De
tanto que nos falemos, não se surpreenda um tempo
Equidistante
da ternura e de rumores,
Que
se engendrem grandes fantasias
No
que um resida no castelo, e que outros mandem víveres
A
sentir que – genericamente – estaremos a enviar postagens!
As
mesmas que não cessam, que são escritas com o suor
De
um misto de samba de raiz, de um misto de calores
Que
demandem tempo, obviamente, em um dito de chofre
Ou
em qualquer painel de Jung onde não perdemos quase nada.
Desse
inconsciente gigantesco, desse iceberg mergulhado no escuro,
Da
plataforma científica ou anímica, o silêncio reverbera no alto
De
uma alvorada silenciosa, de um tempo oculto dos olhares
Que
por vezes jamais olham e, em outras, seguem não olhando…
Ao
olhar interno que se passa conosco visto em um tempo
Que
não recuperamos todo o seu passado glorioso
Virão
todos a um exame criterioso e erudito, a ver,
Que
nas lacunas da sensatez reviramos o espírito!
A
verve que se nos dite a aurora, fremente em outros dias,
Que
não se comportam exatamente como um trinar de pássaro
A
despertar um homem que busca justificar na poesia
Aquilo
que não se esperaria de bom grado que fosse o próprio silêncio.
Não
que nos atordoemos com o nada, mas de perfis escusos
Reverbera
o mote de termos assentado nossas vidas
Por
um lado qualquer que não ensombrece nosso espírito
Mesmo
em meio a pífias declarações que nos aclare nossa voz.
Assim
de se prosseguir ditamos a alfombra de nossos dias
Àquilo
do desejo de sermos mais ruidosos do que nas noites
A
predicar um verbo silencioso no caminho algo rupestre
Em
que nos encontraremos no próprio ocultar da alvorada…
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