sexta-feira, 6 de abril de 2018

SISTEMAS INTEGRADOS

          Talvez seja possível descobrir os vértices de sistemas e suas integrações. No entanto, o tempo em seu predomínio linear cria novos dados reais em concomitância com os dados de programação da fantasia, ou melhor, da ficção. A ingerência de estarmos convivendo com comportamentos que por vezes não distinguem um do outro talvez surja como óbice em compreendermos mais profundamente nossas sociedades contemporâneas: a título universalizante, em novos domínios do conhecimento e gestões, quanto de sabermos a atração e aplicação imensa que gera na ciência a inteligência artificial. Passa a ser tarefa de poucos conseguir compreender a história e os componentes de ponta tecnológicos. Incluso a infraestrutura de um datacenter que surge pontualmente em diversos setores da nossa produção, em que cada fragmento individual passa a ser inequívoco ao empreender grupos igualmente setorizados de pensamentos “iguais”. Aquele que conheça o modo de transmitir uma receita de comportamentos ideais, vem a ser um fax do que se esperava em décadas passadas os minutos de chegarem boletins. Na credulidade de não sabermos nos situar, quando estamos treinando – o jargão usual – estaremos apenas enfrentando populações por vezes com ordens equivocadas, voltando o sistema alimentado pela programação da mass media a sermos – como moda – cruentos, desumanos e autoritários. A partir do momento em que o sistema (que não passa de ser um apanhado de engrenagens eletrônicas) integraliza a brutalidade, o modo de surgir uma sociedade civilizada e possuidora da aplicação dos Direitos Universais Humanos fica comprometido em uma falha de comunicação em que a própria mass media perde-se em um status quo de regressão ou não compreensão de suas falhas, estas que passam paradoxalmente a ser sistêmicas.
          Um temperamento belicista aceitará a pulverização da liberdade no mundo, como já vem acontecendo com diversas nações, em que guerras acontecem sem que se saiba verdadeiramente suas causas. De qualquer modo, a violência nos filmes beira algo sui generis, em que talvez se integrem filmes com a realidade, não apenas no fetiche da ilusão e noção do herói moderno, como em razão de efetivamente as teles serem utilizadas como treinamento e aplicação em guerras no atrelamento da tecnologia em que a unilateralidade é assustadora. Encontrar motivos que expliquem a onda de violência em alguns lugares do mundo, incluindo o nosso país é uma tarefa que só uma inteligência de porte, através de estudos gerados desde o início da formação de nossos filhos e netos, despertaria para saídas mais preventivas, sem necessários combates desastrosos e intermináveis. É uma questão de orçamento, tão apenas isso. Não seremos uma nação verdadeiramente soberana enquanto não investirmos massivamente na educação, incluso e principalmente nas áreas da cidade onde é precário o investimento, quando na escola que atende aos necessitados nem ao menos servem do alimento decente, e os professores não ganham um salário condigno. Não adianta integrarmos os sistemas de um país se não nos prepararmos inteligentemente a poder desenvolver aqui dentro o conhecimento necessário para termos os nossos próprios. Quando comprarmos uma peça, um artefato, um produto manufaturado, devemos tem em mente em aprender como foi fabricado. E quando reinventarmos e plasmarmos a arte, devemos pensar que esta verdadeira não precisa de nenhum sistema ou integração – respeitada a cultura de cada etnia ou indivíduo – pois podemos mostrar ao mundo o alcance da expressão (seja no cinema, nas artes plásticas ou na literatura e na música) de toda uma nação que clama por algo que não seja ofensivo ou violento!

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