quinta-feira, 30 de julho de 2020

LADO A LADO


Lado que se nos dê, um flanco apenas, um dito popular
De um front equidistante da lida que nos se turva,
Do recôndito dos prazeres efêmeros: o prêmio
Em que não mereça sequer um falso combatente…

A consolação dos que se afligem, sabendo o quão
Fazem por merecer o ignorar de seu povo, o clã
A que pertencem por quimeras de uma desdita
Ou a promessa de ascensão na simples hierarquia.

Não que tergiversar seja sempre bom, mas há
De muito a se saber dos versos outros que ponteiam
Por cá de contarmos esquadras mais proficientes,
Por contarmos de uma força que não se deixa enganar!

De muito rancor se faz um operativo débil, no tanto
De podermos escalar verdadeiras vertigens lúcidas
Sem o prazer da irracionalidade que reside no instinto
Porquanto da razão se nos encontra o certo rumo…

De uma terra planificada pelo bom senso, escapes
De um tanto que não faz mote de desunião,
Mas que escapemos da irascibilidade usual
Do que fazem parte os turvos opiniosos de ocasião.

Seremos sempre maiores do que a suposta inflexão
No que saibamos de um simples caráter do coletivo,
Ou de um mero grupo que almeje uma solução
Na parte que nos cabe em todo este nosso mundo!

Parte-se de uma opinião somente, uma pouca visão,
Que seja, mas uma outra parte nos diz a querela
Em que porventura nem sempre participamos dela
Mas que denota a parte outra em que participamos…

Entrante nos dias de alvissareiras paragens,
Nos resta encaminharmos as cavalgaduras para o rio,
Entrarmos na floresta de rochedos com um passo adiante
E constatarmos que ao nosso lado batalha um contendor!


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