terça-feira, 29 de setembro de 2020

O QUANTO DE SE PENSAR…


Verte-se no peito a maneira ortodoxa do pensamento
Quando claudicamos na vida, quando cogitamos ser
Uma frase de libertação, onde quem sabe uma simples letra
Possa resumir um estado de espírito, uma chancela sem valor,
Uma brincadeira dos outros mundos, a virada exemplar
De algo de codinome que seja, um nome qualquer
Que explicite tudo o que está residindo em nossa dúvida!

Um homem que atravesse uma avenida, com todos os percalços
E que, porventura seja, consiga efetuar tamanha travessia
No que nos portemos bem: nós, que estamos por trás dos volantes
E que sabemos dos direitos dos pedestres, antes mesmo dos nossos
Que nublamos nos entendimentos maiores, que não vemos antes
Do merecido proceder de antanho, da vértebra que nos obedece ao tempo!

E que pensemos tanto de tudo e de todos, qual sinal de tempo imorredouro
Que não venha a prescrever as horas, que se diz da nuvem de vidas
Aonde não prescreve a altitude de nenhuma serra fora do mapa
Quanto de sabermos que a andança de uma pessoa quase sana
Verte em seus papéis de registro uma onda que perpasse a calma
Anunciada por novos tempos, pela premissa de se viver bem
Quando na verdade a carestia remonta tempos excessivamente sombrios.

No se reportar alguma informação pertinente, não caiamos no verso
De escusas preliminares, posto uma prova latente na questão do vazio
Remonta dias de perscrutar-se o único significado de uma veia
Que transporte-nos a uma região única do universo de uma palavra…

A esse comparecimento do exemplo, tal não seria dizer mais
Que, em virtude do aparecimento dos significados, uma lide
Nos dite a mais do que aparentemente obedecemos perante
Hierarquias cabais que jamais pudessem nos dizer respeito!

Nos dossiês mal encontrados, na pátina ferruginosa dos tempos
Haveremos de revermos os pontos de alguma referência
Quanto de sabermos cada vez mais do conhecimento viral
Que não nos acometa a voz mal pronunciada sem o alento
De uma profusão a mais de esperanças, de um time de dentro
Para a imagem externa de um pássaro que nos diga de passagem
Que o corvo jamais pronuncie a frase: nunca mais! 


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