sábado, 4 de julho de 2020

A COMPREENSÃO DE NOSSA ESFERA


A liberação de um homem passa pela esteira de uma vaidade
Que estaca a posição que não se refresque muito, pois de tudo
Sabe-se sentir uma atmosfera soturna, um turvo modo
Que na existência dite alguma plataforma exitosa…

De se recalcar uma vida não nos ressintamos de saber o porquê
De latitudes pétreas onde não se resigna um tempo de outrora
Quando de sabermos que o tempo não retorna a um trigo
No de saber-se o pão, no de saber-se o calor de um ninho.

Refreamos nossos ideais de circunspecção, de joio outro
Que deixamos procrastinados em uma mesa de selecionar
Aquilo que desejamos no imo, uma frente quase orbicular
De visão mais ampla, ou mesmo apenas a retidão do caráter!

Sempre que ensaiemos um verbo qualquer, mostremos a nós mesmos
O mesmo verbo ser transudado em vários contextos, a voz que parte
De uma querela meio vazia a um platô de frente exponencial
Que faça jus ao que se queira, e que não quebre a efervescência do dia!

Desse não quebrarmos nós nas frentes de batalha nada convencionais
Estimamos segredos incontáveis, lutas sem a contenda normal,
Perífrases de tanto a se educar o gosto, que nem a mais usual forma
Detém no corriqueiro gesto o significado primeiro da palavra.

E que esta verve assintomática revele por si e de per si a frase
Que contenta períodos curtos, que sobrevenha no caudal do rio
Onde cometemos nossos enganos a cruzar pelos vaus
Que não conhecemos nas tessituras de traiçoeiras pedras.

Nessas vertentes e nesses pressupostos estará a memória
Como deusa inenarrável e circunflexa, a via mais primordial
De um funcionamento quase vertebral do pensamento
Naquilo que escala a mais uma vértebra do conhecimento.

Podemos negar o inconsútil, o remendo do medo
Que tergiversa com a inquietação dos sem fé
E acrescenta a um profundo dom da religiosidade
O parâmetro que não é escuso posto legalidade do imo.

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