quarta-feira, 25 de abril de 2018

NUANCES

O mercado aparente, de tentarmos com o mercado as luzes que nos ditam:

Esta luz de monitor que não nos ofusca o globo de nossos olhos
Posto que no olhar do treinamento inteligente não possa residir a ternura…

Mercador é a luz do mercado, tantas e tantas que de não se saber quem compra
Ainda por cima vem no facho da intempérie soturna dos tempos que não são…

Compra-se o incomparável dote das questões fuliginosas de uma razão sã
Em que o temor de que a poesia se aproxime da verdade nos causa dó de não ser!

A saber que somos um tanto de peças colhidas no matagal das imagens cruas
Que não ditariam muito da distância que separa um recurso inóspito
Daquela que não vemos muito no querer do que não gostaríamos de fato.

A vida seria mais plena se falássemos também das flores que deixamos
Nas nossas mãos em conchas que não nos colham nos regatos finitos.

Mais que falássemos algo que fosse real, não o jargão do profissional
Em que tanto se deixa de ver como se não sabe no tempo se há do se falar.

A Verdade é que muitos se fascinam pelas cátedras e ignoram que o culto
Pode ser dentro de um escopo existencial que de fato existe em um lugar.

Veremos o tempo enclausurado pelos ventos que sopram contra o mar,
Encarpelando as águas de um ensaio entre o que se melhora e o pior do tempo?

A sorte do mercado está no sorriso de um comerciante quando percebe
Que a corrupção pequena lhe dá a satisfação de enganar um rival cidadão.

Obviamente a sorte esta do mercado vem da corrupção algo mínima em varejo,
Tentacular no atacado, imensa nas indústrias e gigantesca no sistema financeiro.

Posto que a honestidade parte de um princípio de caráter, e tudo tem a ver
Com o incorruptível Robespierre, que não escapou do jugo da guilhotina.

E onde quer que haja uma área em que pensamos que seja limpa e lisa,
Nada nos garante que a corrupção venha das lentes quando se vê o desejo.

E que nada nos faça crer que jatos de água darão conta da capilaridade
Que acaba sendo visível na superfície, mas que as raízes da árvore são imensas.

Do filho ao filho do filho, dos pais que conhecem pistolões de aluguel
A que se tenha que contestar o princípio, pois não basta ter olhos para ser rei!

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