terça-feira, 8 de setembro de 2020

A VIDA PEDE PASSAGEM

 

        Como se não bastasse a discórdia pretendida nestes tempos obscuros, talvez fosse tolo afirmar que sempre há o mundo de ser da paz, a paz da coragem, com voz, com intenção primeira de se fazer um mundo mais justo, de se pensar em concordar com a boa ideia, se esta for ou vier para agregar, tanto no panorama do conhecimento quanto na busca da cura e do provento às populações enfraquecidas pela carestia.
         A saúde mental e a não internação compulsória vira o lado da moeda mais sonante, uma representação alvissareira de todos os que pretendem se solidarizar com a face mais sombria de questões muito antigas e ultrapassadas no tratamento da esquizofrenia e psicoses consideradas graves e que, no entanto, já pertencem ao tratamento ambulatorial como medida efetiva da libertação dessa gente vulnerável ao seio da sociedade. A vida encerrada em um manicômio só pode significar, quando de modalidade cruenta, um cerceamento da existência onde o enfermo pode encontrar nos centros de assistência psicossocial uma retaguarda alternativa de viés humanístico onde se encontra com o lado da normalidade onde busca a relativização positiva de sua enfermidade, com a sociabilização com gentes que positivamente fazem a diferença, como centros de auxílio e outras séries de medidas que tornam os agentes de saúde verdadeiros guerreiros na luta antimanicomial. O que devemos ter como premissa básica é buscarmos empoderar os agentes que lutam por sistemas mais humanos nessa plataforma de atuação, pois o manicômio, antes de tudo, para o seu fiel funcionamento, há de ser ou tratar os pacientes que estão ameaçando as vidas de outrem ou de si mesmos, no grau de resguardar a vida acima de tudo, mas não propriamente aos casos que podem ser tratados ambulatorialmente.
          Se houver uma frente de especialistas em saúde, não propriamente apenas nesse âmbito, mas em conformidade e defesa do SUS, com a gana de vencer uma eleição realocando os interesses e a missão de lutar pela saúde em nosso município, isso de monta merece especial atenção de todos os eleitores que possam envidar esforços numéricos para combater todos os requisitos que tornam o berço dos nossos naufrágios na saúde os problemas atávicos de um país que aos poucos denota perder a efetividade nesse campo. A Democracia nessa alçada faria seu bacharelado em ciência da medicina, posto um médico experiente na vereança da capital faz a diferença, com toda a assistência necessária de seus correligionários… Em uma verdade cabal, significa esse fato ou possibilidade a realidade de suprir demandas intransponíveis com uma outra realidade de descaso ou faltas. O encaminhamento da legenda de Baratieri como Vereador da Capital de Santa Catarina é o sopro que falta em um respirador, de tantos os sopros faltantes e que nos fazem o alarme na nossa cidade. Seus psicólogos que cuidam da saúde mental vêm apenas a enriquecer a batalha que deve ser travada como condição sine qua non de todos os procedimentos humanos capazes de dirimir sofrimentos que grande parte da população ignora que existam. É essa aproximação do humanismo com os meios da Democracia que podem nos fazer ter esperança na raça humana, nos seus quesitos, na sua racionalidade e na sua lógica positiva no sentido de fazer mais e melhor: para TODOS!
          Graças a Deus a Saúde ainda possui um Ministério, e esse espelhamento sereno e histórico em uma cidade como a nossa revelará aos povos quanto é importante uma vitória nesse setor, e o que significa estarmos em um criticismo de um desafio sem par, de uma ventura que só pode trazer vantagens, não importando mais o viés ideológico, mas a organização e sinergia que devemos açambarcar para não restringirmos o esforço na questão política, agora, de somenos importância, pois estamos tratando de profissionais e lideranças comunitárias, e apenas isso já é suficiente – com os diálogos permanentes e incessantes – a uma vitória única! Vivamos a história em si, e não façamos inimigos, posto a luta interna de nossa consciência a se manter vigilante é a maior possível.

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