sábado, 7 de abril de 2018

DE UMA QUESTÃO É DIA...


            Seria claro à humanidade se falássemos tão somente de esperança, de amor, de concórdia. Talvez o mundo não se dividisse a tal ponto no que vemos hoje: as divisões, a diáspora e o temor, este por algo que sequer sabemos ao certo, mas que na vanguarda de uma situação também vê-se o trabalho, conforme com aquilo que esperaríamos do justo mas que igualmente é dividido, em que os sistemas computacionais acabam sendo mais compatíveis com a riqueza. Saber lidar seria ao menos um direito a ser conquistado, aliás, não mesmo, posto um dever dos governos, uma educação de qualidade. Certas coisas não hão de ser obrigatoriamente frutos de uma conquista, de reivindicações, mas de um posicionamento em que a cada dia temos por pressuposto – aí sim – de nos colocarmos criticamente naquilo que realmente queremos, e essa consciência estará sempre onde quisermos, desde o virar da massa de concreto à feitura dos pães, dentro de uma ouvidoria, no telemarketing, no comércio, nas indústrias e no campo, se houver a possibilidade de União de todos.
            Não que seja algo confuso afirmar, mas já é dia na madrugada de qualquer que seja, mesmo onde não esperamos que fôssemos tantos e tantos, e que o somos realmente, e sempre seremos, pois não podem ignorar a massa que ergue a riqueza de nossa nação e se um desperta mais cedo pode saber que outros já se anteciparam ao trabalho, pois uma cidade não dorme quando já possui algum porte. Desse start inferimos que nem sempre ficamos sabendo o que acontece em outro país, pois a notícia que devemos saber é da cor do céu, é ver as gentes das ruas, é se desligar um pouco dos gadgets, prosseguir, como tantos que somos, mesmo com inquietações que nos fazem sofrer... Mesmo com as penas que nos infligem as circunstâncias que nem sempre são um motivo justo, como o determinismo que certas famílias encontram na pauperização de seus lares, com causas de salários exíguos e condições de moradia insalubres, mesmo quando emprestam duramente sua força de trabalho, descendo o morro para trabalhar.
            Os exemplos que tomamos de países que investiram muito na educação, como a Coréia do Sul, revelam as guinadas possíveis dentro de um espectro em que cada vez mais vemos estudantes brasileiros migrando para países de primeiro mundo, como se não se previsse que esses países já não aceitam como antes os estrangeiros, principalmente alguns países da Europa e os EUA. Cada vez mais um retraimento e protecionismos de ordem econômica passam a tomar dimensões assustadoras, já que podemos acompanhar o estridente abalo dos alicerces do mercado livre na guerra comercial iniciada por Trump. Não que não fosse algo previsível, pois o próprio mercado recria leis intervencionistas para revelar que nem sempre o comércio é livre, com as demandas sendo atendidas conforme o curso das balanças e suas compensações. Em síntese, a vida financeira de qualquer nação que não possua uma educação de qualidade, seja capitalista ou não, fracassa: nos serviços essenciais, no consumo e nos empregos.
            Por uma questão por si de lógica temos que acertar nossos ponteiros, na medida em que implantar-se sistemas educacionais em larga escala, desde nossos princípios de papel e lápis até o consagrador computador e seus imensos recursos. Essa deveria ser uma questão de ordem, e não a elitização da educação como meio de segregação e consolidação do Brasil como país que fracassa em todos os campos.

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