Cremos sempre em algo em que a
certeza tem ancorado o saber… Esse modal indecifrável da querência
de crermos no que temos por certezas, por vezes acumuladas, nisto de
sabermos, nem sempre por experiência, por vezes por respostas
enviesadas, por vezes por dúvidas acumuladas. Quase sempre tateamos
no escuro, quando imensas questões não nos respondem, como se
perscrutássemos as sombras, como se nos lembrasse um tempo onde não
haveria um morador de rua, onde a rua existisse como algo parco de
luzes, e os viandantes não habitassem nossa consciência. Haveria
sim, um mundo mais fraterno, e a solidária parte da ausência do
sectário não fizesse parte do status quo em todas as frentes
oniscientes…
A matéria em si, o material senciente, o
concreto das similitudes, o berço das roupas que vestimos, tudo
denota a concupiscência de termos por vantagem a frente de um
recurso a mais, recursando, tergiversando as contas, medindo os
consertos. Só nos basta a preferência pela ciência, o alvorecer da
crista de uma onda nada superficial, posto apenas em um lócus de
observação podemos medir os avanços paulatinos da alterna ciência.
Não por tantos os tempos, os termos de nosso observatório, mas por
longos trechos encamparemos o que se é do comparecer. A vida não
espera que sejamos tão precisos, mas algo de referendarmos no ar o
que se é de vida sonante, harmônica, que seja dada a largada para o
sucesso da empreitada.
Há de se crer nas certezas, como algo
de fogo fátuo que se nos apresente: que seja o Boi Tatá, que venha
de uma goiabeira, que se diga o que se vê, mesmo na alucinação
esquizofrênica. Mesmo porque, em certas certezas existe todo um
conteúdo imaginário como a de Joanna D’Arc que salvou seu país,
tendo as visões e escutando vozes, na luta contra os algozes contra
o seu país. Se alguém afirma categoricamente que teve uma visão,
que seja esta aceita pelos mandantes do país, pois para cada passo
de um ceticismo existe o especular do espetáculo maravilhoso, o lado
dissonante das paixões… No entanto, se todo o país passa por um
processo regular de uma feita que não respeite as instituições que
primam pela razão, essa falta de critério vem apenas a prejudicar o
andamento de suas barreiras de Lei, e isso não será bom para o
andamento da democracia, posto ninguém saber para onde caminha
realmente o andamento do que nos espera um Governo que possa primar
por essa questão, nisso de se caminhar para um lugar comum.
domingo, 6 de setembro de 2020
CREIAMOS NAS CERTEZAS
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