Não
há mais a independência lógica e progressista de um mercado que
esteja ainda acreditando que as regras liberais da oferta e da
demanda estejam vigorando no mundo ocidental, nos dias de tantos
sacrifícios que se percebe no andamento das sociedades ditas livres.
Livres somos para morrer de pobreza, da falta de atendimento médico,
questões que no Oriente distante não são aprofundadas dentro de
sua lógica realmente progressiva, onde se vê que a Coreia do Sul já
não está com uma situação de extrema gravidade, já antecipada
pela China – antes epicentro global e com seus esforços de ordem
coletiva já fora da crise.
Era
de se esperar um egotismo exacerbado de um império em decadência
como o dos EUA estarem prognosticando a necessidade nada altruísta
de se garantir, mesmo sobre os países como o Brasil, meros satélites
dessa potência. Sairemos ilesos? Talvez possamos acreditar que no
nosso país possuímos um epicentro de solidariedade, de humanismo,
qual não seja por vezes com graves óbices, mas guardando as
reservas necessárias de termos uma unanimidade nacional, quando
aqueles que por aqui ficarem, como os profissionais da saúde e
estrangeiros do mesmo setor ajudando nossos cidadãos e lutando para
derrotar esse inimigo em solo pátrio.
Saibamos
que na lógica de mercado é cada um por si, e os economistas que não
se prepararam para saber o que é intervenção do Estado acabam por
não auferir valores de extrema importância nesse requisito
essencial de nossas frentes. No jogo que se nos apresenta não
adianta mais blefarmos que os países crescerão com a liberdade do
neoliberalismo, mesmo porque a contradição se apresenta como uma
ameaça à saúde que infecta ricos e pobres, daí portanto tanta a
preocupação mundial, haja vista o Ebola africano não ter sido
levado tão a sério.
Romperemos
essa estranha escravidão mental que nos assola dia a dia, a cada
pronunciamento, a cada assertiva de ministérios que temem estarem
chamando mais a atenção do povo brasileiro do que o que não estava
previsto na ordem das vaidades… Ninguém mais será o herói,
acabou-se a mitificação de algum tipo de liderança, o que há são
bilhões de peças no tabuleiro, como um GO jogado de maneira
compulsória, onde ganha aquele que cria melhor, ganha a inteligência
estratégica, e não atitudes desesperadas de um governo como o de
Trump. Esse pretenso líder apenas acelera seus modais excludentes
com relação a países do cone sul, por exemplo, trazendo para si
toda a empáfia de assumir que agora só os EUA vão ser beneficiados
por recursos que ainda não sabem se vão dar conta de seus próprios
estragos fundamentados na ilusão.
Parece
que quando começamos a acreditar que a solidariedade é mundial,
surgem os anticristos que permeiam contra a ideia que deve ser
peremptória de união internacional, mas justamente a arrogância e
a prepotência ganham fazendo pressão sobre um mercado já exausto,
onde não importa quem ou o que, mas apenas como e quando. Essa
certeza profundamente selvática, aliás, superficial na sua
previsibilidade, é que fundamenta uma questão moral que deve estar
presente nos poderes constituídos em outras nações, mudando o
prumo para as vertentes corretas de nossas atitudes perante o
desastre, ou a consciência de cada ação que mostre aos mais
covardes a nossa Soberania. Fala-se em termos de coletividade
internacionalista, fala-se em uma demanda maior do espírito e das
Leis aprovadas em cada Constituição Federal, fala-se em Ministérios
hábeis, ou em como se enfrenta o caos com uma Ordem Federativa
constituída por bons homens e mulheres. Será a partir dessas
premissas que seguiremos, sem firulas, lutando por Todos!
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