terça-feira, 14 de julho de 2020

ENCAMINHAR-SE PARA A SAÍDA


          Vemos seres notívagos sem vermos, pois por vezes dormimos cedo. Na hora certa, sem contradições, pois um homem ou uma mulher de celibato a que se consintam não veem muito as horas de conquista nesse plano. Uma endemia deste vulto não merece que nos aprofundemos nessa questão, firmar contratos afetivos ou não… Saímos pela tangente, não por falta de sentimentos, mas da reserva de estarmos na plataforma algo solidária entre gentes, e não no imiscuir-se de propósitos outros que nublam as nossas aplicações. Mantermos aplicados nossos sentimentos e por vezes uma carestia existencial é sempre um bom motivo para relermos o dia a dia de nossas vidas e encabeçarmos nossas propostas de projetos mais elementares do sentir e do fremir a própria vida que se nos apresenta. Uma equação fundamental é vermos que em uma simples gramínea está um dos segredos, que não seremos superiores a qualquer ser, desde que descubramos a latitude do que é estar ciente da vida em outras entidades vivas, como o cão, a árvore, o arbusto, o gato e a formiga, entre milhões de outras espécies no planeta. Saibamos que na vida de uma árvore estão outros seres, que dependem dela em sua simbiose, que se abrigam de certos ataques, que dispõem de seus alimentos, que usam suas cascas para um abrigo, entre tantas outras coisas que disponibilizam funcionalmente o bioma sustentável de suas estruturas corpóreas. Uma árvore não está sozinha na selva e, a cada árvore derrubada na cidade sabemos a falta que nos dá. A selva tem milhares delas, e a uma que não apareça no bairro do planeta, não sabemos por vezes quem foi ou o que será, distando uma visão do satélite sobre áreas em que viviam centenas daquela. Simples, uma árvore não tem escape, não tem por onde sair… Nós temos, e saímos por onde? Por uma porta, por um portão, por um edifício, e nos encaminhamos a ver nos noticiários que os prognósticos no desmatamento apresentam progressões cruas de que foi menos pior do que o mês passado. Que tantos seres fenecem quando queimam ou quando desmatam as nossas florestas? Obviamente não esteja em um script de muitos, pois estes vivem em condomínios com toda a segurança, e que não passam em si pela queima de seus pertencem e muito menos pela de suas razões ou de sua vidas. Encaminham-se por suas saídas, trabalham sem ver o desastre amazônico, ou mesmo cuidam com suas armas propriamente estabelecidas para esse mote a ver que populações indígenas sofram sem os cuidados mínimos de suas reservas.
          Dista muito a lógica da preservação e o caos da devastação… A lógica fala mais a verdade, posto estabelecer em domínios de perdas ou ganhos o que é mal do que é bom. Visto ser no Direito exemplar que não se estabeleça a exclusão de nenhum povo, pois é na Carta que possuímos que aquele se restabelece dentro de uma vereda conflitante, mas é a partir de certos conflitos que estabeleçamos a conduta logicamente mais sensata. É isso apenas que esperamos por um Estado Justo, e não a prorrogação de atitudes que nublam a cordialidade que deve existir no diálogo entre as diversas e opostas frentes que se dispõem nesse grande tabuleiro que abriga as gentes e outros seres em nossos países, sejam eles mais preservados ou não. É uma questão internacional a de dialogar frequente e abundantemente com as mais variadas forças do mundo, e é nessa mesma questão que se firma o propósito de não se rechaçar nenhuma força – interna ou externa – quanto de sabermos que uma mão forte pode ajudar a mais tíbia, e não se explique, jamais, que ignoremos quiça a boa vontade daqueles que se dispõem a guardar reservas e observar com mais cuidado o que se passa. É nesse perfil que se encontra o berço do desenvolvimento gradual. Tudo, à parte, não é.

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