segunda-feira, 14 de setembro de 2020

OS SINTOMAS DE UM JOGO UNIVERSAL

 


Jogar algo para encima de um quadrante quase permitido
É algo de uma lúdica referência quase abstrata
De não permitirmos os freios que se revesam nos vieses
Do que se espera seja apenas um jogo, e não mais reflexos…

O jogo pode encerrar algum universo de uma matéria,
Ou os sonhos de nosso profundo inconsciente vivo e nu
Porquanto encerremos os nossos sonhos em uma medida
No viés soletrado de um verso arrebanhado pelo tempo.

Esse tanto de compreender, se não fora o suficiente
Será o mesmo jogo de adivinharmos quem fará o mesmo
De um sempre que jamais se renova, na modalidade de vestal
Em que uma Lei antiga se sobreponha ao que não é legal!

Em consonância com o tempo que encerramos em um relógio
Daqueles de areia, urgimos por ver que se volatiliza uma veia
Na dimensão onde não encontramos um esquadro e um prumo
Por encima das regiões mais ensombrecidas da engenharia!

Regiões mais inóspitas de um crescer das gentes e do gosto
Que se faz do paladar das palavras, um gosto que se agiganta
No mais que se agigante a ponto de soletrar um paraíso
Que possa existir, ao menos no pensamento ou no sonho de algo.

Vertentes de um jogo sem causa aparente merecem um destaque
Nas vigílias de um homem, nos carinhos de uma mulher, no través
Quase abstraído de um olhar, na mediana curva de uma pesquisa,
Nas reticências nuas de um entremeio de linhas, um final de frase.

Quase sobrepairando ventos, vemos o mesmo vento que nos fala
Ao mexer compartindo uma palma, a ver que o mesmo dia que nos diz
Passa a ser silencioso em uma outra esfera, qual não seja a parte
Que nos caiba dentro de um espaço imaginário além fronteiras…

A beleza cristalina com seus olhos de esmeralda, traduz a si própria
O que se queira dizer com outros o que se resguarde no castanho
A própria vez em que se diz que o turvo não existe no limbo
E a esperança se forma a partir dos olhares mais serenos do planeta.

Nenhum comentário:

Postar um comentário