sexta-feira, 13 de abril de 2018

EM NOME DA LIBERDADE

Não, que não nos castiguemos por coisas que não somos
Quando se apresentam válidos os sistemas do regresso
Em pífias criaturas vindas da caterva onde o prenúncio
De um outono pode ser a razão primeira da primavera...

Estão, que estejam, a nos aliviar as vidas de semânticas
Onde não saberíamos de suas existências se todos não fossem
Algo de se fazer parte da vida, mesmo que lutem arduamente
Para estabelecer áreas decompostas pela questão libertária.

Não nos libertaremos do jugo da tirania se essa continua
A falsear e erguer toscos tronos a reis do paradoxo contínuo
Nas vezes em que nossa clemência não significa mais nada
Do que apenas um ato de um apóstolo que se perdeu no tudo!

Pois sim, que empunhemos bandeiras libertárias de somar
Ao que tudo nos implicaria sermos coesos e unidos e mais
Do que somos quando queremos estabelecer ingerências
Nos processos que tardam em justas que erram no preconceito!

Em uma verdade decomposta os vermes são mais claros
Pois sabem da proximidade dela, ao comerem do excremento
Em que a Natureza promete que surja uma liberdade ao avesso
Pois nem tudo que reza na pátria tem seu lado idealista...

A vida de todos não depende apenas do bom senso, mas também
De se saber que muitos creem que a manipulação de outrem
Faz parte da Bíblia, ou de outras estratégias em que o ateísmo
Igualmente encontra padrões na frieza de estabelecer certa lógica.

Se um outro tanto de razão desconhece que estamos por deixar
Que pingos de água nos caiam como enxofre dentro de uma cela
Saibamos que um verdadeiro religioso está bem com a sua ideia
Quando tem por alicerce a estranha sensação de estar com Deus.

No que não se verte na questão das ofensas, no próprio que consta
De um número relativo de forças, creditemos às forças apresentadas
Estarem em consonância do atraso de entregar nossas riquezas
Aos interesses que demandam dos lacaios a grandeza da covardia.

Seremos maiores do que tudo isso, quanto de sabermos que as letras
São um universo tão amplo que não calam na voz de quem soletra
A esperança de que um cavalheiro saiba que sua dama é uma mulher
Mesmo que tenha que estar só para todo o sempre, com o sal da vida.

Esta vida vívida, luminar, consequente, apropriada ao bem estar
Quando não interrompe um programa de TV aberta, pois sabe
Que um ser global expira de seus poros pequenas bolhas
Que em seu pipocar reveste o país com a ressonância da mentira!

Queiramos não sermos tão críticos, mas a ordem que se estabelece
Parece não ver certos ocasos e reflete ao viés, cumprindo a mesma
De si própria sem contestar a quem foi dada a mesma, ou partiu
De que fonte hierárquica a própria origem do que pensamos conhecer...

Restam no tabuleiro casas vazias, capas de asfalto bruto, bueiros ao léu,
Sementes do mal, retóricas indivisas, enlevos de falsos profetas,
Tabus, fetiches e preconceitos, súcubos, íncubos, maledicências
E o estranho olor de uma rosa feita de plástico deixada sobre a terra estéril.

Não que não seja nada, a todos não os seja muito, mas que não mutilem
Uma poesia que vem dar nos costados de um navio imantado de coragem
A quem se possa dizer que há fé inclusive na literatura, no pão, na cal,
No cimento que nos una da obra, que o fel não merece menos do que isto.

O que nos deve mover a partir dos quadros que revisitamos da realidade
É a fé e a esperança de que tudo o que podemos fazer no alcance das mãos
Será transferir o ódio que muitos se preparam para ter de nós outros
Para uma virtude celular que nos transporte à razão da liberdade!

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