segunda-feira, 22 de julho de 2019

O INSTRUMENTO DO REJEITO


Qual seria o ferruginoso beijo de musgo irrequieto
Quando encontra imensos temporais no litígio da lagoa
No que encontra o céu antes de se planar as veias
Que se entristecem na esteira aprumada da vanguarda.

A rejeição de qualquer frente pousa na medida insalubre
De saber-se andante ou mobile de qualquer aparência
No desconforme objeto do robô que não escute um atonal
Referente a qualquer brinquedo que se tenha através do céu.

Minorar a importância de um espectro algo fraudulento
É como ignorar a questão de saber-se quão longo é o dia
Enquanto se sabe que a defasagem de um proprietário
Carece por vezes de um feijão trigueiro no raiar da tarde!

Espera-se por instrumentalizar um residual espaço que urge
Não por medidas circunstanciais, mas ao leigo que pareça
Saber-se da modalidade recomposta na vitrine do rejeito!

Se há plataformas inclusivas que perdem na aferição do mar,
Quando se pula o progresso circunstante, na proa de um leme
Sabe-se do rumo por onde anda o cimento que porventura une.

Mas se o outro lado não circunscreve algo do sonambúlico
Fremir em nossos sonhos inquietos, erga-se a parede com tijolos
Nas cores que ensombram a pátria de não enganar-se a ode.

Se perde o lado de uma poesia que passa a esquadrinhar o vento
Reduz-se na fremente onda quando o que se comunga não verta
Ao chão as esperanças em que os instrumentos do rejeito
Encerram na sua acepção de esquadro a dimensão quase humana!

Se a pátria não encontrar-se com si mesma, na eventualidade nua
De seus temperamentos sucedâneos, que se mescle no seu per si
A suntuosa rede de uma Verdade apenas, independente do ato
Em que um sacerdote revele ao mundo que suas palavras nele são…

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