Não há muito o que se
comemorar do mito fatídico da destruição… Um tempo perene ceifa
árvores e ceifa homens e mulheres. Não que o editor do processador
de texto não queira excluir propriamente o termo ceifar, mas que
ceifar as árvores é mais do que quase o do imperativo. Não há
razões muito apropriadas nas questões dos ganhos, pois os
detentores da razão, pelo menos no hipotético lado deles, pretendem
o faturamento sem conta, o aspecto jurídico cooptado pela
facilitação, o que os torna simplesmente falcões a seguir com os
olhos os ratos que pretendem abater de cima de quatrocentos metros na
altitude. Seus mergulhos remontam estes mesmos metros e quilômetros
por hora, terminantemente quase nada sobre em suas presas. Pobre
coitada da onça que vive em nosso país, e não pode ser um Falcão
Peregrino, espécie rara, porém não faltante… Esta onça que
possuímos em nosso país, patrimônio existencial do planeta,
relembra a importância de Galápagos para Charles Darwin e, por mais
que este homem que vos escreve seja religioso, penso que houve uma
Evolução das Espécies, pois não é o ser humano a culminância,
isso em uma prerrogativa irrisória de sabermos que o Homem e sua
técnica de manejo destrutiva acaba por fracassar como espécie, o
que não dizer dos dinossauros, que viveram muito mais tempo sobre o
planeta, legando o óleo bruto como riqueza exponencial de uma
extinção de motivo externo! Um cometa, meus caros. Apenas isso, e
nos perguntamos: eram os deuses dinossauros, eram mais tarde os
australopitecos, neandertais, o cro magnon, o homem de Pequim, os
guerreiros hindus, o nascimento da Mesopotâmia e a origem da
civilização?… Fala-se tanto em conhecimento bíblico e, no
entanto, apenas uma escritora como Agatha Christie, quando casou-se
com um arqueólogo resolveu incrementar os seus romances com
maravilhas da descoberta do conhecimento: essa sede do conhecer,
linda, maravilhosa, essa forma de querer dizer ao mundo a arte,
embasada, criteriosa, onde os ignorantes mais vis não encontram seu
feed back natural.
Não
se esteja totalmente de acordo em engajar apenas o conhecimento com o
fator político ou ideológico, pois essa instrumentalização acaba
por cansar as estruturas sociais mais cultas, que querem por si
descobrir dentro do universo das suas próprias descobertas os
ensaios que mais lhes apeteçam, entre estes a cultura universal dos
povos. Não há porque reinterpretar povos bíblicos se apenas se
lhes aprouve gostar da religião e nada mais, mas também é
igualmente importante que ditos povos não queiram tornar uma
sociedade de luzes na escuridão do dogmatismo e da ortodoxia
religiosa, tornando nossos meios de pesquisa e fruição estética
algo do gênero da subversão onde nesta palavra não há sentido
cabal e inerente ao conhecimento.
A assertiva de estarmos
realocando valores neste breve ensaio é apenas para conferir que em
todo o fundamentalismo de ordem religiosa negamos os valores amplos
da cultura: na música, nas artes visuais, no tato de uma cerâmica,
no design industrial, na arquitetura, e nos padrões de conduta que
regem todas as instituições democráticas e soberanas de uma nação,
de um continente, de uma visão cosmopolita, internacional dos fatos
e registros históricos. Em uma notícia do The Guardian, por
exemplo, se encontra farto e confiável material sobre o que acontece
no mundo, mas em certos veículos simples e toscos de expressão
apenas vemos o refugo de fakes que tornam por vezes um mau governo
factível, possível em sua fraca existência, somando-se a números
e quantidades que se prevalecem de uma massa ignorante, a ponto de
pensar-se que o Juízo já está finalizando a contenda entre o que
se chama bem ou mal, e que me perdoem a postura, pois não há como
colocar aspas nos termos… Reconheçamos, pois, de uma vez por
todas: toda a forma de viver violentamente é errada, todo o modo de
negar ou obstruir, ou censurar modos culturais incide igualmente em
erro. O modal de se perseguir qualquer etnia, crença ou posição
política é errado! Atentar contra a normalidade democrática, ou
imiscuir-se em assuntos internos de outras nações, são erros de
catástrofe, de atraso, de interpretações, ao mínimo, duvidosas e
unilaterais. Seguir errando para se perpetuar na mentira também é
um grande erro, pois a Verdade é um Iceberg que se move de
continente a continente, não necessariamente gelado, mas com
consistência de pedra: imexível, irremovível, a quem interessar
possa e à disposição tanto da luz noturna quanto das tempestades
de verão, luminosas em sua plenitude.
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