domingo, 8 de abril de 2018

É NOITE EM UM FIRMAMENTO

Grande o sentimento noturno de não se saber das cores do mundo
Quanto mais se nos nubla o azul escuro do céu da tez de Krsna.

Cores que retratam as luzes dos postes, e o oculto de uma estrela.

Não há de ser a cor, talvez, pois há ruas onde o carro não passa
Mas que agiganta o pressuposto de que rodas outras fizeram fronteira!

Nada que no ar pareça tanto, mas que dizer se fosse, seria bem mais...

Em uma verdade que norteia a visão do poeta, talvez o belo não saiba
Da dimensão de um firmamento ao nosso olhar encontrar o infinito.

Quantos serão os poetas que vertem sobre a esperança do papel o mundo?

Nada gira sem que saibamos que a pena ilustra sua impressão fática
De sabermos que nem todas as linhas da esteira infinita levam à Roma.

De nossas cidades podemos saber que o país em que vivemos é Brasil!

Quem dera fôssemos idosos o suficiente para compreender a juventude
Que não nos escuta sem que saibam que a História está na experiência.

Mas sim, que não nos atrasemos naquilo que acreditamos simples desfechos...

Não há espaço que nos separem, não há silêncio nas vozes que possuímos
E nem o temor circunspecto de que a mudança não surge: já está.

Erra um ser quando se espera dele o próprio erro que nele projetamos.

Mas de qualquer modo o ser vivente revela que seremos uma grande ponte
A que não nos sobre a esperança de viver com a dignidade que se nos revela!

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