sábado, 13 de julho de 2019

A CIÊNCIA PEDE UM MONÓLOGO


          Que fosse algo científico o poder que nos rejeita, que fosse algo permanente uma relação líquida, que fosse igualmente científico outro poder qualquer, visto ser ciência que o tronco aparentemente é o mesmo. Estranha árvore sem raízes… Muito de investidura tece o anti mito. Do que se saiba, a ciência é uma face da Natureza Material, e explica o autor de alguma descoberta, mas carecemos de um monólogo em que ponhamos exatamente o valor nessa descoberta, quando factível. Se soubermos quando há prazo de chances a serem descobertas cientificamente, se soubéssemos que há um limite, a roda do tempo trava a roda da história. Ao relativizarmos o tempo mesmo, em algo que saia de ser apenas linear, veremos o mesmo tempo brilhar no conjunto acrônico de insights a ponto de formarmos um teorema da ciência, que se traduza na matemática, na física ou na biologia, para citar grandes termos. A diferença entre criação humana, conhecimento humano baseado na educação ou meramente no estudo e suas possibilidades, seja artístico ou científico, ou as formas do poder por e per si, enquadram por vezes uma diferença de polos opostos, questões de negação de nossas culturas, e o poder de per si perde pela falta do escape necessário de um pensamento que revele mais, de uma abordagem filosófica que traduza a versão mesma do que é certo e do que se predispõe como equivocado. Não há como desenvolver a ciência sem a arte, já que a psicologia, a psiquiatria e outras medicinas são irmãs de se querer a normalidade, trabalham equânimes com as matérias humanas, quando se percebe um doutor que não existem fronteiras.
         O pensar cotidiano verte no nosso peito a gana de sermos facilitadores de qualquer ciência, pois a arte também é criada através da técnica, como nos exemplos computacionais e a comunicação, ou a literatura, o pensamento, as fotos, as ilustrações e tudo o que completa na relação que se tenha na velocidade da luz, instantaneamente, para citar uma expansão positiva dos limites em que a ciência nos permite com seus progressos. Apesar de demandas em contrário, apesar do poder se crer superior, por vezes uma pincelada maestrina é mais concreta do que o voto de um deputado, ou do que um decreto pessimamente enunciado. Se a relação depende de como se processa as relações humanas, resta-nos saber que a empáfia, a arrogância, o abuso daqueles que têm episodicamente um poder nas mãos, não colaboram em nada para o andamento correto de uma sociedade dita civilizada, posto às vezes servir melhor aos estrangeiros do que ao seu próprio país. Por essa medida vê-se como testemunha de toda uma nação, quando não se apoia a ciência como se deve, ou quando manda o figurino de se caminhar rapidamente para o atraso das instituições educadoras, pecando gravemente perante os docentes, reitores e corpos discentes tão implicados por esse tipo de intervenção, naquilo que se compete saber que todo o incentivo à educação é sinal promissor de qualquer economia, de qualquer cultura, de qualquer nação, independente do tipo de sistema aplicado nas diversas sociedades, seja de que perfil forem.
          A ciência passa pela investigação do saber, passa pela construção do conhecimento, pela filosofia e medicina, entre tantos outros campos de atuação que um país – por exemplo – muito amplo só tem a merecer esse cuidado por aqueles que têm o poder de possibilitar esses processos, dentro de uma atmosfera saudável para que – justo que seja – a roda da história conte ao país os benefícios que são oferecidos às populações quando se fomenta uma educação de qualidade e universidades com condições de debater com aquelas de ponta ao redor do planeta.

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