Moram
os deuses no olimpo que não vemos
Ou
quando temos o temor como condição
Daquilo
que não sabemos ou temos a outra
Condição
do vento que não escapa à lógica…
Retem-se
o núcleo de uma esfera de ocasião
Quando
de se pensar se pensa, na antemão
Do
que se versa na ordem oclusa dos sentidos
Ou
na refração mesma de ordinários faustos.
Quem
soubesse quem fôramos, ah quem dera,
Pois
que somos o tanto da aurora, somos o patíbulo,
Somos
o encarceramento dentro de nós mesmos,
A
ordem justa que não procura o firmamento.
Assim
que se saiba da ordem outra que não fora
Mas
que nos apercebemos que existe dentro
Ou
na parte de uma incandescente luz de feltro
Qual
não queimasse a peça, se faz de outra dentro.
Um
dia queiramos saber dos mistérios da poesia,
Mas
que esta não verta sentidos maiores do que um
Que
diste mais do que a superfície lunar de uma mulher
Que
se despe sem contrassenso, a se tornar apenas nua!
A
quem se dissesse algo sem contradições, seria a falta
De
sabermos de quirelas maiores do que a não ocasião
No
périplo das invencionices, na versão que se não nos dá
Sequer
a superfície da incerteza, a linha do anti retoque…
Segue-se
o pêndulo das invectivas, a poesia sonante
Em
que um de marcha se antepõe diante de síndrome
Nada
do que seja algo de prenúncios de sempre
Mas
revela a consonância da esfera racional da razão.
Assim
se prossiga o anúncio do animismo vazio
Por
ocasião da entrega, por veia, por negócio quase escuso
No
que tentamos evitar com todas as forças, mas em seu cerne
Vai
de encontro com uma simples maioria de um terço ou mais.
Vilipendia-se
o homem, a mulher se vende, o negócio se acerta
Qual
negócio, o vivente passa a ser numerado, os genes
Perfazem
o código de barras e não tentamos mais nada
Do
que seria melhor se não estivéssemos parcos com o olhar.
A
esquerda camba, a direita evanesce, o centro oscila,
O
“outro” olhar encampa, e seguimos querendo por escolha
Apenas
viver melhor, independentemente da circunstância
Onde
o que é nunca foi e o que será jamais era um dia seria…
Na
virtude de um pensamento será o dia algo que nos traz
Um
bom ou um mau tempo, o que a tarefa do giz na lousa
Talvez
seja o que há de mais concreto, do que a profusão
Da
manipulação de escrituras que se revelam menores ainda.
Datamos
de uma Era que não será fácil, posto a hipocrisia
Finca
em seu solo a derradeira sentença, a penitenciar
Justos
e reveladores das ocasiões melhores a se aceitar
Quem
fosse maior do que a tempestade de que um aceite.
Segue
a poesia, tomando o fôlego de um rock dos bons anos
Quem
sabe, daqueles setenta e sessenta do último século
Quando
porventura enfrentamos o início do milênio
Com
um pé atrás, e outro na vanguarda de termos a libido só.
Infelizmente
vemos o término das culturas, sendo quase o final
De
uma coisa que não cessa, das invectivas das mesmas coisas
Naquilo
que chamaremos um dia de ideal o prenúncio dos dias
Na
circunspecção de estarmos vivendo dentro de uma regra principal!
Nenhum comentário:
Postar um comentário