinais
Relembram os bens que temos por entre luas
Em que
os sóis reverberam por nós a melhores dias!
terça-feira, 20 de outubro de 2020
ALGUNS SEGREDOS DO EXISTIR
Um recado que seja, do sentir
mais profundo, de se ser
Maior do que uma simples demanda
mercadológica,
Algo a ver com um montante de faces neutras
Nas
outras faces em que o capital se mostre ausente.
Do mesmo
lado da moeda que não consubstanciemos o fato
De estarmos com
outro o lado que sirva melhor, o mesmo
Que prorroga a nossa
existência sistêmica, onde o quinhão
Do merecimento é justo: a parte que não tocamos se nos toca…
A vida de um
qualquer seja melhor do que se posto à prova
No mais de merecer
algo de enobrecedor prêmio
Qual não seja, o vértice da voz
que entontece o espírito
Em um jargão que ata e nos desata nos
nós da vida!
Em um linguajar solene vemos transpassar
sobre a cortiça
De uma garrafa celestial a veia dos mares
navegados
Dentro do escape de uma mensagem, que seja,
Uma
posta de garoupa vertida no cálice dos inocentes.
Dessa
tremenda equação sem termos nulos, a divisão
Retém em si
mesma uma lenda de lideranças ocultas
Em que o verbo possa a
alguma ter ferido deveras
E a outras ter trazido a comunhão do
conhecimento…
É nesse termo que algures tenhamos dias
melhores
Pensando na existência de um resistir sereno
Ao
que não seja extremamente certo em uma profusão
De
imediatistas que querem resultados em um turno apenas.
Se
é de querer-se uma demanda de um mercado algo simples
Retém-se
um espiritual alento até que nos cheguem boas novas
Na mesma
existência em que um homem pode endereçar
As vias de tráfego
em que a distância possa corroborar!
Na vertente de uma
ciência espiritual do sentido humano
Saibamos que a alma sente
mais do que o sentido lato
Que é imperfeito, e que nossa
inteligência reja o lado
Mais anímico do que perfeito dentro
de um pretérito simples.
Por vezes estamos municiados de
farta esperança, e outras
O codinome do inglório peca por
estar frente a frente
Com a dissonância claudicante da
arritmia, por termos tracionado
Um motor que não reitera a
filosofia ainda inexistente de uma estrofe!
Essa máquina
andante e girante, dada como quixotesca e de moinhos
Move-se
pelos ventos dos sonhos, dada como inútil quiçá
Mas que
navega pelo oceano do Universo conforme o dito que se dá
Na
frente de uma não ilusão porquanto vida de concreto sólido no
vão.
Em horas em que tudo se redime sem o aroma de uma
flor
A vida em nossa existência exibe sem as quimeras do
mundo
Uma plataforma de aço onde podemos pousar nossos pés
Com
a galhardia firme em que nos temos pulsado na primavera!
segunda-feira, 19 de outubro de 2020
AMAR A VIDA, MARAVILHA É
Tanto a flor quanto de madrepérola ventura, são de tantos
E tantos sabores, como
beijar um seio de trigo sereno
A parte hedonista da saúde
que nos vem abrigar
Nas conquistas do amor consonante, da vida
que nos abriga
Como mais da vida amar, que maravilha a vida
é!
Descortinar um verso apologético da cultura afim do
sujeito,
Conformar outros versos, remendar estrofes dos afins
outros
Que não nos sustamos no verbo apenas, que a coluna é
mais longa
Do que a aparência do que não verte apenas a imagem
do que foi
Nas vertentes do fiel da medalha que nos mostre mais
maravilha…
Visto por vezes ser um bom dia, não apenas
recomendado ao passante,
Mas de uma apologia do bom senso, e não
pensarmos apenas
Que o mato queima sozinho, pois de tantas
querelas queremos
Companhia, a ver, que a vida passa sobre
festivais de curumins!
É dessa vida que queremos, que um
índio soletre esperança,
Que as misérias humanas não
prevaleçam, e sobre isso tudo citado
Sobra um mísero mas
maravilhoso verbo que não entonteça
As vertentes de mais um
dia auspicioso na refrega amazônica
Onde as fronteiras nos
ditem a camaradagem de mais um dia!
As colunas horizontais
de água vertem dos mananciais,
Qual setimana enigmistica,
em bom italiano que seja,
Em um pai que deixa seu filho bom e
velho quase órfão
Nas mãos de uma mãe maravilhosa em sua
generosidade…
Dito por não dito, haveria de ser um
quinhão soletrado
No amor de uma guerreira outra,
companheira,
Que serve a mais não servir, e revela uma nobreza
na domenica
Bestiale, si, em uma domenica de
maravilhas na conquista!
Não há porque seguir charlando
versos após versos,
Qual não fora o mote de seguir dizendo
mais e mais
No albor de uma consciência inata de algum povo
Que
saiba por enquanto mais um pouco do que o nosso!
Tudo
pertence a uma evolução pós darwiniana,
Tudo rege uma
performance onde o sal se conflita com a água
Naquilo de
percebermos que nem todo o metal sonante
Reduz o orgulho
missioneiro a uma questão breve de consumo…
Uma grade
enfeita um jardim, mas o jardim enfeita a rua,
E a rua enfeita
uma ponta, em seu principiar de caminho,
E que este caminho
enfeite os passos de um viandante
Porquanto um cigarro dado nas
mãos consagra a pajelança!
sábado, 17 de outubro de 2020
sexta-feira, 16 de outubro de 2020
SOLARES
Solar que não sejamos tanto na noite
desconfortável da dúvida
Quando entontecemos a força que
pensamos que não temos
Por um tanto de uma quase fraqueza em
meio aos bichos
Que encontramos aninhados em uma colmeia em meio
às chamas!
Solar que não encontramos na vida que seja
quase onipresente
Naquilo que nubla de faíscas e fumaças, de
sopro incandescente
No que equipara a uma termonuclear pelo
gesto insignificante
Do criminoso que ateia o fogo só para ver
o esforço do bombeiro…
Solar que não estejamos à
frente de um jacaré calcinado, na noite
Iluminada por sinistras
labaredas de um lugar que se chama paraíso
Virado inferno pelas
mãos do homem que transcende mesmo a maldade
Quando não ateia
fogo a si mesmo para revelar o caráter da remissão.
Solar
que não caiamos nas justificativas inomináveis de um lesa
pátria
Qualquer que pontua a carne a ser morta no futuro como
boi bombeiro!
Solar que não carece carestias, quando
vemos que o óleo seja motivo
De um inglório parecer consonante
com a veia mais vil da possibilidade.
Solar que não se
reflita no codinome do horror, quando de nossas casas
Vemos
dentro de nossas TVs a luz do inferno, e rimos à socapa!
Solar
do não lunar, da lua rubra, da luz negra do fumo que esconde
Por
suas capas de hipocrisia a vertente mais hedionda que se torna
Toda
uma nação que sequer tenha visto um tucano de verdade.
Esses
solares todos se completam, não se redimem, partem a
ficar
Preocupados com o fogo perpétuo da luxúria não
completada
Gerando a Ira que acaba por devastar finalmente com
nossa raça.
Esses solares, são do fogo serpentino do
quase amor, vem do gozo
Mal anunciado na refrescante veia de
champagne vertida com sexo
Na casualidade do prazer fugaz e
mórbido, de quase coprofágico.
Esses solares vêm
acompanhados por tumbas submersas na terra
Onde
por estranhos arremedos silenciam o bom senso
E tornam cada vez
mais fácil e gratuita a palavra que significa amor…
terça-feira, 13 de outubro de 2020
AS LINHAS DE RETICENCIAS
Inquieto é um destino maior do
que aquele que suplantamos corriqueiro naquilo do mínimo, naquilo do
máximo. Temos preços à toa, não tanto que não se possa ajudar,
mas o tempo passa rápido quando o sofrer das gentes se notam a cada
dia… Esse dia não passa muito, mas, em questão de um ano, o tempo
daqueles sem tempo nem para meditar em si e nos outros tece estragos
quando justamente deveríamos aproveitá-lo melhor para construir
algo, principalmente nas relações humanas. No que se difira, haja
uma distinção de tudo o mais que reverbera em luzes falsas de um
neon citadino e ilusório, porquanto não importa tanto a
popularidade de ser um tipo de liderança ou no frisson das relações
contemporâneas onde um gadget faz a força e não possui nada
além do fato de ser apenas uma boa ferramenta operativa na
contextualidade do gesto remoto. Nada da contingência do século
passado remonta outra contingência do retrasado em termos filosóficos além de alguns sofismas e especulações que jamais recrudesceriam
tanto a tecnologia que se torna hoje a musa de todos os sistemas
ditos civilizados. Você pode ler Goethe, mas certamente não terá
maiores oportunidades em assistir a peça Fausto em países como o
Brasil, que aos poucos vai minando o Teatro, como tantas as outras
vertentes da arte. Você pode ver através da tecnologia um concerto
de Brahms, mas será muito raro assistir a mesma peça musical em um
país de terceiro mundo com todos os óbices ao orçamento que se
perde no requisito cultural e indispensável.
… … …? As
linhas são reticentes. A cada ponto residual em o que conteúdo
cultural seria significativo está a falta que nos dão as frases
inexistentes, onde pensamos que filosofia só pode ser aceita no
passadismo, onde Sartre e Camus viveram em sua época, mas onde
atuais pensadores da altura de Hegel já não há na atualidade, como
não há mais compositores como Brahms. Vivaldi, Villa-Lobos, Bach,
ou gente como Vinícius, Noel Rosa, Cartola e Pixinguinha.
Para
nos colocarmos à disposição de uma realidade mais consequente,
daremos os costados em uma nação outra que já exime da
responsabilidade, quando pensamos em um retorno à normalidade, os
pontos de cultura como pensares mais alvissareiros possíveis, dentro
das questões de sermos mais coerentes com a identidade dos diversos
povos que compõem a nação brasileira, incluso e, principalmente,
os mais vulneráveis e empobrecidos, dando fomentos para que se ergam
em suas reivindicações mais elementares.
segunda-feira, 12 de outubro de 2020
UM NOME APRESENTÁVEL
Que se apresente um nome qualquer,
que no escrutinar versos sabe-se de modos em que a interpretação
pode ser imprevisível. Desta imprevisibilidade remonte-se a questão
de não possuirmos a veia que pode ser tão importante para
adquirirmos a ciência da vida, a ciência do que esperamos que seja
a mesma vida, não importando seus caminhos, tortos ou serenos. Se
por uma monta do destino nos encontramos com uma espécie de coração
sem nome, esse mesmo órgão importante para a nossa existência pode
repetir com seus batimentos a ausência de dele não nos lembrarmos.
Posto não sabermos quando pulsa o batimento renitente que nos ensina
a viver, e que dessa equação não nos darmos conta. Um nome que se
nos apresente: quem sabe, a vida, quem sabe, a vida do conhecimento,
a forma de sabermos por onde anda um espírito de alguma Lei, uma
ordem por onde nunca passamos, um modo de crer que não atravessamos,
mesmo sabendo ser inominável o nosso modo de ser. Esse propósito da
existência cabe a um ser humano a prerrogativa de ter um corpo
privilegiado e, portanto, não deva desperdiçar sua chance de
trilhar um caminho de sabedoria, dando o exemplo aos coabitantes do
nosso planeta. É um caminho simples de ciência sem par, o modo da
bondade, de suma importância, de no mínimo conhecer a literatura
sagrada, justamente depois de termos procurado tanto por ela. É como
se uma árvore de um tronco secular e indelével estivesse sempre em
um lugar por vezes meio inacessível, mas que sabemos de sua
existência onde a fragrância de sua flor denota o seu nome, a sua
qualidade e o seu sentimento em relação com a humanidade. Em uma
realidade aumentada os Passatempos e o Nome do Senhor são os mesmos,
justo porque devemos saber que Deus escreve, por vezes por linhas
mais tortuosas… Mas que não seja por um acaso, que este não
sabemos se descobre verdades ou elucida mentiras. No tanto de se
saber de algo, nossa interpretação dos fatos redime a aventura de
descobrirmos os painéis que não sabemos onde esquecemos os dados de
navegação. Esses instrumentos que mal conhecemos, no que o satélite
nos mostre onde estão as estrelas…
Conhecer o mar é como
auscultar uma superfície para sentir o pulsar da vida às
profundezas, de um nome qualquer no terreno do absoluto, qual não
seja, ressentir as veias de uma pátria dentro do gigantesco modal
de um qualquer traçando planos para o alto. Tergiversar outros
modais seja a plataforma mais inconsútil a nossas frentes, sejam
elas de parâmetro inverso, sejam elas de questões relativas ao que
não alcançamos nem mesmo no suportar enleios vazios… Dessa mesma
plataforma queríamos saber de coisa de um sem nome, mas que este
suportasse uma verdade de dar-se um pouco mais do nome que seria um
par de um apelido no que de querido fosse já haveria uma consonância
entre as partes. As partes que nos cabem em um grande latifúndio, o
escrutinar versos maiores do que a alameda pungente de uma via sem
retorno, com a mão para si, e o escrever silencioso à parte outra
que nos caiba, quem dera, um simples alimentar do estômago. Não é
outra palavra que não seja cruamente concreta, pois que não
convencionemos soletrar o fogo na direção da água que o suprima,
postos os elementos, e que sejam equivalentes. Na diáspora dura de
um povo esquecido que sejam dados os lauréis aos agentes da
libertação, pois este nome tem apenas um significado dado a si do
per si, mergulhado nas alfombras mais secretas do planeta, na síntese
que relembra o único ditado em que um mar de preocupações que não
vertam as máximas daquilo no qual depositamos nossas esperanças em
uma seara de nomes, que tantos são os nomes de Deus!
domingo, 11 de outubro de 2020
ALVÍSSARAS DE UM CURTO TEMPO
Remende-se o prefácio das
ofertas
Ao tempo algo reticente das esperas
Quando algo ou
alguém retorne ileso
Da falta da propaganda linear de um
quesito…
Não se torne uma comenda um título vago
No
algo de maçonaria quase renitente
Ao que o jargão respeite o
prumo
De tantos que não obscurecem o oculto!
Respeite-se
as enfermidades de patíbulo
Quando estas se repetem na
alfombra
De tempos de sofrimentos passados
Nas alturas de
uma medicina que não erra.
Retire-se do firmamento as
nuvens do éter
Que demandam em cada sofrer a virtude
Da
penitência de um justo em cada setor
Na justa setorialidade do
conhecimento.
Algo a ver de dentro para fora, o
décimo
Milésimo da história que se revele grande
Para
que não sejamos um milésimo do nada
Ou que engrandeçamos o
vetor da saudade.
A poesia pretende correções, nem que o
seja
Em um único verso consuetudinário que verta
Em uma
alquimia sólida a fluência da vida
Que não obscureça o
endereço flamar da luz.
Que teçamos as esferas girantes
do espaço,
Que se revelem nada neutras as superfícies
Quase
lunares do inconsútil proceder ao léu
Naquilo que ainda não
conhecemos justamente!
Na vida de um par que sejamos, um
par apenas,
Seremos mais do que dois, a partir do instante
Em
que endereçamos a vertente do resiliente
Caudal em que
transformamos os metais solenes.
Um justo que não
enobreça tanto do suficiente
No que seja da justiça a
verdadeira semente
Daquela proficiência esquecida sobre as
letras
Onde outros metais ausentes se enobrecem…
Que
o pop vire um show às avessas,
Que o rendimento da música
parta às estrelas
E que, não obstante, o olhar siga na
palavra
Onde o subterfúgio não feneça uma única rosa.
Assim
de claudicar um pensamento altruísta
Será feita a vossa
vontade, caro leitor,
Quando de erradicar dúvidas
subliminares
Possas afirmar um dia que atravessou as linhas!
sábado, 10 de outubro de 2020
NÃO QUE NÃO SEJAMOS
Nada que não pensemos a maior parte
do tempo
Nos faz atracar propriamente em um porto
seguro
Daquilo que pensamos seja justo não mais surge
Do
que não queríamos fosse distante o foco da luz
Que a luz não
nos atrapalhe nos caudais reticentes
Naquilo que não imaginamos
sequer existir…
Não que não sejamos o tempo que marca
a voz
De tantos soletrarmos as palavras que mandam
Silenciar
outros tempos que sejam um contrário
Do que manda a vertente de
estarmos com uma peça
Que seja, o detalhe que falta em nossa
existência…
Tantas são as peças que nos sobram, que
na época
Em que uma seja fabricada, nos vestem os rumores
De
que a sobressalente já saiu da linha de produção
No mais que
não tenhamos sequer material de reserva
A que se possa de algo
substituir de modo adequado.
As peças que nos sobrem
tantas que não há,
De modo circunstancial, um paralelo que
hão ressinta
De números abaixo de um gadget que não
suplante
O correr de novas equações, na acepção crua da
produção
Quando esta remeta aos cálculos de uma boa
economia!
Não nos reste equacionarmos matemáticas
difusas
Se – entre os bons entendedores – sabe-se que um
mercado
Interno e extremamente forte abre ao leque de
possibilidades
De melhores resultados de demandas que nos levam
a crer
Em melhores dias no plano nacional e internacional no
lado
Do fiel da medalha, e que esta fosse consagrada a um
gestor.
Posto de comandar gerentes reside o espírito da
manufatura,
E que essa complexa por vezes gerência resida no
espírito
De uma matéria que não dista apenas do colóquio a
respeito do ar,
Mas de uma crisálida que se transforma ao ser
com asas
Que afora tudo voa com o salário modificado em
vantagens…
Que de talento fôramos, que de uma moeda
romana se ditasse
Como ao talento para os negócios cabais e
verdadeiros
Se a concessão de muitos requisitos não nos desse
a opiniosa
Missão de concretizar a mesma vida que desejamos ao
outro.
Mesmo porque, em virtude de circunstâncias nada
escusas
Uma opinião valorosa merece o respeito dos
cidadãos,
Sejam magistrados ou não, sejam ministros ou
não,
Sejam eles do poder que administra a empresa ou País,
Seja
a pátria, a folha, o ar e o vento que sopra na bandeira!
quinta-feira, 8 de outubro de 2020
A VIDA EM UMA PÁGINA
Quem dera pudéssemos recontar a
vida e sua Criação em uma página somente… Veríamos Deus em sua
onipresença, seu total penetrante, sua infalível ordem que vai além
da compreensão menos inteligente da raça humana, esta que é, como
Gil canta, uma semana do trabalho do Altíssimo. A vida em uma página
começa com o rumor de um ser original, quiçá de um protozoário
que nasce de uma descarga de trovão, mas que o mar já era seu
confidente e o criacionismo perde para uma lógica da ciência, se
não nos tardar a memória que ainda a possuamos.
Vivemos
os pensamentos mais díspares, onde era a ciência pode ser o
protagonismo algo fundamentalista neopentecostal, ou uma liturgia
católica. Tudo vem de si e a página continua sem ter todas as
respostas cabais, concretas, intermitentes, sólidas, com afinidades
lógicas e de razão inegável. Nisso perdemos um pouco pois, até
então estamos cercados pela semiótica que busca transcender a
lógica, mas é assunto que a poesia não alcança, posto não haver
índices nem símbolos na mente do poeta. O que se é, é talhado
para se viver e o que se não é não passa de leve conjectura. Assim
se processa certo pensamento, assim se faz um certo discurso
filosófico a quem aparentar possa, e assim remontamos um
quebra-cabeça de pedras. Baste-se, foi colocada já metade da
página, e a discussão sobre a vida nem sequer foi citada. Por isso
talvez seja assim mesmo, da vida não se tira mensuração, período,
articulação linear, pois nem a linha do tempo retrata o vão
infinito do céu, os pássaros que o completam, a indecifrável
profundidade do mar…
Assim de se dizer remendamos mais
alguns significados, do sigilo das ondas, do verticilo de uma espécie
vegetal, do modo consuetudinário de nossos procederes. Assim vamos
prosseguindo, nos vértices de uma conexão, encobertando frases
resilientes, estudando a vida tal como é, com todos os percalços de
uma cidadania infelizmente um pouco dilapidada conforme os eixos que
se renovam a cada dia, no sentido de direção – feito axis – na
plataforma tridimensional. O que se ergue depois de cada dia é um
iceberg de propostas, a poesia de cada dia este, a consonância de
saber-se mais próprio no andamento de um cavalo cocho que ainda dá
seus sinais de si e nos leva até o paradeiro. Este caminhar solene
sobre nossas – por aquisição – patas nos revela uma gripe que
nos ameaça em cada passo, a se retratar os dias contemporâneos…
Talvez essa citação anterior nos leve a uma realidade que não
queremos ver com nossos desatentos olhos, mas que verte na pronúncia
das causas a repetição de nossos hábitos. Talvez devamos sair um
pouco, mas o caminhar solene só é assim por fases de cada ser
humano em nossa busca pelo humanismo.
Reiterar que a
habilidade do homem reside em suas mãos é saber que, em virtude de
uma página somente, tente reproduzir a vida que pulsa em todos nós,
a qualquer ser vivente. O coração de uma árvore igualmente pulsa,
nesta que possui os seus direitos sobre a terra, nesta que demanda a
própria terra e seus seres, nesta que vive mais do que nós por
vezes, não de um viver intenso em nossas idiossincrasias, mas de um
viver sereno e tolerante… E que nos faça compreender melhor um
possível espelhamento cabal e correto do ser inanimado e, no
entanto, com o poder de nos abrigar… Remende-se qualquer troco de
medida, qualquer valor a curto ou longo prazo de gananciarmos, que no
trato com a bola a partida de uma árvore qualquer remonte nesta
página a vida daquela, que tanta falta nos dá quando não existe
mais, e que os pássaros reencontrem outras a quem faça a diferença
como ser humano na hora de preservar a riqueza mais nobre que
possuímos no rescaldo da vida, que seja, em uma página!
terça-feira, 6 de outubro de 2020
COMO NA VIDA, COMO EM UMA EQUAÇÃO DA ARTE
Passamos por
equações quase insolúveis em grandes tempo de nossas vidas,
E
assim o poeta vê em sua musa uma musicista virtuose de qualquer
lugar,
Sem que o genérico tenha que ser necessário, pois a
música em si é Deusa!
A cada toque, a cada refrão
popular, a cada vida que não se encerre o quadrante,
A cada
lócus sagrado verte na mão da criação uma cratera inexistente,
uma equação
Distante do que esperamos todo o tempo, como um
vazio que nos deixa o desperto
Mundo onde nada do que saibamos
terá a vertente da correção sem nossa anuência!
A arte
se faz premente, nas mãos conhecedoras de um ourives, em um
artesanato,
Na cerâmica adornada de um enfermo mental, na luta
em se versejar mais e melhor,
Na paciência esmerada da
literatura, no trabalho esmerado de um sapateiro,
Nas máquinas
dispostas generosamente par lavar as nossas roupas com seus
ganhos.
Se tudo não fosse parte de nossa cultura, não
veríamos a obrigação de repaginá-la
Açambarcando
nossos valores como a resolver quiçá territórios da identidade
Na
pátria que por vezes há de remendar um soneto para que caiba na
ignorância!
Essa história faltante em nossos óculos
enviesados de eras remotas, revela o simples
Modal de que nem
tudo mais difícil seja dificultado na explicação dos fatos,
Mas
que se requeira saber do conhecimento que leva adiante em nosso
independizar…
A arte é referência maior, desde sacra
até medianamente profana, pois são modais
Que fazem
recrudescer no tempo as dúvidas, as lentes do sufrágio, a forma
correta
Dentro da correção pretendida em todas as modalidades,
do que se escreva, do que se pinte,
Daquilo que se pretende nas
religiões na auréola dos caminhos, na turva estrela que reside
Ao
lado de uma lua mais escura, pois as equações das queimadas ainda
pertencem
A um prognóstico de incertezas, em uma equação de
Krajcberg, um moto de arte
Que busca a consonância de Thanatos
destrutivo com o Eros da recriação…
A
tanto a se viver se passa a ordem da criação da arte, que sua
equação
Pertence ao não pertencido, é um centro de
irradiação, como uma estação...
De
um rádio distante e não obstante universal, como se
quiséssemos
Propagar boas novas ao que não nos remeta apenas
como agentes do nada!
Nas vertentes incomensuráveis da
arte, que isso valha aos cidadãos!
De
qualquer ordem, seja mensurada ou de qualidade, seja de um civil
Ou
de um soldado que consiga esmiuçar as letras que suas agulhas
De
ébano sabem preparar ao menos possam relembrar o tempo
Em que
suas famílias possuíam tempo para estudar igualmente.
segunda-feira, 5 de outubro de 2020
O JOGO DA ESTRATÉGIA COMO ORDEM
A ordenação de um jogo
estratégico supõe dois contendores à altura, e grau de
complexidade crescente, como no xadrez uma boa abertura, seus
desenvolvimentos e a finalização maestrina. O GO prossegue sendo um
jogo de refinamentos especiais em sua territorialidade, com a busca
dos espaços, a redução das vidas simbólicas e a ocupação nas
áreas… Dois jogos extremamente antigos que buscam na habilidade da
inteligência seus mais refinados aspectos, nem tanto por serem quase
perfeitos em sua concepção como na beleza estratégica de suas
vertentes.
Criar um game board não é fácil pois preza pela
área onde acontece, mas não estremeçamos com o fato pois é
possível criar os jogos que ainda não foram concebidos. Não
digamos que seja um tipo de parto, um heureca de Arquimedes, a
lâmpada de Thomas Edson, pois a ciência gosta quando se encontra a
possibilidade de se criar algo lúdico para crianças e adultos, na
progressão correta do bom ensinar e do bom aprender. Uma equação
matemática pode ser igualmente estratégica se chegamos a um ponto
qualquer do espaço, se vemos que dois pontos em uma reta pode gerar
um terceiro, formando uma área, acrescendo o mesmo espaço nas três
dimensões, para depois dessa base surgir mais um ponto recriando um
objeto no espaço, que obviamente será um tipo de pirâmide, a saber
que pode surgir perfeita e conceitualmente em uma forma – um shape
– perfeita. A matemática da área em suas diagonais, no L do
cavalo, na limitação relativa do peão e suas inquestionáveis
funções, na força longitudinal de uma torre, e todas as variantes
de um jogo que demonstra suas infinitas possibilidades estratégicas,
na combinação racional e aleatória, quando esta se baseia em uma
distração do jogador. A estratégia da batalha campal do futebol, e
como isso instiga jogadores e plateia, como isso leva por vezes um
homem a ficar nos extremos da felicidade ou tristeza. Esse “ter um
time”, esse “participar”, essa catarse vai muito além da
cultura como modalidade de fato: no canto, no violino, no piano.
Quando se estabelece igualmente na poesia, nas artes visuais, no
teatro e na literatura, o jogo requer mais conhecimentos e
habilidades intelectuais, onde o goal mostra que os resultados
fazem parte de um animismo, de um tipo de catarse estética onde a
vanguarda é a própria estratégia, e onde a contestação
inteligente passa pela ordem semântica da criação. Muitas coisas
são um tipo de jogo inevitável, como a política, a economia, a
ciência, a educação e, por vezes, a própria saúde em suas
modalidades de tentativa e erro.
Quando
bem elaborados no plano cultural, os diversos modais do jogo podem
ensaiar climas saudáveis para encontrarmos a paz, no tocante a não
acreditarmos nos conflitos – externos ou internos – que não
estejam de acordo com o desejo daquela pois, quando passamos a crer
que a guerra é algo de se jogar interessantemente, passamos a
refutar de modo imbecil toda a fé em um mundo onde jogos saudáveis
e construtivos possam realmente elucidar os mistérios de nosso
mundo, tão afeito ao ludens de nossa percepção não
necessariamente tão estrita como pensamos… É por esse viés que
podemos conduzir a viabilidade da coexistência de uma ordem
pacífica, estável e generosa e que toda a forma de algum tipo de
competição seja compatível com um jogo, pois não é apenas
parafraseando Paulo Coelho, mas este estava certo quando afirmou na
canção que é de batalhas que se vive a vida.
domingo, 4 de outubro de 2020
ATÉ QUANDO?
Até nossas viseiras equinas se pronunciarem
como um caminho
Quase reto no pulsar de um repeteco esdrúxulo,
um caminhão
De novas frentes obnubiladas pelo olhar sem conta,
sem tamanho
A que todos os nossos propósitos se enquadrem em
nossa área!
De vir a ser, seremos maiores do que a
suposição algo nefasta
De que não sabemos existir
simplesmente, pelo arguto colega
Que ponteia seu tirocínio a
respeito de algum juízo de codinome
Na outra jurisprudência
que não depende dos fatos de costume…
Arremessemos a
poesia fortemente em direção às regras gerais,
No sentido de
radicar os pressupostos da Lei, no objetivar
Sermos um pouco
melhores do que o resultado da contestação
Que denota
irresponsabilidade no ocaso irrisório da razão.
Um
libelo possa existir, este inexorável e pungente ato
Que também
nos remeta a algo de contestação, mas que na real
Depende
sempre da questão puramente existencial
Quando possuímos as
referências cabais de nossas atitudes!
Mesmo quando
pensamos que digitamos em vão no sofá da sala
Ou quando
relembramos um caso sem diferenças sólidas
Uma vertente mal
anunciada no desatino que de ante mão pertença
À parecença
do behaviorismo de tantos e tantos que disto padecem.
A
reticência tem seu local exato, e mesmo que não a
pronunciemos
Sempre na questão da escrita, viveremos algo não
anunciado
Pela semântica e seus significados, pelo critério
existente no fardo
Ao que porventura carregamos no ideário de
nossa explanação.
Em nossas escolhas maiores está
residindo uma total esperança
De que a virulência de nossas
ações não redima muito as casas
Posto a questão de uma saída
honrosa pelo fato nos revele
Que estejamos bem em cada célula
familiar, e que isso suceda sempre!
A querela invisível
que nos suporte até quando o tempo urgir
Nos envie as graças
alcançadas dentro de um altar trigueiro
Ou em um sermão de um
Padre naquilo que é maior
Do que apenas um serviço devocional
sem maiores sacrifícios…
sábado, 3 de outubro de 2020
sexta-feira, 2 de outubro de 2020
A LUA VERMELHA
A lua pega imagem, trança suas luzes alvas com
o furor que acomete
A trança das luzes dos resultados do
fogo,
Coadjuvando com os estranhos e reptílicos cenários,
ausentes
Quiçá
de uma pequena sobra de humanidade, e quem sabe houvera
Uma
alocução verbal que cessasse a brutalidade contra fauna e flora.
A
lua vermelha é o peito de quem seca, é o olhar contra a
pimenteira,
O desejo do desastre e suas fomes de destruição,
É
a vida não celebrada enquanto morte, é o notívago e sombrio
dilema
De que outros já fizeram como nós o contrário do que
fazemos a nós mesmos…
A tradução de que o estrago
monumental é obra de um dos lados ideológicos
Vem de uma
mesmice em que em todos os últimos anos o mesmo estrago se dá
Na
objetificação das classes e dos recursos, na clausura em reformar o
irreformável,
No pretendido ente
das catervas, na caverna crua e nua de um profeta eremita!
Mais
do que uma única palavra de centenas de versos, o que se diga
Seja
a ser o oposto daquele bom senso que tantas vezes
conhecemos:
Enquadrado, dilapidado, e por isso a poesia come
solta
Nas vertentes de um plano que resguarde a não cidadania
dos índios.
Enquanto estes veem em seus deuses a lua
vermelha como um ícone sagrado
Talvez queiram saber por
modalidades não científicas, em uma pajelança
O porque das
divindades indígenas terem trocado as cores da mesma lua.
É
da mesma não necessária inclusão que falemos, posto a selva
queima
Nos sítios onde uma resiliência torna-se premente, a
saber,
Que Roma nem sempre se consagrou com sua pretensa águia
libertadora!
Pois que sejam
versos e mais versos, em um andante mobile, em piano,
Leve na
tradução de algo maior do que o mesmo tempo
Que porventura
erigiu o cadafalso do humanismo no mundo…
Perverso é o
pensamento de quem tem a ciência cartesiana
Do que acontece
realmente com o rubor da lua,
Quando sabe que por baixo das
árvores residem riquezas
Na mesma medida em que um garimpeiro
deixa seu mercúrio no rio
E evanesce de felicidade quando
encontra uma pepita para o prostíbulo.
As palavras podem
ser extramente duras, parceiros de lida,
Mesmo quando não
pretendem ser como o fogo que devasta tudo,
Mas
quando se diz que ensejemos um nacionalismo febril e precoce
Teremos
tempo na juventude de nossa Nação que, mesmo com
dificuldades
Saibamos não fazer sentido termos juros sobre
juros entregando mananciais!