Nenhuma
espécie de vida que se diga racional, como a humana, tem a ficar
satisfeita com o modal exploratório dos tempos atuais. O que se deseja
da energia? O que podemos fazer para planificar ao menos parte de
nossa economia e de nossa história? Resta à civilização saber que
o petróleo está caindo como fonte de energia no nosso planeta.
Certas riquezas esgotam, acabam. Por si, apenas, por lados que
desconhecemos, mas aí está – inegavelmente – o que já estava
nas cartilhas que previram o mundo e seu desenvolvimento, desde o
carvão mineral até o óleo negro de fóssil, e descartar o fato é
não ser ou não se portar de modo racional, em virtude de prazeres
efêmeros como a espera de que tudo está aí para ser final e
peremptoriamente explorado. A máscara civilizatória da civilização
ocidental caiu. Agora é questão de tempo, pois a possibilidade de
guerras atômicas pontuais existe e a paz está no limiar onde quem é
ativo no sentido de defendê-la, quem é contra os armamentos nas
mãos de uma população de terceiro mundo, quando certos e inúmeros
grupos defendem a guerra civil no sentido persecutório do termo, teme que alguma coisa profunda e potencial está em vias de acontecer.
Queiramos o oposto. Vestimos as carapuças e, no entanto, a forma da
máscara que porventura acreditamos ser contestadora ou forte já não
chama a atenção: nem a liberdade sexual, nem a intoxicação nas diversas classes, e nem o fato outro de que desejamos a liberdade como
um todo pode estar contendo a situação onde não professamos e nem
ensaiamos a contestação opiniosa, as frentes ou correntes
culturais, e a sua luta pela expressividade em atos coerentes.
Grande
é um movimento que ao menos fosse mais amoroso, grande é a luta
pela paz, grande é a coragem de lutarmos por ela, e gigante é a
vitória que sempre obtemos nessa intenção, de fazer o algoz cair
em seu ridículo. Se alguém deseja lutar pela direita, pela
esquerda, essa gente não sabe que os gatos ensinam mais sobre esse
balaio do que as pessoas, que mal sabem proferir a frase correta
dentro de um padrão de entendimento civilizado. Se tocamos em alguma
ferida, o façamos com gaze e pomada, para cicatrizar e não
revolvê-la dentro de sentimentos de ódio. A ação que denote
crueldade já está em vias de explodir no senso da criminalidade,
onde as máfias e as milícias se revezam para tal. Se tal ou qual
autoridade veste uma máscara para imiscuir-se como bom moço, e na
realidade possui envolvimento com o crime, isso deveria bastar ao
menos a que as grandes autoridades fizessem o mea-culpa e fossem
enquadrados na Lei, seja quem for.
Tenhamos
atenção para aquilo que se chama justiça neste país, pois pesar
mais de um lado, sendo alguém deveras importante, remete à velha
questão autocrática de se fazer ou de se conviver com o Poder. Esse
caso em que muitos estão atônitos na derrocada de toda uma ausência
de planejamento, remonta a que vejamos no Oriente o aproveitamento da
energia limpa, a que saibamos quem dá um exemplo no Processo
Civilizatório, e quem é quem no estabelecimento de uma ordem real,
organizada e nova nessa questão, porventura, que não precise usar
das máscaras ou dos figurinos de disfarce. Possivelmente, poderemos
usar as roupas que bem queiramos, falarmos com quem quisermos, e
termos uma sociedade onde a maioria seja digna, ao menos, o que se
espera de uma civilização de nossos tempos atuais, e não um
arremedo anacrônico de tentarem ressuscitar velhas formas de Poder
onde as coisas estejam sempre em um litígio ridículo porque existem
minorias que se tornam investidas de força pelo poder de consignar à
ignorância as trevas da malevolência déspota. Essa máscara cai
por si, pois não se espere, em uma sociedade civilizada que deve
responder ao mundo perante seus atos, insistir na incoerência da
manipulação e do obscurantismo.
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