Tudo
tem o seu lugar. Se temos muitas peças de arquivo, tendemos a
guardá-las como trunfo ou regalias da acumulação de dados, e desta
forma aceitamos qualquer registro de ideias – por vezes pífias –
a alicerçar pretensos e intrigantes currículos ou portfólios.
Depois de qualquer vereda de trabalho, trazemos à tona papéis,
rabiscos, contas, pagamentos em espécie e tarefas que por vezes são
mais duras, mas que trazem todos esses elementos à justificativa de
mantermos certa ordem, alicerçada pelo método mais transparente de
organizarmos as nossas coisas, de cortarmos as preocupações
baseados na nossa prática cotidiana. Essa mesma prática que
contorna, que organiza cabalmente nossos arquivos, que altera
considerações impróprias na informática, que cresce ressaltando
documentos realmente necessários, e que não estrague dados
importantes. A organização e o método teoricamente parecem
funcionar, mas, na prática, vêm da necessidade de querer o melhor
enquanto funcionalidade e permissão individual a um trabalho com
recursos próprios e suficientes, a cada qual, a cada vivente, na
profusão da selva de objetos com que nos deparamos no mundo atual.
As
gerações se sucedem, e com elas passamos a ter a diferença na
aquisição dos gadgets, seja um bom livro, uma peça de joia, um
caderno, uma caneta, pincéis, tintas, mas nada que se possa crer que
uma máquina de escrever possuísse utilidade em nossos tempos. Ou
seja, para grande parte das tarefas de cada um no planeta os
computadores começam a pôr seu termo nas modalidades que antes de
nossas mais tenras gerações faziam a diferença com o seu modal
operativo. Essa nova capacitação organizacional revela cabalmente o
que nos diferencia dos tempos onde a humanidade não comportava
ferramentas tão desenvolvidas como hoje. Podemos manifestar um
conhecimento diretamente em uma linguagem de computação, podemos
desenvolver a arquitetura gráfica com esse instrumento, ou ter uma
consulta médica virtual nos tempos pandêmicos como na atualidade. A
máquina se torna uma realidade quase compulsória, a ver que nem
todos possuem sua proficiência, ou mesmo o básico conhecimento
desse recurso tão amplo.
Nas
diversas modalidades existenciais encontraremos material rico para se
aproveitar na organização reflexa de nossas vidas, baseado naquilo
que percebemos, mesmo dentro de uma realidade aumentada, do que vem a
ser uma questão de colocar estruturas de ganho dentro da
proficiência de cada estudante, profissional, ou chefe de família,
seja homem ou mulher. Essa proficiência vem de encontro às escolhas
de cada um somado a um grande ser coletivo, quando de se pensar
conjuntamente, pois nem mesmo a execução de qualquer projeto vem da
experiência de um somente, quanto de estarmos sempre subordinados à
coletividade, e seus aspectos culturais e econômicos. Agregar é
sempre melhor do que não relacionar as nossas existências com as de
outros, nem que seja por mero espelhamento, pois a função do ser
social é viver em sociedade, nem sempre na variação numérica, mas
em seus aspectos qualitativos. Nessa dimensão estaremos mais aptos
para um trabalho qualquer, que demande mais aplicação e disciplina
como outros, mais que reza na cartilha da concordância, cooperação
e compreensão do próximo, daquele “outro” que nem sempre
aceitamos de bom grado. Essa é a melhor forma de agradarmos nosso
animismo, nossa psique que sempre será a base de sustentação vital
para que sejamos organizados a partir de nosso íntimo, pois somente
estando com uma estrutura sólida em termos mentais estaremos aptos a
gerenciarmos nossas vidas, não apenas com relação à organização,
quanto à vivência de nossa vida afetiva.
Nenhum comentário:
Postar um comentário