terça-feira, 23 de julho de 2019

IMAGEM E HUMILDADE


          Há que se ter noção – mesmo no despertar teórico – do que vem a ser a imagem, concretamente posta, como modo de se portar com seus convivas, ou mesmo na implementação de um projeto, e como isso reverbera positiva ou negativamente, no que dependa do diálogo em grupo, ou de um debate necessário, porquanto gestão e possibilidades. A parceria com patrícios de alguma monta, mesmo que de monta alta, hierarquicamente disposta, necessita de certa humildade, sempre. Isso é creditado na forma de Poder consolidado, é permanente enquanto participação cultural, e meio correspondente ao sentido da fala, ao falar de um gesto, ou saber escutar um pouco com submissão, sendo essa questão abordada pela transparência com codinome de um bom reflexo, no sentido de reflexão, pensamento, ideia ou proposta em sua latência positiva.
          Ambos são os lados de uma maturidade mental, ambos são os certos requisitos básicos de um prejulgamento que aconteça por vezes de modo silencioso e imperceptível, mas que de erro não se coadune a permitir-se repeti-lo, pois o dinamismo do acerto depende igualmente da contradição, para que se veja um caminho certo, por uma vereda aprumada – aí sim – de certezas duradouras, em um processo dialético e consonante com uma vanguarda de teor cerebral.
         Porventura saibamos da limitação fisiológica de nossos corpos, e essa consciência a princípio mecânica abre espaço ao espírito ou às questões anímicas, dando corpo à famigerada fé, sem ensaios, fé que seja em algo: do espírito santo ao algoritmo, das tabas e das reservas… A vereda continuada de um pensamento traçado por lógica inclusiva, serve para apontar a obviedade da disposição do caráter mais íntegro de quem quer que seja, quando este estiver disposto a aprender, afora o neologismo do antimaniqueísmo, que não existe na língua universal, posto a existência binária compreende e aceita o negativo e o positivo, o TRUE e o FALSE, o 0 e o 1, como transcendência máxima da tecnologia humana na máquina, e sua asserção na construção dos equipamentos da modernidade. A topologia do pensamento humano passa pela construção de um período gramatical de soberba, mas mesmo que a tenhamos não nos encontre algo que não seja menos do que a questão opiniosa de vulto. Essas premissas partem de uma versão quase teológica, mas que venha a ser de máxima no plano terreno – afora bíblico – que peça licença ao pensamento do diálogo a que se possa dar continuidade, na aceitação dos fatos e na persecução do que comete algo contra os direitos humanos universais.
          A aceitação pura e simples da solução de teoremas complexos que urgem serem alocados em scripts da aceitabilidade de bons e éticos propósitos perante o cenário inquietante que o mundo enfrenta, sobretudo nas vertentes do que se quer de boas e humanas propostas – nisso ressaltando-se o proteger e manter nossas riquezas ecológicas – parte de princípios elementares de condutas. Sendo estas plurais, devem convergir para os tipos de emendas que garantam a proficiência que não se encontra sobremodo apenas no corrigir dos detalhes mas, igualmente, nas quebras das amarras que endurecem o espírito e suas leis. A saber, da humildade que devemos ter com o próximo e com o desafio de estabelecer sólidas conexões com aqueles que, de boa índole e vontade, contribuem para um andamento progressivo institucional nas relações entre membros anacronicamente tornados díspares, mas que não passam de uma ilusão cabal nessa relação, ilusão que pertence a cada passo em falso que damos por vezes em direção ao nada. Esse retratar-se uma época tende a – no sentido de fazermos sempre nosso mea-culpa – situar na história dos povos períodos em que muitas vezes não achamos assaz importantes, períodos de travas, crises e dificuldades, mas que prometem muitas vezes ser de força e dignidade prósperas quando assistimos nossos erros passados e presentes nas faces daquilo em que aparentemente estávamos certos ao assumirmos a responsabilidade dos atos, mas que, na verdade, suas releituras, reflexões e esforços podem, sim, nos levar ao rumo em que a luz se torne realidade na vida de cada qual… No que pense, no que atue, cada um em sua voz que jamais deve se tornar suspensa no ar, pois em eras de revolução na comunicação como a que estamos vivendo, ampliar esse quesito na conquista do saber e da solidariedade é um turno pelo qual devemos agir, e não recusando todo esse progresso, que porventura está em nossas mãos, literalmente.

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