domingo, 6 de setembro de 2020

CREIAMOS NAS CERTEZAS

          Cremos sempre em algo em que a certeza tem ancorado o saber… Esse modal indecifrável da querência de crermos no que temos por certezas, por vezes acumuladas, nisto de sabermos, nem sempre por experiência, por vezes por respostas enviesadas, por vezes por dúvidas acumuladas. Quase sempre tateamos no escuro, quando imensas questões não nos respondem, como se perscrutássemos as sombras, como se nos lembrasse um tempo onde não haveria um morador de rua, onde a rua existisse como algo parco de luzes, e os viandantes não habitassem nossa consciência. Haveria sim, um mundo mais fraterno, e a solidária parte da ausência do sectário não fizesse parte do status quo em todas as frentes oniscientes…
         A matéria em si, o material senciente, o concreto das similitudes, o berço das roupas que vestimos, tudo denota a concupiscência de termos por vantagem a frente de um recurso a mais, recursando, tergiversando as contas, medindo os consertos. Só nos basta a preferência pela ciência, o alvorecer da crista de uma onda nada superficial, posto apenas em um lócus de observação podemos medir os avanços paulatinos da alterna ciência. Não por tantos os tempos, os termos de nosso observatório, mas por longos trechos encamparemos o que se é do comparecer. A vida não espera que sejamos tão precisos, mas algo de referendarmos no ar o que se é de vida sonante, harmônica, que seja dada a largada para o sucesso da empreitada.
          Há de se crer nas certezas, como algo de fogo fátuo que se nos apresente: que seja o Boi Tatá, que venha de uma goiabeira, que se diga o que se vê, mesmo na alucinação esquizofrênica. Mesmo porque, em certas certezas existe todo um conteúdo imaginário como a de Joanna D’Arc que salvou seu país, tendo as visões e escutando vozes, na luta contra os algozes contra o seu país. Se alguém afirma categoricamente que teve uma visão, que seja esta aceita pelos mandantes do país, pois para cada passo de um ceticismo existe o especular do espetáculo maravilhoso, o lado dissonante das paixões… No entanto, se todo o país passa por um processo regular de uma feita que não respeite as instituições que primam pela razão, essa falta de critério vem apenas a prejudicar o andamento de suas barreiras de Lei, e isso não será bom para o andamento da democracia, posto ninguém saber para onde caminha realmente o andamento do que nos espera um Governo que possa primar por essa questão, nisso de se caminhar para um lugar comum.

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