Que
haja um tempo que seja mais conforme, justo, mesmo que a palavra
liberdade assuma vários significados e, no entanto, seja valorizada
pelo seu ser – em si. Saber-se de si talvez muitas vezes não seja
realidade ou fato de muitos, pois inúmeras são as relações de
dependência, e a princípio dar continuidade em uma nulificação
existencial mascara e reverte o ser para um nada.
A
ação de alguém pode presumir alguma culpa e quase nos faz mancos
com as pernas saudáveis… Agir conscientemente pode até parecer
plágio da indústria da autoajuda, mas quiçá resolva o ato em si,
mesmo que na tristeza, ou na alegria, mas que não se seja de um
ciclo que não saia nada por um tangente, assim como na centrípeta,
pois a inércia não nos dá a tração existencial. Por hora temos
um motor contínuo e perpétuo, uma força motriz que nos leva a
algum lugar, mas que as veias do rancor e do ódio não nos dissipem
esse motor, por causa de certas firulas onde muitos buscam esses
elementos de conduta para que nos percamos no meio do caminho. Se
alguém possua a boa intencionalidade em sua conduta, há que
perceber até mesmo algumas nuances verazes e que fazem parte daquilo
que se nos trace a aparência dos atos, mais especificamente a
ciência do comportamentalismo, ou behaviorismo, em inglês. A
clareza em nos pronunciarmos nos tornam quase oficiais de nossos
gestos, em que a fraqueza deva fazer parte intrínseca, e que sejamos
mais pertinentes nessa conduta e quebremos qualquer suposição não
igualitária, pois seremos comandantes de si mesmos. Esse ser por si
só nos fortalece, e se soubermos um pouco da ciência da lógica
isso nos facilita a calcularmos nossos atos e termos a estratégia
sumamente necessária ao viver humano em nossos tempos, seja na ordem
civil ou não. Se um mestre de obras dá a sinalização de alguma
empreitada e há um servente que queira discordar, há que se
escutar, pois porventura sempre se aprende, ou ao menos há sempre a
oportunidade para tal. Se uma mulher ou um homem é analfabeta/o,
cumpre de alguém supostamente querer ensinar, quando possa, mesmo
voluntário.
A
questão da direita e da esquerda não voga muito mais nos dias de
hoje, mas sim o joio e o trigo, encontrados em ambas. Por vezes
alguém quer ser ativo na acepção de estar como um motor que
funcione bem, mas alguns itens dessa estranha gôndola sistêmica vão
cevar a fome de outro modo, acrescentando-a, em que o motor passa a
não girar, independente da sociabilização de um com o outro, ou do
ouro e a condenação. Esse tipo de fase, ou se bem diz alguma outra
possibilidade de compreensão, seria de mais prudência afirmar que
traz em si a mesma continuidade dos opostos em que, se um está
maior, o outro decresce, o que inviabiliza Marx na sua tese
produtiva, ou na extrema valoração do antagonismo entre as classes.
A contradição entre supostos veios de riqueza e a modalidade
exploratória de dois séculos reduzem ao antagonismo da
secularização, ou como o tempo não conseguiu mostrar o lado
técnico do reducionismo marxista. O que há é uma extrema
valorização do lucro, a ganância como engenharia comportamental e
o animismo retórico da desigualdade como condição sine qua non da
garantia dos direitos humanos exclusivos a quem destes possa auferir
vantagens. O tempo da crueldade justificada, da desumanidade
instituída, da ignorância e falecimento cultural como moeda de
troca. Esse triste panorama verte sobre os povos mais pauperizados um
manto em que, conforme vimos no decorrer da história, é paulatino e
consorte com os crescimentos bélicos entre o clube seleto das
potências mundiais dessa ordem. Como as ferramentas de trabalho
estão praticamente sedimentadas em países mais pobres, e
extremamente etéreas e exatas em setores mundiais mais organizados,
sem a previsão de fronteiras virtuais, mas de fechamentos físicos
sem precedentes, como se fora um festival de culinária: as panelas
fervem por si, muitas vezes e fracamente intercambiantes, em que o
gosto dos acepipes é tão túrgido como reverenciar as novas
modalidades de prazer, incluso e, principalmente, o sexual. Viram
frequentes, ainda em suas panelas adiabáticas ou blindadas, as
compulsórias manifestações de violência, se considerarmos que
suas causas não são combatidas, e os valores gastos na repressão
contam-se pelos contingentes e projéteis caros fornecidos pela
população que paga seus impostos, mas muitas vezes não pode pagar
por alimentos e moradia decentes, sem contar com os insumos
societários, como educação e saúde, na sua base. Em que tudo
pese, há a possibilidade de falência do Estado e prejulgares sem
conformidade com uma situação de progresso efetivo.
Não
se trata de antepor militares na frente de civis, ou religiosos
defronte a ateus, mas colocar todo um País defronte a outro e
afirmar categoricamente: se antes fôramos vossos, dê-nos licença,
que agora a nós nosso país nos pertença!