quarta-feira, 22 de julho de 2020

A DIMENSÃO ABSTRATA DE UM MODO


Serão os dias paródias do em si mesmo, quiçá um modelo
A que se imite na ocasião de uma vertente da cultura
Ou seria o dia maior do que a noite, no verso que escapa
Dentro do túrgido arremedo que temos em nossa realidade?…

Dentro do escopo vário em cada atmosfera do surreal
Tecemos arquétipos dentro de uma simbologia mítica
Onde biblicamente se desfaz o nó da credulidade
E onde se passa a mesma e velha questão da crença!

No estilo mais rebuscado que se encontre em algo de história
Encontramos por vezes o não significado, uma abstração
Em que, por arremedos de ventos não se alcança sempre
Aquilo de que gostamos na sedimentação ilusória.

Nada do que é sumamente farto realoca a questão da dúvida
Posto necessidade da fartura, importante veia que se nos escape
Na dimensão crua de uma plataforma, que seja, em um viés
Quase dissonante na vértebra equalizada na justiça cabal.

Uma ordem equânime há que se estabelecer, dentro de algo
Que é um fato renitente naquilo que não se pretenda de um lado
A ver que na sonora digitação de um texto se apreende
Que se todos os caminhos nos levam a Roma, esta está em si!

E são muitos os caminhos da Via Ápia, nem sempre toscos
Porquanto nos levem ao possível Vaticano de nossas intenções
A realização primeira de um líder religioso que significa
Qualquer formação que não denote a negação do primado.

Uma leiva que nos assombra por sua criteriosa geometria
Permanece em nosso inconsciente coletivo de monta
A que nos apercebamos de uma estrutura reinante
Na própria concepção do lavrador quando larga a semente!

E é por essa assertiva no entendimento de que a vida
Não seja um caudal do que é vil e inóspito, mas apenas
Do que podemos encontrar no entendimento fácil
Quando por este soubermos que tudo possa ser quase abstrato.

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