Por
certo é que às vezes são botões o que nos move… Se impõem como
plataforma, a crermos que até a Bíblia Sagrada é fruto dos
dígitos. Seria de monta aprendermos uma literatura sacra através de
botões, mas é no culto que a Verdade se revela, mesmo que estejamos
silenciosamente crendo que a matéria é condição da mesma Verdade.
O materialismo em excesso nos traz algo de confuso, mesmo que não
teórico, mesmo que fruto da ignorância ou do egoísmo. Que se verse
o reino material como objetificação de nossos atos e atitudes,
sendo estas conceitualmente facilitadoras de um mundo mais usual.
Você pode ser mais materialista no sentido de desejar o fruto dos
valores financeiros, e é essa a proximidade que nos coloca fundo a
questão da existência no modo do verbo adquirir, como conquista e
bênção da humanidade, mesmo que esta seja um detalhe apenas, de
vir de uma célula familiar para um teor econômico individual, ou
seja, de muito poucos. A economia planetária se ressente de
alimentar a voracidade do consumo, posto a condição de valor
colocado no fundamento da subsistência digna significa a conquista
quiçá coletiva de um povo, de um ponto pivô, da equação onde
quem pode comprar um quilo de feijão para três seres em uma semana
já dá uma conta positiva, para quem consome e para quem produz.
Subentende-se o valor tomado da moeda bruta, esse em si, de comprar
do alimento, no começo em que o valor brilha a moeda com a esperança
de mitigar a fome, ou fornecer dos alimentos: arroz, carne, feijão,
legumes, verduras e frutos. O básico, simplesmente essa equação,
que beneficia a muitos, nas escolas e nas casas, na cesta básica e
no adendo de mais valor, supracitando economia, supracitando
indústria alimentar. Parte-se daí outra modalidade, pois se temos
um hectare ou mil alqueires, a diferença será substancial para a
produção da cadeia produtiva de alimento direto, ou seja, que não
vai ser processado para engorda como ração e sim, basta-se, que os
pontos de distribuição sejam coerentes. Isso é engenharia
alimentar, de logística, de melhora de qualidade, e independe de
opinião externa, pois é fato de que nosso país pode resolver de
modo mais prático a situação de rever o processo da nutrição
correta do povo brasileiro.
A
crítica correta é usar de nosso particular engenho, de todos
aqueles cientistas e candidatos ao bom debate para apresentar
soluções, pois não adianta ficarmos na beira do lago como mídia
de oposição ou como parceiros dos Governos, como peixes se
debatendo, voltando à água e sendo pescado depois, tirando o anzol,
deixando no cesto, multiplicando sofrimentos por indução ou
sugestão, se cada ator teve seu papel histórico, e cada qual
defende seu ponto de vista, mas as equações mais complexas hão de
ter parcerias complementares para que ajudemos todos os atores da
nação a sair da crise. Apresentem-se soluções, pois de guerras
verbais bastam no fuxico dos vizinhos, e não nos tornamos um país
soberano para escutar bobagens ou posicionamentos aparentemente
progressistas, mas na realidade com a mesa posta de ontem, onde o
arrependimento caberia bem e conforme a circunstância da
responsabilidade de cada qual no panorama global em que vivemos,
errando ou não. Não se adotem pechas ou posicionamentos de ordem
hierárquica nem sempre necessários, dentro de estigmas de sermos de
rótulo x ou y. Assumir a postura de ser algoz é tão nocivo quanto
assumir a postura de ser bom moço porquanto se sabe na história o
que são as relações de poder, e o que cada qual se permitiu agir
para mudar ou transformar a água para o vinho, ou o vinho para a
água, dependendo obviamente de exemplar circunstância opiniosa, ou
de interesses duvidosos que se revelam distantes do engenho a que
temos potencialmente no país.
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