Se
há uma questão a ser debatida em sociedade poderia ser a que diz
respeito aos fakeselfies, um neologismo que retrata por vezes
a ausência de uma identidade mais verdadeira dos humanos, porquanto
posem ou se mostrem através de uma premissa em vender a sua própria
imagem baseada em uma persona de ensaio, na farsa de nós
mesmos. Temos que admitir que enquanto seres que emergem em meio à
intensa e duradoura revolução tecnológica de nossos tempos,
devemos utilizar as ferramentas digitais como extensão de outras,
como a roda e, mais recentemente, o tear mecânico e a máquina a
vapor, que caracterizam a revolução industrial de dois séculos
atrás. Igualmente pensarmos que as relações de trabalho melhorarão
em nossos tempos, em uma economia global, pois a ilusão da justiça
social esbarra nos mesmos modais exploratórios que a História já
nos revelou através dos tempos. Há condições em que a diplomacia
refaz antigas contradições sistêmicas, e por elas seguem um padrão
em que contestar pura e simplesmente, sem a contrapartida do diálogo,
pode vir a ser desastroso. No entanto, sempre será pelas conquistas
e lutas em direção à nossa verdadeira identidade enquanto cidadãos
que estaremos ampliando e restaurando o patrimônio de nosso país,
que é a democracia brasileira.
Isso tudo é alicerce das leis, que regem o que deveria em tese
prevalecer como pilar fundamental da coexistência entre os povos. Em
que o Poder emane do Povo, e a este seja servidor.
Não
há como admitir que a inconstância de um discurso ponteie como peça
consonante entre as relações de força, assim como não há
admissibilidade em retrair a escolha coletiva como algo que seja
relativizado, ou fruto de uma manipulação – a grosso modo – da
inconstância dos retratos verdadeiramente perenes da nossa História,
a História do Brasil. Enumeram-se vertentes das caminhadas de uma
gente brasileira e a constante amizade com as metrópoles tange ao
universo por vezes de uma entrega sem precedentes, à medida que
progride o tempo. Esse mesmo tempo em que pensáramos que não
fôssemos excludentes, mas que abraça o descaso com relação à
nossa Pátria e seus habitantes e, não fosse assim grave, teríamos
um outro tempo da ciência do progresso, um tempo correlativo que não
dependa dos esforços de luta hercúlea dos trabalhadores, mas sim um
manto social de justiça que não invalide a sequência mais branda
de atitudes porquanto de interesse da maioria. Se os esforços em se
administrar torna-se assaz vertical, que o topo justifique a posição
permitindo às bases menores esforços decorrentes do esforço do
mesmo topo. A relação torne-se como uma colmeia em termos de
organização, e como uma janela em termos de serviços: esta
permitindo o arejamento necessário à casa e o espaço garantido em
termos da luz natural. Não seja essa assertiva uma metáfora, pois o
simbolismo da pátria aventa a hipótese de que, quando abrimos uma
janela, isto significa estarmos em um lar, um simbolismo que
garantiria paz a todos os cidadãos, na mesma construção de uma
cidadania que esteja vinculada a um retrato constante e pujante em
uma democracia construída na base da participação necessária da
coletividade do povo do Brasil.
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