Poucos
se conheciam verdadeiramente naqueles tempos do novo século…
Cacilda, o século maior do que o vinte, e Souza pertencia a ele, de
tal modo que este homem abraçava o mundo como ninguém o fizera na
história, embora esta fosse sempre a se descobrir, portanto incólume
em existir, posto nada mais de ser. Falava-se tanto sobre tantas as
coisas do mundo e os vaticínios eram inclementes e Souza, sempre
aprumado, quase se tornava um ser criado, mal criado por vezes e um
tanto de melhor por outras. Mas sempre assim: programando seu mundo,
um pequeno mundo, como o de Camilo, da comédia antiga. Mas não se
teria a prosseguir em uma análise, pois seu pequeno trabalho de
office manager (?), ou algo do gênero, por vezes até o fazia
liderar outras pequenas lideranças, naquilo de patife de querer-se
poderes mínimos à toa. Podia ser quiçá um gentile organizateur,
se é que esse tipo de idioma merecesse o itálico, melhor não, já
que possui erro de concordância ou de viés quase ideal. Mas tinha
um particular na vida de Souza, ele se alinhava com Deus, e isso o
resgatava do confusionismo e lhe dava a proa tão necessária em sua
existência. Mas dava-se um ar de importância porque fenomenalmente
os humanos, cada qual, se achava forte. Ou fraco, ou forte, naquilo
de humor que variava de modo algo sobre humano, repetindo, a cada
qual um tipo de empoderamento que vestia o circunspecto de algum ego
qualquer, sem que se risse muito, mesmo com espetáculos montados, a
grande comédia humana que se desfazia em lágrimas no riso e na
chacota, não especificamente nessa ordem. Gentile organizateur,
agora no itálico soa melhor, apenas a título de voltar a que dê-se
a pausa na latitude baixa já deste parágrafo meio longo.
Não,
quem sabe o terceiro império já desse os ares do quarto para um
tipo de contexto, algo meio inacabado que devesse tecer considerações
ao menos da intenção. Quem sabe alguma potência meio descarada
ainda creia que a energia atômica seja a grande saída, ao menos ao
que se perceba o lado néscio da questão. Em garrafais OUTRAS
PALAVRAS tem-se que muitos grupos, os mais variados, sustentam suas
ideias, dando soberbos prêmios a quem se dispõe a jogar o jogo que
alguém convenciona se é interativo ou passivo, se é game ou série,
se é ficção, se é realidade, se é material ou anímico,
espiritual… Ou mesmo se a raça humana crê que se comunica,
vertendo no seio da tela líquida o amor que aquela pensa realizar
através desta. Não, nada disso que se creia, pois na tarefa de
sabermos o que ocorre estaremos presencialmente distantes de tudo o
que verdadeiramente importa, mesmo que queiramos sair da hostilidade
que move a ação do mundo, porquanto não de doutrinamento inócuo,
mas de acabamento sutil.
Na
verdade, ou de fato, para Souza, a factualidade submergia dentro dos
neologistas, que reinventam conceitos e esquecem que a Natureza
merece uma capitular, pois é o que há, e o oposto é o que não é
e não faz parte do planeta. Muitos para Souza tergiversam sobre
novos meios de encarar um futuro, mas a questão é ou seria o que
deixar para outras gerações, senão o discurso armamentista,
exploratório e por vezes demente? Esse meio acabamento sutil deixa
nas fileiras de outros discursos, o intimismo que porventura é muito
mais dinâmico, e a ordem dos fatores da sublevação ou rebeldia
está nas mãos dos fatores da mesma Natureza, e o mundo começa a
ser jamais como antes, em que não há pátria quando a
comercializamos abertamente e não há nação sem educação e
trabalho. Um homem pode sucumbir frente a suas ideias, mas milhares
podem sucumbir perante seus atos de investir contra a Natureza. Souza
tinha sua mitologia indígena e a consciência de seus direitos
fundamentais, revelando ser muito melhor do que os ditos civilizados.
Nenhum comentário:
Postar um comentário