sexta-feira, 26 de julho de 2019

A UNIDADE DO SER


O ser que é trino que seja um, nada do outro que não é
Justo o que se roga a que sejamos atores de um teatro vão
Porquanto se julgue meramente a circunstância espiritual…

Do ser que é um corpo e um espírito, que não mude tanto
No que se seja vário em espécie e tipo, do que não coaduna
Com o trabalho em se propor da preservação do ser outro!

Que sejamos quase insetívoros, na emenda do que não seja
Assim da proposta que parta a enfrentar um quase nada
Daquilo que as frentes imaginativas pretendem no camaleão.

A que se dizer, que Krsna é um Ser maior, que Deus nos conceda
O dito da palavra que pretenda verter por sobre nossos olhos
A maravilhosa criação divina, sua plêiade, seus formatos de viés.

Na mesma criação magnífica, que vejamos com nossas vendas
Por através delas, que ao menos projetemos um pensamento
A ver que por detrás de um pássaro reside quiçá um alto pensar…

Mas sim, que o copo de vidro contenha em seus átomos a presença
Do mesmo Deus que encontramos no sorriso de um Padre,
Na esperança de uma Freira, no comungar sereno de um cristão!

Haja vista que quem vos escreve é devoto de um Deus profundo
Que não se ausenta jamais, posto na face mesma de um sofrimento
Está o que veio antes, está a face de toda uma população deste mundo.

Desopilar é fato importante, tomar de um copo de água é necessário
Mesmo quando sabemos que para alguém tal simples ato não há
Com a facilidade de termos em nossos muros a torneira fechada…

Dos pães que não se repetem, não multiplicam, pois a face do ser
Já nubla o teimar que sejamos injustos com o próximo, a ver
Que jamais seremos tão bondosos do que já não somos em família.

Ah, sim, cada qual esboça o grasnar de um sorriso de escárnio
Quando por ventura um homem cai de joelhos na rua, doente
Daquele mal de não possuir muita estrutura na psique que recriou-se.

De se notar do injusto na face de uma gente que mostra a ganância
Como pressuposto de um tipo de justiça quase espiritual, anímica,
Se nos revela uma suposição de que a confortável sala não respira dó.

Se houvera um tempo em que os plátanos ensombrecessem melhor
Do que um desnudo poste de uma rua em seu farfalhar falante
Quando segue para uma academia de posses rudimentares no bíceps.

Se se soubesse o mundo quanto tempo nos faz a falta do querer
Quando se pretende algo que o time melhor, a melhor equipe do script
Esqueceu-se de tramar o entranhado da série, deixando o pior para o fim!

Ah, mas sim, que se pretende algo por sinal, quiçá um final dos tempos
Onde se jacta de uma resposta ao estímulo no papilo de um ventre
A assumir a postura de uma descomunal e continuada forma hedonista.

Que o ser se torne esse tipo de unidade, flamante conforme um calor
Que não se dissipa, uma paixão sem modulações, um estar-se uno
Com a corrida desenfreada de um relógio marcado, seria simples…

Mas que o fato simplificador é, de modo tal, que a sinistra voz que ouvimos
Quando conversamos com o algo que não nos recebe tão bem no emprego
Traduz a parafernália conveniente de que na rede social somos mais do que um.

Mas igualmente não seremos mais do que dois, portanto: um que opera o dígito
E a máquina que responde o a mais de sermos quase participantes de algo
Em que denotamos que o tempo jamais esconderá os termos da Verdade!

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