domingo, 8 de abril de 2018

A PRÁTICA LIBERTÁRIA

         Sair… Sim, por que não. A ver, uma rua qualquer, a cidade como lugar, a periferia como realidade. Mas na prática a libertação não vem muito facilmente, nem é tanto a questão do espaço físico, pois que a fortaleza é sabermos de um ponto a outro quem é quem, quem saberá de nós, nem que não seja o tempo todo, mas o tempo relativo nos permite ganhar outras casas no tabuleiro da vida, onde um que se escreva na real é um simples peão. Peão de troca, de acordos consigo, de saber lidar e sair do jogo, pois o bom enxadrista consegue com pouco espaço a estratégia necessária e as pedras da construção de um muro, quando residem perto do olhar de outro é mais na contagem, porquanto não sejamos apenas pedras: sejamos cabeças, troncos, membros, e mais, a roupagem que nos veste não necessita ser de brim e, por sinal, que um cigarro teça testemunhos. Não ensaiemos brincadeiras simples, ou pequenos chistes, pois encerramos na vida de uma planta, por exemplo, a vida em si, um inseto em si, o ponto, a se repetir a questão!
           Na prática não vemos o paralelo exato de nossas atitudes, mas simplesmente algo de corporativismo que é chão, mas ao mesmo tempo não, posto algo de riqueza não irradiada, mais da frente de nossos atos, que o chão é a Terra e o alimento nem sempre vem do trigo… Confrontar essa realidade alimentar, esse fomento que nos é tirado por vezes, nem chega a ser da prática, algo da ficção desmesurada e da questão em que quando um sai atrela-se ao seu tamagushi que fala! Pois sim, sem delongas, na prática a libertação vem de nós mesmos, de sabermos discernir o certo do errado, na consonância com a Verdade, e esta, meus caros, é uma, não duas nem três. Ela é como um porto em que atracamos navios gigantescos, de uma morada distante, em um mar de corais, incólumes, pois não aceita meias palavras, ou gongorismos rebuscados. Basta que um fale na palavra que fala, que diga a que veio, ou não, mas que aponte o silogismo de uma versão interpretada, emprestada a qualquer ato, ditada, imagética, imaginária, torcendo para que acreditem nela, a visão algo de se massacrar o vero, mas de não poder atracar o navio no porto referido: os mares de corais, onde jamais se saberá de algum conteiner suspeito e industrioso. Qualquer premissa que evite maiores retóricas recebe o laurel consagrado nesses quilates. Laurel recebido, a prática já anuncia de novo: quem, quando, onde, como e porquê, e que certos jornalistas reaprendam essas chaves!
         Nunca é uma palavra que até mesmo a nação sabe que não está se falando, pois o sempre é mais positivo: sempre seremos, nunca ao nada, sempre ao Todo, mesmo que, na holística sabemos que ainda vale Newton e sua gravidade, e o que vem de tesouros nem sempre são aqueles que gostaríamos, mas a nossa gravidade passa a ser caso mais grave, no trocadilho que não merece nenhuma atenção, mas que a prática revela ser algo a considerar. Assim, de nos libertar-nos, independente de nossas penas que escrevem ou não, mas a miríade de opções dentro do contexto real de nossas palavras e trabalhos que se poste ao povo brasileiro a igualdade de condições que estabeleça na prática a função de denunciarmos abusos aos direitos civis. Prática concreta, número um e dez! Não que se diga de função numérica, mas não será no tamagushi que resolveremos as nossas práticas cotidianas, sabendo-nos cotidianos na própria ação libertária de resolvermos amarras atávicas em nossas condições pós coloniais, no modal contemporâneo de dependência, esta que vem agora com a roupagem afetiva e ególatra, no que se dissuada para um campo mais efetivo de vivência no comum das gentes, no respeito às populações indígenas e no não ao preconceito de qualquer ordem. Essa por sinal será a prática mais resoluta e nobre de nosso processo civilizatório, pois não se discriminará um ser por cor, atitude dentro da civilidade, gênero e espécie, à qual não relativizemos a questão por querermos saber como proceder, mas que no fundo a agressividade e o ódio nunca serão razões de prática nas ruas, no trabalho, nas escolas ou no campo.
          Hemos de ser vigilantes de nossas ações, de nosso portar, de estarmos em um debate – quando possível obviamente – posto de ofensas o mundo está repleto, infelizmente. Não podemos compactuar com o fato injusto, nem mesmo pela espetacularização de certos meios de comunicação. Uma voz, que se escute, e que venha para agregar, será de ótima valia, posto não propriamente de hierarquias, já que tanto o de baixo como o de cima precisam conhecer certas engrenagens sistêmicas, e esse aprendizado algo teórico dá a sustentação, através do conhecimento, a que tenhamos uma prática realmente libertária desde nossos princípios, do que de bom já temos, ao desenrolar de possíveis desenvolvimentos e trocas, no compartir sereno de nossos ganhos na esfera humanitária.

Nenhum comentário:

Postar um comentário