quinta-feira, 16 de julho de 2020

UMA INTRODUÇÃO À ORGANIZAÇÃO


           Tudo tem o seu lugar. Se temos muitas peças de arquivo, tendemos a guardá-las como trunfo ou regalias da acumulação de dados, e desta forma aceitamos qualquer registro de ideias – por vezes pífias – a alicerçar pretensos e intrigantes currículos ou portfólios. Depois de qualquer vereda de trabalho, trazemos à tona papéis, rabiscos, contas, pagamentos em espécie e tarefas que por vezes são mais duras, mas que trazem todos esses elementos à justificativa de mantermos certa ordem, alicerçada pelo método mais transparente de organizarmos as nossas coisas, de cortarmos as preocupações baseados na nossa prática cotidiana. Essa mesma prática que contorna, que organiza cabalmente nossos arquivos, que altera considerações impróprias na informática, que cresce ressaltando documentos realmente necessários, e que não estrague dados importantes. A organização e o método teoricamente parecem funcionar, mas, na prática, vêm da necessidade de querer o melhor enquanto funcionalidade e permissão individual a um trabalho com recursos próprios e suficientes, a cada qual, a cada vivente, na profusão da selva de objetos com que nos deparamos no mundo atual.
           As gerações se sucedem, e com elas passamos a ter a diferença na aquisição dos gadgets, seja um bom livro, uma peça de joia, um caderno, uma caneta, pincéis, tintas, mas nada que se possa crer que uma máquina de escrever possuísse utilidade em nossos tempos. Ou seja, para grande parte das tarefas de cada um no planeta os computadores começam a pôr seu termo nas modalidades que antes de nossas mais tenras gerações faziam a diferença com o seu modal operativo. Essa nova capacitação organizacional revela cabalmente o que nos diferencia dos tempos onde a humanidade não comportava ferramentas tão desenvolvidas como hoje. Podemos manifestar um conhecimento diretamente em uma linguagem de computação, podemos desenvolver a arquitetura gráfica com esse instrumento, ou ter uma consulta médica virtual nos tempos pandêmicos como na atualidade. A máquina se torna uma realidade quase compulsória, a ver que nem todos possuem sua proficiência, ou mesmo o básico conhecimento desse recurso tão amplo.
           Nas diversas modalidades existenciais encontraremos material rico para se aproveitar na organização reflexa de nossas vidas, baseado naquilo que percebemos, mesmo dentro de uma realidade aumentada, do que vem a ser uma questão de colocar estruturas de ganho dentro da proficiência de cada estudante, profissional, ou chefe de família, seja homem ou mulher. Essa proficiência vem de encontro às escolhas de cada um somado a um grande ser coletivo, quando de se pensar conjuntamente, pois nem mesmo a execução de qualquer projeto vem da experiência de um somente, quanto de estarmos sempre subordinados à coletividade, e seus aspectos culturais e econômicos. Agregar é sempre melhor do que não relacionar as nossas existências com as de outros, nem que seja por mero espelhamento, pois a função do ser social é viver em sociedade, nem sempre na variação numérica, mas em seus aspectos qualitativos. Nessa dimensão estaremos mais aptos para um trabalho qualquer, que demande mais aplicação e disciplina como outros, mais que reza na cartilha da concordância, cooperação e compreensão do próximo, daquele “outro” que nem sempre aceitamos de bom grado. Essa é a melhor forma de agradarmos nosso animismo, nossa psique que sempre será a base de sustentação vital para que sejamos organizados a partir de nosso íntimo, pois somente estando com uma estrutura sólida em termos mentais estaremos aptos a gerenciarmos nossas vidas, não apenas com relação à organização, quanto à vivência de nossa vida afetiva.

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